quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Bispos do Brasil em formação permanente

A primeira palestra do dia foi feita pelo Bispo da Diocese Alemã de Regensburg, Dom Gebhard Ludwing Müller, que também ministrou a primeira palestra do curso. Na ocasião os Bispos discutiram a “Sacramentalidade e constituição carismática da Igreja", hoje porém, a temática foi “A origem da Igreja no mistério do Deus trino”.

A origem da Igreja na autocomunicação de Deus Pai

Ao iniciar, o Bispo de Regensburg explicou a origem da Igreja na autocomunicação de Deus, pois não é uma sociedade religiosa fundada pelos homens, a sua missão pode ser compreendida na criação, redenção e na consumação.

Ele acrescentou que, o povo de Deus se torna “Corpo de Cristo”, porque ele, Cristo, é o mediador da salvação.

- Povo de Deus e Corpo de Cristo não são, portanto, conceitos simplesmente alternativos. Pelo contrário, eles precisam ser vistos em sua relação recíproca e à luz da autocomunicação histórico-salvífica do Deus trino. Somente através da encarnação do Filho e no Espírito Santo está aberto o caminho que nos leva ao Pai, explicou.

Nesse contexto, Dom Müller fez uma relação com o Concílio Vaticano II, tema central do Curso. Ele afirmou que, o Concílio pode oferecer mais uma perspectiva para a tensão entre a vontade salvífica universal e a necessidade, para a salvação, de pertencer à Igreja concreta.

Para concluir a sexta palestra do Curso, Dom Müller disse que a Igreja é o Sacramento através do qual Deus mostra, na história, sua divina vontade salvífica manifestada em Cristo, direcionando-a até a consumação escatológica.

- Tendo em vista tudo isso, a Igreja também se encontra em uma particular tensão. Como construção social, através de sua confissão de fé e sua estrutura, ela se limita e se distingue de outras. Porém ela é, ao mesmo tempo, internamente dinamizada, através de sua missão de servir à realização da vontade salvífica de Deus, que se tornou concreta em Cristo.

A razão de ser do sacerdócio

Em um outro momento, após o intervalo, Dom Muller ministrou a 7º palestra do Curso sobre o tema “A missão sacerdotal da Igreja e da Eucaristia”. Dessa vez, o Bispo de Regensburg fez uma correlação interna e constitutiva entre Igreja e Eucaristia encontrada nos documentos do Concílio Vaticano II.

Ele refletiu sobre a Eucaristia e o sacerdócio serem relacionados um ao outro pelo próprio Jesus Cristo. E acrescentou que, na celebração da última ceia, Ele instituiu o sacramento da Eucaristia e do sacerdócio. De posse do conhecimento dessa relação, o sacerdote – também face à sua vocação – precisa compreender-se como homem eucarístico no fundo de sua existência.

- O saber profundo de ser Eucaristia o centro de nossa fé, centro que nos edifica, e onde Cristo nos reúne como sua Igreja, torna-se o estímulo necessário para manter aceso o anseio e a fome espiritual pelo mistério central da entrega de Jesus Cristo.

Dom Müller concluiu citando uma frase dita por Jesus aos Apóstolos: “Fazei isso para celebrar a minha memória!” (ICor 11,25). Ele desejou que os Bispos saibam acolher esse mandato como ensejo que estimula a penetrar no mistério da Eucaristia e possuí-la como centro da fé, pois o próprio Cristo se faz presente sob as espécies de pão e vinho.

fonte: http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Superior geral

Pe. Lorenzo Agosti, Superior geral dos Pavonianos
Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,

“Tendo presente o grande número de testemunhas, deixemos de lado tudo que nos atrapalha e o pecado que se agarra em nós. corramos com perseverança na corrida, mantendo os olhos fixos em Jesus.” (Hb 12, 1-2) . Estas palavras da Carta aos Hebreus, que hoje a liturgia eucarística nos propõe, ressoam para mim de modo bem significativo, enquanto me encontro com os nossos irmãos das Filipinas. Estas palavras são um convite urgente em quatro direções.


De olhos fixos em Jesus

Pede-se, antes de tudo, que tomemos consciência de que estamos rodeados por tantas testemunhas da fé. Quantos irmãos, ontem e hoje, deram sua vida por amor a Jesus Cristo! Deixaram tudo para seguir o chamado do Senhor e para se dedicarem ao anúncio do Evangelho e ao serviço dos irmãos, sobretudo dos jovens e dos mais pobres. Quanta gratidão para com eles sentimos no coração e quantos estímulos brotam do seu exemplo para a nossa vida!

Além disso, estas palavras são uma admoestação para nos livrarmos dos estorvos que bloqueiam nossos desejos de bem e para lutar contra o pecado. Quantas ações boas poderíamos realizar e, pelo contrário, nos deixamos condicionar, muitas vezes, por nossos medos, pelo egoísmo, pela indiferença, pelos preconceitos; sem falar das concessões ao pecado que nos afasta da fonte da graça de Deus, sem a qual nada podemos fazer (cf. Jo 15, 5)!

Estas palavras nos convidam, portanto, a sermos perseverantes na fidelidade à nossa vocação e aos nossos compromissos, a não nos desanimar nas dificuldades e nas provas, a não ter medo do “para sempre”, a não esmorecer na constância que nos é exigida pelos compromissos que assumimos com liberdade e confiando no apoio de Deus. Ao contrário, somos estimulados a correr, isto é, a nos desdobrar com afinco, rumo ao ideal que abraçamos. Não basta caminhar, talvez, cansativamente e sem entusiasmo. Somos chamados a viver com paixão e com entusiasmo os nossos compromissos e a concretizar os nossos ideais “com todo o coração e com todas as forças” (cf. Lc 10, 27).

“Mantendo os olhos fixos em Jesus”: é ele o principal ponto de referência, o ideal da vida, o fundamento da nossa fé, o motivo da nossa dedicação. É por tê-lo encontrado, por termos feito a experiência do seu perdão e do seu amor, por termos sidos olhados com o seu olhar de bondade e chamados por ele pelo nome, é que nós o seguimos e dedicamos a nossa vida a ele e aos irmãos, sob o exemplo do beato Padre Fundador.

Uma decidida “revolução copernicana”: a comunidade religiosa no centro

Com estes pontos de referência podemos enfrentar de modo válido e eficaz também o trabalho de preparação para a próxima Consulta geral da metade do sexênio. O questionário que nos é proposto não significa uma inútil e aborrecida perda de tempo e de energias, mas uma preciosa ocasião para verificar a nossa correspondência, pessoal e comunitária, ao projeto de Deus. O Documento capitular, desde o título, indica-nos como corresponder hoje ao projeto de Deus: “Fortes da fortaleza de Deus” (CP 69) demos futuro à missão pavoniana.

O futuro da Congregação depende, sim, da providência de Deus, mas depende também de nós.

Na medida em que nos revestimos da força de Deus, tornamo-nos capazes de consolidar as bases para um futuro significativo e cheio de esperança.

Na terceira parte do Relatório para o Capítulo geral, assim eu dizia: «Dar futuro à missão pavoniana é o ponto focal do nosso Capítulo geral. Mas quem é o sujeito desta operação? Quem é o sujeito da missão? É a Congregação no seu conjunto e, concretamente, é a comunidade, a comunidade religiosa. É a comunidade religiosa o sujeito da missão…

Acredito que o ponto nodal que pode desbloquear muitos aspectos de incerteza e de fragilidade do nosso presente e que pode dar novo impulso ao nosso futuro seja justamente este: dar um lugar central e determinante à comunidade religiosa. Em torno da recuperação desta centralidade também todas as outras dimensões da nossa vida podem encontrar o seu sentido, a sua consistência e o seu impulso (inclusive o papel dos leigos e a perspectiva da Família pavoniana)…

Em primeiro lugar, nós, religiosos, somos chamados a mudar ou a rever a nossa mentalidade. Quando somos destinados para uma comunidade, nos é confiado um trabalho a ser desenvolvido, mas, antes de tudo, somos chamados a viver na comunidade, a nos sentir parte da comunidade, a fazer comunidade, a construir a comunidade, a testemunhar, como comunidade, o amor de Cristo pelos pequenos.

Certamente o nosso ser comunidade é para a missão; mas devemos ser para a missão enquanto comunidade. Somos nós religiosos, em primeiro lugar, que nos devemos perceber como comunidade, que devemos colocar no centro de tudo a comunidade, que não devemos pensar e agir individualmente…

Se nos percebermos como comunidade, se colocarmos no centro de tudo a comunidade, este passo permitirá que nossos colaboradores e os destinatários da nossa missão nos percebam como comunidade, como comunidade religiosa, como comunidade religiosa pavoniana; em síntese, como verdadeira família, reunida em nome do Senhor e no nome do Padre Fundador.

E isto, hoje, se torna muito importante, aliás, essencial para a irradiação do nosso carisma e para a eficácia da nossa missão. Não visamos, com isso, que a comunidade se desdobre sobre si mesma, mas que se concentre para se expandir com mais força.

É claro que tudo isto exige e traz uma mudança de mentalidade e se realiza por meio de passos concretos, seja dentro de nós, seja externamente» (veja 3.2 Uma decidida “revolução…)”.

O Documento capitular, junto com as motivações de fundo, oferece indicações práticas sobre como dar consistência à comunidade religiosa, sobre “como tornar visível e crível a comunhão-corresponsabilidade na missão pavoniana”. Neste contexto acentua: “Estamos convencidos de que, hoje, uma das prioridades consiste em sermos percebidos como irmãos unidos na missão” (3).

Com o Questionário somos chamados a nos perguntar quais passos demos nesta direção. A avaliação se torna, ao mesmo tempo, um estímulo para proceder com maior convicção e determinação na concretização do quanto “o Pai nos pede por meio dos sinais e dos mediadores da sua vontade que ele mesmo nos apresenta” (RV 91). A paixão pelo Senhor e pelos jovens nos guia e nos motiva. Nestes tempos complexos e problemáticos para o futuro deles, pretendemos estar próximos dos jovens com o mesmo coração do padre Pavoni e confiamos na sua contínua intercessão.

11 de fevereiro

Em vista da memória da B. V. Maria de Lourdes, 11 de fevereiro, intensificaremos nossa oração para obter a canonização do nosso beato Padre Fundador. Naquele dia, em 1908, iniciou-se o processo para a causa da sua beatificação, ocorrida em 14 de abril de 2002. Depois daquela data, foram apontados vários casos de curas, obtidas por intercessão de padre Pavoni. Esperamos que entre estas, ou entre outras que possam acontecer proximamente, se possa logo documentar o milagre necessário para a sua canonização.

O dia 11 de fevereiro é também o Dia Mundial do Doente. Que esta celebração anual nos torne sempre mais sensíveis em estar próximos dos “irmãos enfermos e/ou idosos” (RV 140).

Neste mês de fevereiro, depois das Filipinas, prosseguirei a visita a outras comunidades da Congregação, iniciando pelas da Itália. Aqui, em Lonigo, nos dias 19 e 20, haverá o encontro anual da Família pavoniana.

Na véspera da festa da Apresentação do Senhor (02 de fevereiro), Dia Mundial da Vida Consagrada, demos graças a Deus pelo dom da nossa vocação e invoquemo-lo para que guie a todos “nos caminhos do bem” e infunda “no nosso espírito o esplendor da sua santidade”.

Chegue a todos uma cordial saudação, inclusive da parte do pe. Gildo e dos irmãos e aspirantes da comunidade filipina.

pe. Lorenzo Agosti
Manila - Filipinas, 1° de fevereiro de 2011.



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ludovico Pavoni, educador: algumas considerações

Por Pe. Roberto Remo Cantú,
presbítero pavoniano e arquivista geral da Congregação pavoniana.

Se com certa presunção quiséssemos definir, em uma única palavra o pensamento e a ação educativa de Ludovico Pavoni, talvez esta seria: respeito.

E como se poderia declinar no educador (tanto o Pavoni como o pavoniano) e nos diversos momentos do processo educativo este respeito? eis aqui uma breve relação:

• Simplicidade de espírito

Tudo começa com a maneira simples de nos colocarmos diante do outro; poderíamos dizer até de uma atitude quase ingênua. É importante aquele quase no sentido que esta simplicidade é uma atitude da alma que procura unir os aspectos positivos da instintiva ingenuidade da criança com a ascese psicológica, uma purificação da poluição dos preconceitos.

O Pavoni que tinha um temperamento colérico-sanguineo (cujas componentes fundamentais são a sensibilidade, receptividade ou irritabilidade, e a força, espontaneidade ou reação), se encaminhou na estrada da ascese superando os preconceitos que nascem quando supervalorizamos um único ponto de vista, o dele ou o nosso.

A descoberta do outro, diante do qual nos colocamos à frente, é uma experiência profunda e intuitiva, mesmo se é difícil a ser conceitualizada. E o conseqüente esforço de caminhar em continuação para o outro é uma experiência difícil de vivenciar. Dentro desta dúplice experiência, intuitiva e vivenciada, percebemos que não estamos sozinhos: é a descoberta, o encontro com o nosso Deus.

Não é para uma adequação passiva a valores partilhados na família e no ambiente que o Pavoni na sua vida coloca como fundamento Deus. Não conhecemos o esforço adolescencial, acentuado da provocação em aparência vencedora da modernidade irreligiosa do seu tempo, unida à consciência dos limites da antiga religiosidade, que o jovem Ludovico com certeza vivenciou. Ma ele não se sentiu sozinho neste Êxodo. Deste seu se colocar diante do Outro e do necessário encaminhar-se até Ele, ganhou uma experiência tão intensa que não podia não partilhá-la, em particular, com aqueles que percebia fundamentalmente a ele semelhantes, isto é, os jovens. Escreve um anônimo estimador do Pavoni: para Ludovico Pavoni, o Êxodo inicia assim: um itinerário do qual somente Deus conhece os segredos. Nós podemos somente perceber alguns traços exteriores: desestabilizante novidade de ideais jovens, generosidade maluca, separação e abandono da nativa casa nobiliária, autonomia da família, freqüentação dos pequenos, facilidade de perdão. O Êxodo continuará com um estilo diferente de ser padre, o desinteresse para os cargos, a renúncia ao canonicato, a libertação dos usos e costumes de um típico ambiente devoto, a perda de amizades importantes, até acabar em um poeirento pátio, pai de filhos de ninguém, livre como uma gaivota sobre a imensidade do mar, mas sempre feliz.

O Pavoni tinha, portanto, como temperamento natural uma grande sensibilidade e reatividade. Todo educador, se não tiver alcançado uma semelhante sensibilidade natural e uma imediata reatividade, deveria cultivar com boa vontade a semente que todas as pessoas, pelo fato de ser pessoas, carregam consigo. Por definição, toda pessoa é um ser em relação.

  • Maravilha e assombro em descobrir o outro.

Quanto mais entre o eu e o outro não existir algum diafragma que distorce este se colocar em frente, se o meu olhar interior é e se dirige cada vez, para simplicidade, experimenta-se, inevitavelmente, estupor e também maravilha.

Os outros são o nosso espelho. Nosso porque estamos conscientes de ser os iniciadores deste olhar e, portanto, em certo sentido, os criadores de quem está na nossa frente. O fazemos existir em nós. Nosso também, porque quem estamos enxergando, responde com certeza com um seu próprio modo, mas esta sua resposta é marcada pela nossa presença.

Infelizmente nos poucos escritos do Pavoni e pelo testemunho de quem o conheceu não aparece o estupor positivo, enquanto é salientada a parte negativa, seja em relação a ele mesmo: a minha indignidade me humilha: frio como sou, que deverei esperar ainda? seja em relação aos outros, tão arrogantes e mesquinhos.

Mas também, partindo deste último ponto negativo, podemos deduzir como o seu comportamento interior (psicológico e espiritual) não aceitasse como definitivo o conhecimento da realidade, em particular das pessoas. Os contemporâneos assinalam como unisse à simplicidade sempre uma prudência em relação á complexidade da realidade. Ao contrário do que se poderia pensar, elas, a simplicidade e a prudência, são duas irmãs que devem sempre andar juntas.

O educador pavoniano deve evidenciar em relação a quem se coloca na sua frente uma atitude positiva e aberta, ma em relação a si mesmo envolvido neste caminho educativo, uma atitude prudente

  • Humildade.

Esta sua atitude interior de simplicidade de espírito e de maravilha sempre atenta para a realidade, em particular, das pessoas, e, nelas, aquela imprevisível dos jovens, não podia que alimentar nele uma atitude de verdadeira humildade.

A verdadeira humildade entendida não como um fechar-se medroso em si, mas uma abertura para uma realidade maior de nós mesmos, nascida da consciência de que nunca conseguiremos entendê-la completamente, de que poderemos cometer erros inevitáveis, que vão além das boas intenções. É este o sofrimento assumido com serenidade por um verdadeiro educador.

O Pavoni foi genial em propor um projeto adaptado às necessidades do seu tempo, à altura dos novos pobres, vítimas de uma nova pobreza em uma nova sociedade, que colocava, em maneira traiçoeira, mas concreta, os mais frágeis e os jovens à margem dela.

Ele nunca julgou que o modelo proposto – o Instituto assistencial-educativo-profissional – resolvesse, mesmo naquele tempo, todas as necessidades individuais e sociais. O seu era um avanço, e na época até de vanguarda, mas soube reconhecer nele, em alguns casos, também, o inevitável caráter inadequado. O modelo por ele proposto com o Instituto de São Barnabé visava uma educação preventiva, na qual o jovem, o adolescente, a criança ainda estava disponível a novas propostas educativas, conseguindo silenciar em si mesmo o chamado da rua e dos possíveis maus exemplos do meio de onde provinha.

Alguém, contudo, não conseguiu. Colocou em perigo, em um contexto familiar baseado no respeito e na liberdade, a necessária partilha de valores.

Os incorrigíveis existiram também em São Barnabé, de alguns até conhecemos o nome. De um, Gaetano Faraoni, conhecemos até a sua história seguinte. O Pavoni foi obrigado a demiti-lo do Instituto, talvez devido a um comportamento moral insustentável . Esta demissão permaneceu como uma ferida no Pavoni. Escrevendo a um seu aluno que tinha encontrado o colega nas ruas da grande Milão, chega, com grande humildade, a assumir uma certa própria responsabilidade (não tenha feito o bastante) pela expulsão do jovem: Não pode imaginar a alegria com a qual li a tua carta. Sempre gostei do jeito do jovem Faraoni e a sua perda me deixou sempre o remorso de não ter feito o bastante para afastá-lo daquelas ocasiões que o fizeram tropeçar. Quisesse Deus que você o possa reencontrar e, quem sabe, com a tua ajuda, endireitar um pouco a sua vida!Fala-lhe que nunca me esqueci dele e que o amo e se o aconselharás a me escrever ficarei bem contente para eu externar-lhe o meu coração.

O educador pavoniano nunca deve perder a confiança em si mesmo ou nas necessárias aquisições das ciências humanas, no caso que perceba que algo ou alguém está fugindo com facilidade até aos mais estudados e aprofundados programas preparados. Isto é inevitável!

  • Serviço.

As últimas linhas da carta precedente parecem resumir quanto foi dito e antecipar quanto vamos acrescentar sobre a atitude educativa do Pavoni. Não ter feito o bastante para defendê-lo. A simplicidade, a maravilha e a humildade são traduzidas, no agir, mais concretamente, no custodiar este tesouro, no se colocar a serviço de quem o guarda. Não ficam satisfeitas por tudo o que já foi feito, mas se preocupam por o que deverá ser feito a mais. Em uma eventualidade resposta negativa, como é o caso examinado do Gaetano, o pesar não é originado por perceber o próprio limite e incapacidade, mas em perceber o sofrimento do outro.

  • Amor.

Dize-lhe que nunca me esqueci dele, que o amo, e, se o aconselharás a me escrever, ficarei contente em poder expressar o meu coração. Carregando consigo o sofrimento do aparente e provisório insucesso educativo em relação ao Gaetano, o Pavoni lembrava, esperava, aguardava. Aguardava somente uma ocasião. Sabemos como o Pavoni na sua atitude exterior, mesmo no meio das suas crianças, mantinha um comportamento reservado, sério, respeitoso, humilde, mas no qual o intuito juvenil sabia perceber não somente a consideração que este nobre, este presbítero tinha em relação a eles, mas algo mais, o afeto e, usando uma palavra bem gasta, o amor.

No epistolário, ao contrário, com uma certa nossa surpresa, o Cônego parece se abrir aos sentimentos mais profundos que florescem no amor.

Os meninos, portanto, estavam enxergando certo.

Quantas vezes, proporcionalmente ao número e ao tipo das suas cartas, ele escreveu a palavra amor ou termos semelhantes!

A primeira carta que temos dele, escrita ao jovem irmão Giovanni entre lágrimas, é uma repetida confissão de amor. E assim aquela acima citada, umas das últimas.

Do respeito ao amor.Hoje, com uma deprecada superficialidade pensa-se partir do amor para alcançar o respeito. É um equivoco bem grande!

Para o Pavoni não podia ser este o caminho correto: do respeito ao amor. Este em uma circularidade virtuosa, alimenta o respeito, a simplicidade, a maravilha, a humildade e o serviço.

  • A presença de Deus.

Concluindo estas breves considerações sobre o Pavoni, educador, talvez não seja necessário tornar mais manifesta uma presença por si só evidente, mas que, com maior razão de qualquer outra presença, se deixa alcançar e ao mesmo tempo depois passa a fugir, para se deixar novamente alcançar e assim por diante: é a presença de Deus.

No começo desta reflexão, falamos, como dentro da primeira dúplice experiência (intuitiva e vivenciada) do outro se percebe que não estamos sozinhos: é a descoberta de Deus, garante da verdade desta experiência. Não é uma ilusão aquela de descobrir o outro e descobrir que podemos amá-lo.

Sem esta fundamental convicção da presença do Outro, ninguém poderia estar certo de alcançar, conhecer amar o outro.

Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
  • Noviciado "Maria Imaculada": Rua Bento Gonçalves, 1375 - Bairro Centro. CEP 93001-970 - São Leopoldo / RS . Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.1087. Mestre de Noviços - Pe. Renzo Flório, FMI. Pastoral Vocacional: Ir. Johnson Farias e Ir. Bruno, FMI.
  • Seminário "Bom Pastor" (Aspirantado e Postulantado): Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Orientador do Seminário - Ir. César Thiago do Carmo Alves, FMI.

Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
  • Centro de Apoio e Integração dos Surdos (CAIS) - Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Coordenador: Luís Vicente Caixeta
  • Centro de Formação Profissional: Av. Santo Antônio, 1746. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3233.9170. Telefax: (27) 3322.5174. Coordenadora: Sra. Rosilene, Leiga Associada da Família Pavoniana
  • Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP) SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944 . Diretor: Pe. José Rinaldi, FMI
  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
  • Colégio São José: Praça Dom Otávio, 270 - Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre/MG - Caixa Postal: 149. Tel.: (35) 3423.5588 / 3423.8603 / 34238562. Fax: (35) 3422.1054. Cursinho Positivo: (35) 3423. 5229. Diretor: Prof. Giovani, Leigo Associado da Família Pavoniana
  • Escola Gráfica Profissional "Delfim Moreira" Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Diretor: Pe. Nelson Ned de Paula e Silva, FMI.
  • Obra Social "Ludovico Pavoni" - Quadra 21, Lotes 71/72 - Gama Leste/DF. CEP 72460-210. Tel.: (61) 3385.6786. Coordenador: Sra. Sueli
  • Obra Social "Ludovico Pavoni": Rua Monsenhor Umbelino, 424 - Centro. CEP 37110-000 - Elói Mendes/MG. Telefax: (35) 3264.1256 . Coordenadora: Sra. Andréia Mendes, Leiga Associada da Família Pavoniana.
  • Obra Social “Padre Agnaldo” e Pólo Educativo “Pe. Pavoni”: Rua Dias Toledo, 99 - Vila Paris. CEP 30380-670 – Belo Horizonte/MG. Tels.: (31) 3344.1800 - 3297.4962 - 0800.7270487 - Fax: (31) 3344.2373. Diretor: Pe. André Callegari, FMI.

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Quem sou eu?

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Bréscia, Italy
Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.