terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Superior geral

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,

“Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Preparando-nos para celebrar a solenidade da Imaculada, nossa festa anual, olhamos para Maria e mais uma vez percebemos o significado da sua resposta a Deus por meio do anjo Gabriel.

A disponibilidade de Maria

Maria manifesta a sua disponibilidade total ao projeto de Deus. O sim, que naquele momento Maria pronuncia, não expressa somente uma boa intenção, não representa uma adesão genérica a uma mensagem extraordinária. É um sim que envolve a sua pessoa no presente e no futuro. Maria se coloca sem reservas a serviço de Deus. Não antecipa condições, aceita a proposta de Deus. Confia em Deus. Maria se coloca em suas mãos. De agora em diante, a sua vida estará toda relacionada com a vontade de Deus. Não se poupará no aderir e no dar a sua contribuição ao plano de Deus. A sua obediência será total, a qualquer custo. A sua disponibilidade é plena. E o será em toda a sua vida, em toda circunstância, como nos atesta o Novo Testamento.

A disponibilidade de Jesus Cristo

A disponibilidade de Maria é a imagem mais bela da disponibilidade de Cristo, da sua disponibilidade de Filho ao projeto de Deus Pai para a salvação da humanidade. “Aqui estou – como está escrito no livro – para fazer a tua vontade.”. A palavra do salmo 40 (39) prefigura a disponibilidade de Cristo, como afirma a Carta aos Hebreus (10, 7). Uma disponibilidade que parte da encarnação e encontra a sua culminância no mistério pascal. O hino cristológico da Carta aos Filipenses bem o descreve: “Cristo Jesus… esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens...Humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou” (2, 5-9). Bem como uma outra passagem da Carta aos Hebreus: “Mesmo sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente, através de seus sofrimentos. Mas, quando levou a termo a sua vida, tornou-se a fonte de salvação eterna para todos aqueles que lhe obedecem” (5, 8-9).

O próprio Jesus manifestou isto em diversos momentos. A Maria e a José, quando com doze anos o encontram no templo: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” (Lc 2, 49). E aos seus discípulos: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4, 34). E ainda: “Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e é por isso que faço tudo o que o Pai me mandou” (Jo 14, 31). A disponibilidade de Cristo “até a morte de cruz” é fonte e causa de salvação para toda a humanidade.

A disponibilidade de padre Ludovico Pavoni

Uma característica da vida e da espiritualidade do nosso beato Fundador certamente é a disponibilidade. Chamado por Deus “da tranquilidade de sua casa paterna”, dedicou-se, de corpo e alma, como sacerdote, aos cuidados da juventude, “àquela porção da humanidade predileta do coração amorosíssimo de Jesus” (RU I 42). Para os adolescentes e jovens em dificuldade, e para os surdos, consagrou-se “inteiramente” e o fez “de bom grado” (cf. RU I 42 e 62). Fez seu o programa de são Paulo, o de tornar-se tudo para todos” (1 Cor 9, 22).

Conhecemos o testemunho de quem, convidando-o a não se cansar tanto, ouviu dele: “Repousaremos no paraíso”. Por sua biografia sabemos como foi, ao mesmo tempo, um verdadeiro homem de Deus e um homem que não poupou nada pela causa dos jovens e dos pobres, fazendo-se ele mesmo pobre e disponível para o trabalho e para os trabalhos mais humildes. Foi um santo, um verdadeiro imitador da disponibilidade de Jesus Cristo e de Maria.

A nossa disponibilidade

Como herdeiros e continuadores do carisma do nosso Padre Fundador, não podemos deixar de nos identificar com a sua disponibilidade, um dos traços que mais o distinguiram. Ele, mais de uma vez, convidou seus colaboradores para assumirem o programa paulino de “tornar-se tudo para todos”, como podemos perceber nas Constituições primitivas (cf. 136, 213 e 272). Uma das características que devem caracterizar o pavoniano é a disponibilidade. Esta é uma das nossas riquezas, que matiza também os outros aspectos que são o nosso patrimônio distintivo, isto é, o espírito de família, a cordialidade, a humildade, a laboriosidade, etc.

O aspecto da disponibilidade é o que sempre mais me impressionou nos anos do meu primeiro contato com a Congregação e da minha formação inicial. Pude constatar de modo significativo, em muitos religiosos, sejam presbíteros como leigos, esta atitude, esta virtude. Lembro-me, especialmente, entre tantos, da figura do padre Antônio Villa. Era incansável, sempre pronto a servir em qualquer campo, disponível a toda solicitação. Quando lhe pediam alguma coisa, a sua adesão se manifestava também com o movimento do corpo, dando um passo à frente. Notava-se nele somente uma preocupação: a de ser um bom religioso e sacerdote pavoniano, em dedicar-se a Deus com uma oração assídua e profunda, em viver com autenticidade os votos, em servir a comunidade com humildade e generosidade, em atualizar-se, em não se poupar no apostolado e nas ocupações que lhe eram confiadas, em se tornar útil também com o trabalho manual e com a assistência solícita aos irmãos anciãos e enfermos.

O que significa e em que consiste para nós ser disponíveis?

Significa colocar no centro da nossa vida não nós mesmos, mas Deus e os irmãos. Comporta ser fiéis à oração, coerentes em viver os conselhos evangélicos, prontos na obediência; saber dialogar e dar prioridade à vida fraterna e às exigências comunitárias. Não pensar, antes de tudo, em nós mesmos (sem, porém, descuidar, é evidente, da saúde física e psicológica), mas ao bem que podemos fazer aos outros, a partir da nossa comunidade e do trabalho que nos é confiado. Não nos limitar ao estreitamente indispensável, ou a um horário, além do qual pensamos em nós mesmos.

Se tomarmos algum tempo para nós mesmos, é para estarmos, depois, mais em condições de nos dedicar aos outros. Significa não somente aderir a todo pedido que nos for feito (se é possível dar a nossa adesão), mas também tomar a iniciativa e nos propor dar uma mão onde percebemos que há necessidade. Se tenho tempo e forças, não posso dizer não a um pedido; não posso ignorar uma necessidade e um irmão que precise de minha ajuda. Comporta ainda tornar-nos competentes naquilo que nos foi confiado.

Significa dedicarmo-nos integralmente a nossa missão. O tempo mais significativo do nosso dia deve ser dedicado ao trabalho (mesmo manual) e ao apostolado. E para os irmãos que, por idade ou doença, estão impossibilitados de agir, a disponibilidade leva a se unirem à cruz de Cristo e a oferecer a ele a própria inatividade e sofrimento para o bem da comunidade e do próximo.

Diante da necessidade de Deus que há ao nosso redor, não podemos nos limitar a fazer alguma coisa, mas somos chamados a fazer tudo o que nos é possível, tornando-nos verdadeiras testemunhas do amor de Cristo. Certamente, nós não podemos assumir as necessidades de todo o mundo, mas devemos assumir tudo aquilo que nós é possível realizar, a partir da nossa comunidade e do ambiente em que vivemos. Eu espero que ainda hoje as pessoas que se aproximam de nós possam notar em nós, de modo evidente, a marca da disponibilidade, como distintivo pavoniano.

Cada um de nós é chamado a se questionar se está encarnando esta virtude e se está dando este testemunho.

A solenidade da Imaculada e o Natal do Senhor

Prepararmo-nos para renovar a nossa consagração a Deus, os nossos votos religiosos na festa da Imaculada, significa tudo isso, comporta viver com plena disponibilidade a nossa consagração a Deus e aos irmãos, segundo o nosso carisma, seguindo o exemplo do Padre Fundador.

Também para os leigos, partilhar conosco um caminho de fé e de colaboração e renovar as promessas, significa e comporta reavivar, na sua existência e segundo sua vocação, este traço da disponibilidade, característico do espírito e do carisma pavoniano.

No dia 8 de dezembro, junto aos jovens religiosos que renovarão sua profissão temporária, no Brasil, na Eritreia e na Itália, ir. Carlo Cavatton e ir. Paolo Bizzo emitirão a profissão perpétua nas respectivas paróquias de origem, na diocese de Pádua. Depois, no dia 12 de dezembro, em Lonigo, ir. Carlo receberá a ordenação diaconal, pelas mãos de Dom Luis Stucchi, vigário episcopal de Varese. Em S. Leopoldo, domingo, dia 12, emitirão a primeira profissão os noviços Fabrício e Michael e, no dia anterior, entrarão no noviciado os quatro postulantes: Carlos, Diego, Ivan e Joimar. Sábado, dia 18, será ordenado sacerdote, em Elói Mendes, o diácono Claudinei Ramos Pereira, por Dom Diamantino Prata de Carvalho, bispo da Campanha. Por todos eles agradecemos ao Senhor e invocamos a sua graça a fim de que possam ser fiéis à vocação recebida e aos compromissos que assumem, sustentados também por nossa proximidade e por nosso testemunho.

Maria Imaculada, a Mãe do Senhor, nos acompanhe com a sua intercessão materna.

Desejo a todos, de coração, uma boa festa no dia 8 de dezembro e uma válida preparação para o Natal do Senhor, que seja para a nossa vida e para o mundo motivo de esperança e de paz.

pe. Lorenzo Agosti
Tradate, 1° de dezembro de 2010, 3° dia da novena da Imaculada.

Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
  • Noviciado "Maria Imaculada": Rua Bento Gonçalves, 1375 - Bairro Centro. CEP 93001-970 - São Leopoldo / RS . Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.1087. Mestre de Noviços - Pe. Renzo Flório, FMI. Pastoral Vocacional: Ir. Johnson Farias e Ir. Bruno, FMI.
  • Seminário "Bom Pastor" (Aspirantado e Postulantado): Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Orientador do Seminário - Ir. César Thiago do Carmo Alves, FMI.

Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
  • Centro de Apoio e Integração dos Surdos (CAIS) - Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Coordenador: Luís Vicente Caixeta
  • Centro de Formação Profissional: Av. Santo Antônio, 1746. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3233.9170. Telefax: (27) 3322.5174. Coordenadora: Sra. Rosilene, Leiga Associada da Família Pavoniana
  • Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP) SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944 . Diretor: Pe. José Rinaldi, FMI
  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
  • Colégio São José: Praça Dom Otávio, 270 - Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre/MG - Caixa Postal: 149. Tel.: (35) 3423.5588 / 3423.8603 / 34238562. Fax: (35) 3422.1054. Cursinho Positivo: (35) 3423. 5229. Diretor: Prof. Giovani, Leigo Associado da Família Pavoniana
  • Escola Gráfica Profissional "Delfim Moreira" Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Diretor: Pe. Nelson Ned de Paula e Silva, FMI.
  • Obra Social "Ludovico Pavoni" - Quadra 21, Lotes 71/72 - Gama Leste/DF. CEP 72460-210. Tel.: (61) 3385.6786. Coordenador: Sra. Sueli
  • Obra Social "Ludovico Pavoni": Rua Monsenhor Umbelino, 424 - Centro. CEP 37110-000 - Elói Mendes/MG. Telefax: (35) 3264.1256 . Coordenadora: Sra. Andréia Mendes, Leiga Associada da Família Pavoniana.
  • Obra Social “Padre Agnaldo” e Pólo Educativo “Pe. Pavoni”: Rua Dias Toledo, 99 - Vila Paris. CEP 30380-670 – Belo Horizonte/MG. Tels.: (31) 3344.1800 - 3297.4962 - 0800.7270487 - Fax: (31) 3344.2373. Diretor: Pe. André Callegari, FMI.

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Quem sou eu?

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Bréscia, Italy
Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.