sexta-feira, 11 de março de 2011
segunda-feira, 7 de março de 2011
A vida no planeta
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte |
O Carnaval vai começar. Em muitos lugares já começou e até, indevidamente, é prolongado e ultrapassa os limites do calendário. Muitos, no entanto, iluminados por outros princípios e razões, vivem uma folia diferente. Não excluem a alegria que precisa fecundar a vida e mostrar sua graça. Priorizam a vivência do contentamento cultivado pela experiência da oração, do estudo, dos retiros espirituais, do contato com a natureza, do gosto pelo silêncio, o convívio familiar e as amizades. Entre essas escolhas, não poucos fazem a opção pelo estudo e aprofundamento do tema da Campanha da Fraternidade, promovida há mais de quarenta anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Gesto educativo que ilumina com a fé e os valores do Evangelho a realidade social, política, religiosa e cultural de todos.
Neste ano, durante a Quaresma, momento especial em que a Igreja Católica convida para atenciosa escuta da Palavra de Deus na oração, na prática do jejum e na comprometida caridade, o tema escolhido é ‘a vida no planeta’. A consideração da vida no planeta nasce da importante e interpeladora motivação que toca a fé cristã e a cidadania na sua nobreza. São muitos rostos sofredores por esse mundo afora clamando solidariedade. O olhar lançado sobre a natureza é a referência fundamental para fazer brotar e recuperar sensibilidades. Conscientizar, em relação aos resultados, que as mãos humanas estão produzindo e contribuindo nas mudanças climáticas que têm ocasionado sérios desastres na natureza e na vida de todos. É componente importante da cidadania o debate dos aspectos envolvendo o meio ambiente. As questões são, na verdade, muito complexas. Basta considerar as diferentes posições, não só entre ativistas e governantes, como também no meio científico. Ainda que seja razoável pensar que as mudanças climáticas seguem ciclos próprios da natureza, é inquestionável que a derrubada de florestas, a poluição produzida e outros fatores advindos das ações humanas estão incidindo sobre o planeta e interferindo nas mudanças do clima. A reflexão cidadã, portanto, tem importância e grande influência no contexto. Envolve a todos, além de fomentar um processo educativo que proporcione amadurecimento e modificações radicais no tratamento dado à natureza e a tudo o que ela oferece para o bem de todo o mundo.
Os meios de comunicação mostram e comprovam o descaso no tratamento dado à natureza, com resultados preocupantes e acontecimentos lastimáveis. Em perdas de vidas e em prejuízos, que nascem até mesmo de irresponsabilidades, e condutas individuais egoístas e pouco civilizadas. A CNBB, colocando no coração da Campanha da Fraternidade a espiritualidade quaresmal, apelo veemente e amoroso de Deus à conversão, tem como meta, por meio do que é feito nas dioceses e paróquias de todo o Brasil, viabilizar melhor formação da consciência ambiental. Isso, para que todos possam assumir, nas diferentes etapas da vida, suas responsabilidades próprias, com as respectivas consequências éticas. Há urgência, considerando-se o conjunto da sociedade mundial, em alcançar índices de maior conscientização sobre esse problema. Neste sentido, a Campanha da Fraternidade investirá na mobilização de pessoas, comunidades, Igrejas, segmentos religiosos, enfim, em toda a sociedade, para avançar na superação de tantos problemas socioambientais, formando condutas fundamentadas nos valores do Evangelho. Nesse processo de educação ambiental quer também desenvolver a profecia que está no centro dessas considerações. Suscitar posturas corajosas de denúncias, apontando responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes de equivocadas escolhas e das atitudes de cidadãos, empresas e governos.
É inquestionável que muitas atividades do ser humano incidem nas mudanças que estão vitimando o planeta. O convite à conversão é oportuno e necessário, pode alcançar o mais recôndito do coração humano até inspirar mudança de conduta, particularmente em relação a posturas, tratamentos e consumo dos bens da natureza no nosso rico planeta Terra. Permanece o desafio de repensar o atual modelo de desenvolvimento, em razão dos comprometimentos produzidos. E também da fomentação de modos de viver e da criação de demandas que estão configurando uma cultura na contramão da vida saudável e mais autêntica. A agenda de temas pertinentes em face de mudanças significativas é ampla, inclui questões em torno da água, do tratamento de biomas, do êxodo rural, dos escândalos da miséria, da sustentabilidade como novo paradigma civilizacional. O desafio é tão grande que pode levar muitos a fechar os olhos. É preciso abrir a mente e o coração para o forte apelo que ressoará mais potente no tempo da Quaresma, o convite de Jesus: “Convertei-vos”!
quarta-feira, 2 de março de 2011
Vocação sacerdotal: chamado para exercer um serviço de amor
Por Dom Pedro Carlos Cipolini
Bispo Diocesano de Amparo - SP
Santo Agostinho escreve que o sacerdócio é um serviço de amor (amoris officium) porque é um serviço de pastor, é gastar a vida no zelo pelo rebanho que é o povo de Deus. A caridade pastoral é a pedra de toque da vida sacerdotal bem vivida, constitui o eixo da espiritualidade do padre diocesano e também a nota característica da nova evangelização: “Evangelização nova em seu ardor supõe fé sólida e caridade pastoral intensa...”2 . Deste modo, quem sente no íntimo do coração o chamado de Deus para seguir a vocação sacerdotal deve se preparar para o serviço de amor ao próximo no seguimento de Jesus, ou seja, na entrega da vida. Há necessidade de um período relativamente longo de preparação.
Esta preparação vai exigir um discernimento contínuo durante o tempo de formação que inclui a vida no seminário, estudo na faculdade de filosofia e teologia, trabalho de estágio pastoral, etc. Discernimento para descobrir a vontade de Deus a respeito da própria vocação, e discernimento para perceber até que ponto, está correspondendo com sinceridade aos sinais que Deus aponta no íntimo do coração. “Discernir é separar, selecionar, interpretar e julgar, para escolher e decidir”3 .
Há hoje um conflito entre vida como projeto pessoal e vida como vocação. A vida como projeto pessoal coloca o acento na liberdade da pessoa para fazer o que lhe apraz, e a vida como vocação coloca a pessoa diante do mistério de um chamado que faz do homem interlocutor de Deus. Daí surge o desafio de harmonizar e relacionar o projeto pessoal com o chamado de Deus. O período de discernimento tem como objetivo mostrar que a liberdade pode ser colocada a serviço da causa do Evangelho, e a vida pode ser descoberta como dom e missão. A vocação é dom do Espírito Santo, o vocacionado deve aprender a discernir com ajuda da comunidade, daqueles que a Igreja coloca tendo a missão de ajudar no processo de discernimento e de formação. São pessoas que tem o “ministério da orientação”, pessoas espirituais que vão ajudar perceber a qual é a vontade de Deus.
Daquele que se sente chamado ao sacerdócio, o período de discernimento e formação vai exigir muita atenção, disponibilidade e sensibilidade, para perceber os sinais que serão emitidos a partir do interior. Nesta situação a vida de oração, a espiritualidade é essencial para iluminar todo o processo de formação em todas as suas dimensões. “A voz do Senhor que chama não deve ser esperada de forma nenhuma, como algo que vá chegar de modo extraordinário aos ouvidos do futuro presbítero. Pelo contrário deve ser entendida e distinguida por meio dos sinais que diariamente se dão a conhecer aos cristãos atentos, prudentes”.4
Todo jovem chamado ao seguimento de Jesus na vida sacerdotal, recebe uma grande graça de Deus, mas ao mesmo tempo esta graça, este dom é exigente. É um chamado que impõe condições novas de vida, que faz o vocacionado diferente dos outros e isto às vezes pode pesar. Já no Antigo Testamento se enfatiza a separação, mesmo a respeito de familiares (Gn 12,1; Is 8,11; Jr 12, 6; 1Rs 19,4). Jesus vai também ser exigente (Lc 9, 23-24). O seguimento radical de Jesus exige a opção precisa de perder a vida no dom de si: “é morrendo que se vive”. Esta é a experiência profunda que o jovem chamado ao sacerdócio deve conseguir fazer, para ter paz durante o exercício de seu ministério e não ficar à mercê de uma imaturidade que nunca termina, com seu corolário de indecisões, meias verdades e decisões incompletas.5
Durante o período de formação para o ministério sacerdotal, muitos serão os elementos que vão ajudar o seminarista a consolidar sua vocação e adquirir aquela certeza de ter sido chamado, aquela intimidade com Jesus Cristo , que vai sustentá-lo por toda a vida. Gostaria de destacar aqui três elementos que julgo fundamentais, faço-o a partir da sinalização que nos dá o Concílio Vaticano II. “Ao afirmar o primado da evangelização, o Vaticano II propõe ao presbítero uma espiritualidade apostólica, profética e missionária, não só voltada em primeiro lugar para o culto e a vida interna da Igreja, mas para a missão no mundo e a convivência fraterna com os leigos (cf. PO n. 9)”6 . Lembremo-nos que somos hoje recordados de que a Igreja é missionária por sua natureza e quer responder aos desafios de hoje estando em permanente estado de missão: “A Igreja deve ir ao encontro de todos com a força do Espírito”.7
Em primeiro lugar sinalizo o amor à Palavra de Deus. Quem se sente chamado ao ministério presbiteral deve ser um apaixonado pela Palavra de Deus, pois será o “homem da palavra”. O papa Bento XVI deixa bem claro a necessidade de se apresentar a Palavra de Deus aos jovens vocacionados e seminaristas como sendo fonte de firmeza e sabedoria: “Autênticas vocações para a vida consagrada e para o sacerdócio encontram seu terreno propício no contato fiel com a Palavra de Deus (...) Queridos jovens não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, e dá tudo. Quem se entrega a Ele, recebe o cêntuplo”.8 O papa recorda ainda que o estudo destes livros sagrados deve ser como afirma o concílio Vaticano II, a “alma da teologia”.9 O padre é profeta a serviço de um povo de profetas. Sem conhecer e assimilar a Palavra de Deus, o padre corre o risco de pregar a si mesmo e cair na mediocridade.
É a partir da Palavra de Deus lida, refletida, meditada e rezada, que se fortalece o amor a Jesus Cristo que é a seiva da árvore da vocação sacerdotal. Ele é a suprema revelação de Deus: “Se eu te falei já todas as coisas em minha Palavra, que é meu Filho, e não tenho outra palavra a revelar ou responder que seja mais do que ele, põe os olhos só nele; porque nele disse e revelei tudo, e nele acharás ainda mais do que pedes e desejas”.10
Em segundo lugar sinalizo o amor à Eucaristia. A Eucaristia é fonte e ápice de toda a evangelização, é o centro da Assembléia Eucarística, o centro da comunidade de fiéis presidida pelo presbítero.11 Sem a Eucaristia e a vivência do mistério eucarístico impregnando a sua vida, o presbítero não vai perceber a dimensão comunitária da Igreja, não vai captar a Igreja como mistério de comunhão, poderá ser um diretor de consciências, conselheiro atento à vida íntima das pessoas. Porém, o múnus de pastor não se reduz ao cuidado individual dos fiéis, mas abarca a formação da comunidade cristã. “Não se edifica no entanto, nenhuma comunidade cristã se ela não tiver por raiz e centro a celebração da Santíssima Eucaristia: por ela há de se iniciar por isso toda educação do espírito comunitário”12. O padre é sacerdote a serviço de um povo sacerdotal. Sem o gosto pela liturgia, cujo cume é a celebração Eucarística, haverá sempre o risco de se tornar um “funcionário do culto” e podendo ser fonte de desilusão para o povo de Deus.
Há um contraste entre o fixismo e absolutização de expressões litúrgicas, de um lado e o descuido e ignorância das normas litúrgicas de outro. Recordo aqui o que escreve o Papa Bento XVI sobre a Eucaristia e a evangelização das culturas: “A Eucaristia torna-se critério de valorização de tudo o que o cristão encontra nas diversas expressões culturais”.13 Assim, é necessário que o presbítero tenha cuidado, zelo e atenção às normas liturgias, mas também que tenha abertura para o que nos ensina ainda o papa Bento XVI ao discorrer sobre Bíblia e inculturação: “A aculturação ou inculturação será realmente um reflexo da encarnação do Verbo, quando uma cultura, transformada e regenerada pelo Evangelho produzir na sua própria tradição expressões originais de vida, de celebração, de pensamento cristão”.14
Em terceiro lugar o amor ao Reino de Deus que exige o empenho para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Sem alçar o olhar para o que os Evangelhos indicam como Reino de Deus, corre-se o risco de uma excessiva espiritualização do ministério presbiteral que, não raro, desemboca no fanatismo ou na idolatria de lideranças. O Catecismo da Igreja Católica aponta a Doutrina Social da Igreja como “o desenvolvimento orgânico da verdade do Evangelho sobre a dignidade da pessoa humana e sobre sua dimensão social. Ela contém princípios de reflexão, formula critérios de juízo e oferece normas e orientações para a ação em favor do Reino de Deus”.15
O Papa João Paulo II foi firme na doutrina, mas não menos firme em apontar a necessidade do empenho social da Igreja, na busca de defender os princípios de uma ética evangélica que trabalhe pela promoção integral da vida16 . Sua preocupação com a justiça social nos legou o Compêndio da Doutrina Social da Igreja no qual podemos ler: “Não menos relevante deve ser o esforço por utilizar a doutrina social na formação dos presbíteros e dos candidatos ao sacerdócio os quais, no horizonte da preparação ministerial, devem desenvolver um conhecimento qualificado do ensino e da ação pastoral da Igreja no âmbito social e um vivo interesse pelas questões sociais do próprio tempo”.17 A Congregação para a Educação católica ofereceu indicações e disposições precisas para a correta e adequada programação do estudo da Doutrina Social da Igreja por parte dos seminaristas.18 O padre é rei/pastor a serviço de um povo real de pastores.
Esta tria munera, que são características, mas também tarefas da Igreja, povo de profetas (Palavra), sacerdotes (Eucaristia) e Reis/Pastores (Paixão pela justiça do Reino) devem ser plasmada na vida e na consciência daqueles que estão se preparando para assumir o ministério presbiteral na Igreja. Um processo formativo mal conduzido, pode tender o formando a fixar-se somente em um destes itens. Ou privilegiando um em detrimento do outro o que produzirá padres desequilibrados no exercício de seu ministério: alguns querem se dedicar somente à Palavra conforme a tradição protestante. Outros com atenção somente para a liturgia e sacramentos conforme a tradição da reforma tridentina e outros ainda somente se ocupando da dimensão ética e social da fé caindo muitas vezes na tentação do secularismo.
Quero concluir esta reflexão sobre vocação e formação dos futuros presbíteros recordando as palavras do apóstolo Pedro a Jesus: “Tu sabes tudo Senhor, Tu sabes que eu vos amo” (Jo 21, 15-17). É o amor profundo por Jesus, Palavra encarnada, Palavra que se faz pão na Eucaristia para a vida do mundo, que deve nortear o itinerário de quem deseja tornar-se padre, ou quem já o é. O amor por Jesus deve ser a explicação do caminhar, a síntese da história de cada um. Este amor deve ser para o padre a chave de compreensão de toda sua vida e de seu empenho pastoral. É este amor que dará forças ao padre para exclamar como Ezequiel; “Andarei à procura da ovelha perdida e reconduzirei ao redil a que se extraviou, carregarei aquela ferida e cuidarei da que está doente”(Ez 34, 16).
São oportunas as ponderações do papa Bento XVI sobre a escassez de vocações sacerdotais que transcrevo aqui e desejaria fossem lidas à luz do que refleti acima: “A solução para a escassez não se pode encontrar em meros estratagemas pragmáticos; deve-se evitar que os bispos, levados por compreensíveis preocupações funcionais devido à falta de clero, acabem por não realizar um adequado discernimento vocacional, admitindo à formação específica e à ordenação candidatos que não possuam as características necessárias para o serviço sacerdotal. Um clero insuficientemente formado, e admitido à ordenação sem o necessário discernimento, dificilmente poderá oferecer um testemunho capaz de suscitar noutros o desejo de generosa correspondência à vocação de Cristo. Na realidade, a pastoral vocacional deve empenhar a comunidade cristã em todos os seus âmbitos”.19
Enfim, o desabrochar da vocação sacerdotal e o processo de formação deve ser capaz de introduzir o futuro presbítero na compreensão do dinamismo do amor cristão, o qual consiste em abraçar a causa do amor-serviço como caminho para a liberdade , no seguimento daquele que veio para servir e não para ser servido. É este amor que sustentará o padre quando ele tiver que segurar nas mãos de Jesus e caminhar sozinho com Ele.20
Fonte: http://www.cnbb.org.br/
Notas
1. Cf. In Iohannis Evangelium Tractatus 123, 5: PL 35, 1967
2. CELAM Doc. de Santo Domingo n. 28
3. DOMINGUEZ, L.M.G., Discernir o chamado, a avaliação vocacional, Paulus, S. Paulo, 2010,p.23
4. VATICANO II, PO n. 11
5. Cf., MANETi, A., Vocacione, psicologia e gazia, Dehoniane, Bologna, 1981
6. CNBB/CNP – Comissão Nacional dos Presbíteros (13º ENP/fev. 2010, documento final): “ENPs, 25 anos, celebrando e fortalecendo a comunhão presbiteral – “Eu me consagro por eles”(Jo 17, 19), Ed. CNBB, 1ª Ed., p. 27
7. BENTO XVI, Verbum Domini, n. 95. Recorde-se também o apelo à missão feito pelos bispos da América Latina e Caribe reunidos em Aparecida onde ressoou o apelo a ser Igreja de discípulos e missionários.
8. Cf. Verbum Domini n. 104
9. Cf. VATICANO II, Dei Verbum n. 24 e BENTO XVI, Verbum Domini n. 31
10. S. JOÃO DA CRUZ, Subida do Monte Carmelo, Livro II – cap. XXII n.
11. Cf. VATICANO II, Presbyterorum Ordinis n. 5
12. Idem n. 6
13. BENTO XVI, Sacraementum Caritais, n. 78.
14. IDEM, Verbum Domini, 114
15. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica n. 509; cf. tb., CIC ns. 2419 - 2423
16. O papa João Paulo II publicou três grandes encíclicas “sociais”; Laborem exercens, Sollicitudo rei socialis e Centesimus annus. Não deixa de ser tendencioso o gosto em frisar muito a defesa da ortodoxia por parte do papa João Paulo II, esquecendo-se da sua relevância na moral (ortopraxis).
17. PONTIFÍCIO CONSELHO JUSTIÇA E PAZ, Compêndio da Doutrina Social da Igreja,Paulinas, S. Paulo, 2005, p. 298.
18. Cf., Orientações para o estudo e o ensino da Doutrina Social da Igreja na formação sacerdotal, Itipografia Poliglota vaticana, Cidade do Vaticano, 1988. Não podemos esquecer que: “O sacerdote constrói a ponte entre Deus e os homens, mas também as pontes entre os homens”, GRUN A., Ordem, vida sacerdotal, Loyola, S. Paulo, 206, 15.
19. BENTO XVI, Sacramentum caritatis, n.25; JOÃO PAULO II, pastores Dabo vobis, n. 41
20. TERESA DE CALCUTÁ, in KOLODIEJCHUK, B., Madre Teresa, venha seja minha luz, Thomas Nelson Ed, Rio, 2008, p.25.
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Quem sou eu?
- Pe. Ludovico Pavoni
- Bréscia, Italy
- Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.
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