segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Superior Geral

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,
nestes anos, no nosso caminho como comunidade pavoniana, colocamos sempre em destaque o episódio de Caná. É um ícone que nos encoraja e nos estimula a crer na presença de Deus, que pode continuamente transformar a nossa realidade, muitas vezes pobre e carente, em lugar de alegria, de esperança e de salvação, para nós e para quantos encontramos na nossa missão. Por nós e por eles interceda Maria, “a nossa cara mãe”, que amamos e veneramos como fez e como nos ensinou o Padre Fundador.
Comunidade unida – “Que todos sejam uma coisa só” (Jo 17, 21).
O aspecto sobre o qual insistimos neste primeiro ano pós-capitular é o da comunidade unida, isto é, o empenho em se tornar sempre mais uma comunidade unida. Tenho confiança que algum passo tenha sido dado nesta direção por parte de cada comunidade. Não partimos do zero. Nas nossas costas há uma longa experiência de fraternidade, caracterizada pelo espírito de família e pela vida comum. Tratava-se e trata-se de explicitar cada vez melhor esta dimensão, torná-la mais verdadeira e mais evidente, segundo o espírito do Evangelho, a nossa Regra de Vida, a sensibilidade da Igreja e as exigências do mundo de hoje. Como religiosos e como pavonianos somos chamados a uma comunhão de vida, qual testemunho significativo na Igreja, que é mistério de comunhão e sinal eficaz de partilha para a humanidade.
A nossa vocação implica esta comunhão de vida, que se fundamenta na união dos corações em Cristo e se manifesta nos momentos de oração, nas relações e na ajuda fraterna, na partilha da missão e do trabalho. A organização das nossas jornadas deve evidenciar esta dimensão. A nossa programação deve favorecê-la. Sobre isto devemos nos confrontar: com sinceridade e serenidade, com espírito construtivo, com a disponibilidade para cada um de nós fazer a própria parte, sustentados pelo espírito de fé e pela paixão apostólica. As indicações que ofereci no anexo da carta do mês passado, de modo especial nas anotações de horário, podem nos ajudar a dar consistência, concretização e visibilidade a nossa comunhão de vida. São indicações tiradas da Regra de Vida.
Retomo e acentuo três aspectos.
Antes de tudo, o tema dos retiros mensais. Para realizá-los, não é necessário ter sempre um “pregador” externo ou fazê-los sempre em nível intercomunitário. Isto pode acontecer alguma vez durante o ano. Além destas oportunidades especiais, cada mês, podemos tirar meio dia e viver entre nós um tempo de retiro espiritual.
A colocação inicial pode ser preparada pelo superior ou por outro irmão da comunidade, valorizando algum parágrafo da Regra de Vida, do Documento capitular, da Ratio formationis, de outros textos formativos nossos (por ex. nos Boletins, como a pesquisa em preparação ao 38° Capítulo geral, no BI 1/08, à p. 67), ou qualquer artigo de “Convergência” ou de outras revistas adequadas. Depois de um tempo de meditação pessoal, pode-se continuar o retiro com uma partilha das reflexões e com a oração comum.
Refiro-me, depois, à oração cotidiana para a glorificação do Padre Fundador. Também esta oração coral contribui para unir a comunidade. Em nível local temos tantas intenções para rezar, tenho certeza. Em nível geral, eu já propus algumas intenções particulares pelos nossos irmãos enfermos e por outras pessoas próximas da Congregação. A estas intenções acrescento, agora, o convite para invocar a intercessão do Padre Fundador para uma senhora da nossa paróquia de Roma, Anna Maria Ruggieri, afetada por uma isquemia grave.
Aceno, enfim, aos subsídios que possuímos para divulgar a figura do nosso Padre Fundador. É uma atenção que não pode ficar reservada somente para algum momento extraordinário, mas que deve ser constante, como sinal de amor ao padre Pavoni e à Congregação. Em particular, a todos os adolescentes e jovens que passam nas nossas instituições educativas devemos dar alguns subsídios sobre o fundador: a história em quadrinhos, a biografia escrita por Teresio Bosco, etc. devemos distribuí-los cada ano, em um momento oportuno da permanência deles conosco e, durante, por exemplo, uma semana pavoniana. Se não fizermos o Padre Fundador conhecido e amado pelos adolescentes e jovens que estão conosco (nas nossas escolas, nos internatos, nos centros de encontros, nos pensionatos juvenis, nos oratórios, etc.) por quem deveremos fazê-lo conhecido?
Comunidade unida com os leigos – “Um só corpo e um só espírito” (Ef 4, 4a)
O tema do segundo ano pós-capitular acrescenta o acento de uma intensificação da relação da comunidade religiosa com os leigos colaboradores e próximos, na lógica da Família pavoniana. Sobre esta experiência, na Congregação se realizou um percurso explícito de mais de vinte anos, com um andamento diferenciado nas três Províncias e em cada comunidade.
Em referência ao Documento capitular e ao texto base da Família pavoniana, este ano, cada comunidade deve pontuar o próprio caminho e identificar os passos a serem dados para seguir na direção desejada. Conhecemos a direção deste caminho e não nos faltam as indicações práticas sobre como nos movimentarmos, à luz também das experiências realizadas por várias comunidades.
Nas visitas fraternas que realizarei, durante este segundo ano, terei como verificar o quanto se decidiu e realizou também neste âmbito, dentro da programação anual da comunidade.
Reafirmo a perspectiva de fundo sobre a qual nos colocarmos e sobre a qual fundamentar cada escolha, isto é, a da dimensão vocacional. É o Senhor que chamou a nós, religiosos, para sermos pavonianos e é o Senhor que chama outras pessoas para partilhar conosco o carisma da Congregação, como religiosos ou como leigos. Esta perspectiva vocacional nos ajuda a nos sentir plenamente inseridos na Igreja e a valorizar o ano sacerdotal proclamado pelo papa Bento XVI.
Reenvio ao que já apresentei na carta do mês passado e convido a distinguir alguma iniciativa para favorecer a proposta vocacional nos nossos ambientes de vida e de missão.
Outubro de 2009
De 5 a 7 de outubro, teremos, em Tradate, a reunião do Conselho geral.
Na Itália, dia 3, sábado e dia 8, quinta-feira, serão realizados vários encontros: para a Família pavoniana, para os superiores e administradores de comunidade, para os diretores de atividades educativas.
No Brasil, do fim do mês até o início de novembro, os superiores de comunidade e os formadores se reunirão e haverá a Assembléia anual da Família pavoniana.
Na Espanha, com o dia 12 de outubro, terão início as experiências dos grupos “Saiano”.
Sábado, dia 10, na sede para surdos de Via Castellini, em Bréscia, será apresentado o volume: Pessoas de palavra – Anotações para uma história do Pio Instituto Pavoni.
Domingo, dia 18 de outubro, em Lonigo, será solenizado o 40° aniversário do liceu Pavoni.
Nas próximas semanas, em Bréscia, para recordar o 80° de consagração da igreja de S. Maria Imaculada, serão realizadas várias manifestações, com encerramento, sexta-feira, dia 30, com a presença do bispo, mons. Luciano Monari.
Acompanhemos também neste mês a celebração do Sínodo dos bispos para a África, continente onde a Congregação tem intenção de estender, mais uma vez, o próprio carisma.
A Maria Imaculada, a mulher de Caná, a mulher do vinho novo, auxílio dos cristãos, confiemos os nossos propósitos e as nossas esperanças, certos da sua intercessão e da sua proteção materna.
Saúdo a todos no Senhor.
pe. Lorenzo Agosti, FMI - PAVONIANOS
Tradate, 1 de outubro de 2009, memória de S. Teresa do Menino Jesus

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Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
  • Noviciado "Maria Imaculada": Rua Bento Gonçalves, 1375 - Bairro Centro. CEP 93001-970 - São Leopoldo / RS . Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.1087. Mestre de Noviços - Pe. Renzo Flório, FMI. Pastoral Vocacional: Ir. Johnson Farias e Ir. Bruno, FMI.
  • Seminário "Bom Pastor" (Aspirantado e Postulantado): Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Orientador do Seminário - Ir. César Thiago do Carmo Alves, FMI.

Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
  • Centro de Apoio e Integração dos Surdos (CAIS) - Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Coordenador: Luís Vicente Caixeta
  • Centro de Formação Profissional: Av. Santo Antônio, 1746. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3233.9170. Telefax: (27) 3322.5174. Coordenadora: Sra. Rosilene, Leiga Associada da Família Pavoniana
  • Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP) SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944 . Diretor: Pe. José Rinaldi, FMI
  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
  • Colégio São José: Praça Dom Otávio, 270 - Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre/MG - Caixa Postal: 149. Tel.: (35) 3423.5588 / 3423.8603 / 34238562. Fax: (35) 3422.1054. Cursinho Positivo: (35) 3423. 5229. Diretor: Prof. Giovani, Leigo Associado da Família Pavoniana
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  • Obra Social "Ludovico Pavoni" - Quadra 21, Lotes 71/72 - Gama Leste/DF. CEP 72460-210. Tel.: (61) 3385.6786. Coordenador: Sra. Sueli
  • Obra Social "Ludovico Pavoni": Rua Monsenhor Umbelino, 424 - Centro. CEP 37110-000 - Elói Mendes/MG. Telefax: (35) 3264.1256 . Coordenadora: Sra. Andréia Mendes, Leiga Associada da Família Pavoniana.
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Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.