terça-feira, 3 de abril de 2012

O Superior geral


Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,
estamos na Semana Santa e acabamos de recordar, no domingo de Ramos, o aniversário da santa morte do nosso beato Padre Fundador. A sua figura nos interpela sempre, e este ano de modo particular, sobre a  disponibilidade de seus seguidores, religiosos e leigos, em unir santidade de vida, espírito de família e dedicação apaixonada à causa dos jovens, sobretudo dos que têm maior necessidade.
O passo fundamental que nos induziu a seguir Cristo nas pegadas de pe. Pavoni certamente foi e, também não pode deixar de ser, ainda hoje, para cada um de nós, aquela mesma experiência que ele viveu e que nos testemunhou em um famoso texto que todos conhecemos, em que está contida a expressão doces atrativos.

“Os doces atrativos” e “os doces vínculos”.

Foram estes os doces atrativos com que o Senhor quis me chamar da tranquilidade de minha casa paterna e animar-me à voluntária oblação de todo o meu ser que fiz com tão grande prazer em vantagem de um bem público tão importante.”
Este texto, inserido há dez anos no ofício das leituras da festa litúrgica do Fundador, revela-nos o seu coração, o sentido da sua vocação, a densidade da entrega de todo o seu ser a Deus e aos jovens que cuidou. Este texto, além de nos revelar o núcleo carismático que caracterizou a vida  e a obra de pe. Pavoni, apresenta-nos também as referências essenciais da nossa vocação e da nossa missão.
* No início está o chamado de Deus. Tanto para os leigos da Família pavoniana quanto, sobretudo, para nós religiosos, o ser envolvidos pelo carisma da Congregação foi e é causado e motivado pela fé em Deus e pela nossa resposta a um apelo seu. Se faltar ou se enfraquecer esta referência fundamental, nos tornamos como bronze que soa ou como címbalo que tine (1 Cor 13,1), para nos reportar ao que s. Paulo refere à caridade evangélica. Seremos agentes de uma empresa ou de uma causa mesmo nobre, talvez, mas caraterizada por aqueles traços que o nosso Fundador condena fortemente em uma carta a Domingos Guccini, afirmando consegue-se muito mais com um mínimo de espírito de caridade cristã que une os nossos corações… do que com o espírito fraquíssimo de uma decantada filantropia mal sustentada (Carta 18).
* Para nós religiosos, o chamado de Deus implica a consagração da vida a ele com os conselhos evangélicos da castidade perfeita no celibato (Regra de Vida – RV - 46), da pobreza que nos faz sentir a necessidade de Deus (RV 69) e da obediência filial (RV 97). Uma escolha tão comprometedora não está ao alcance de recursos exclusivamente humanos (RV 27). É possível cumpri-la e é possível perseverar nela por um dom de Deus, confiando na sua graça e considerando sempre sua beleza e valor. Dia a dia, com o auxílio de Deus, é necessário confirmá-la, crescendo na maturidade humana, afetiva e espiritual. Dia a dia, diante das provocações e das provas da vida, é necessário reforçar as motivações da nossa vocação, acolhendo-a e experimentando-a como uma resposta de amor ao amor de Deus e como uma escolha de grande significado e valor para a missão a que somos chamados.
* O chamado à missão comporta um deixar e um acolher. Há um deixar para dedicar-se. Deixar uma vida tranquila, para uma doação voluntária de si. Mas, trata-se de uma dedicação que, antes de ser decisão da vontade, nasce de um contexto de doces atrativos. Há uma palavra e um exemplo do Mestre que nos marca e convence: Quem acolhe em meu nome uma criança como esta, é a mim que acolhe (Mt 18,5). Há a realidade de uma situação juvenil que nos preocupa e que pede atenção, compreensão e ajuda. Acompanhar os jovens em seu crescimento e em sua formação é uma missão de absoluta importância para o futuro deles e é um serviço de grande dignidade para a Igreja e para a sociedade. É este o bem alheio do qual fala pe. Pavoni e do qual nós ainda hoje nos sentimos responsáveis.    
* Os doces atrativos indicam um enfoque educativo de grande respeito e amor para com os jovens.  Pe. Pavoni, partindo desta intuição e da experiência que a concretizou, elaborou um sistema de educação que está na base de um projeto educativo que a Congregação realizou e transmitiu e que hoje cabe a nós acolher, atualizar e pôr em prática. A aproximação aos jovens (mais tempo junto deles e menos tempo dedicado às práticas burocráticas e ao computador), testemunho, acompanhamento feito de amor e de firmeza, atenção à pessoa e animação de grupo, contexto familiar, preparação para o futuro dos jovens privilegiando o âmbito profissional, confiança  e esperança em seu êxito, proposta de uma formação global que encontra sua culminância na educação à fé: são estes os principais eixos do projeto educativo pavoniano.
* … Deus queira que os mesmos doces vínculos unam também os vossos corações em santa harmonia, a fim de sustentar, de comum acordo, uma obra tão difícil.
Assim conclui pe. Pavoni o parágrafo que contem a expressão doces atrativos. Ele nos lembra como é determinante agir de comum acordo no campo educativo. Também é necessário caminhar em santa harmonia, pelo fato que o compromisso deste campo não é fácil. Para alcançar os resultados positivos e para um testemunho eficaz, são exigidas capacidade de sintonia e partilha de critérios, bem como relações cordiais. O que não é automático nem simples. Mas, aqui se demonstram a qualidade dos nossos valores humanos, a vontade de conhecimento e de acolhimento dos ideais pavonianos e o espírito de fé como nossa referência.
Os doces atrativos e os doces vínculos, que pe. Pavoni nos apresenta, qualificam a nossa identidade de pavonianos (religiosos e leigos) e são um constante desafio para cada comunidade e para a nossa missão  educativa. A nós cabe acolhê-la com toda a nossa responsabilidade e confiando na ajuda de Deus.

14 de abril: decênio da beatificação de padre Ludovico Pavoni.

Sábato, dia 14 de abril,  por ocasião do decênio da beatificação do Padre Fundador, convido todas as comunidades a viver um dia de ação de graças por este dom feito à Família pavoniana e à Igreja, distinguindo-o em particular pela celebração da eucaristia e evidenciando eventualmente algum outro momento. Seja uma ocasião em que saibamos envolver os que estão perto de nós, testemunhando a nossa fé no Senhor, o sentido vivo de pertença à Igreja e a nossa paixão educativa e apostólica, à luz da santidade do beato Ludovico Pavoni.
Aproveitemos esta ocasião para fazer com que as nossas comunidades se apresentem e se façam conhecer não somente como centros de atividades em favor especialmente dos jovens, mas também e, sobretudo, como centros de espiritualidade, de irradiação do nosso carisma espiritual e evangélico, que dá suporte às iniciativas educativas e apostólicas que qualificam a nossa missão. A revolução copernicana que estou desejando há alguns anos compreende também este passo, que considero de importância vital para o nosso futuro. Aqui está, para as nossas comunidades, a capacidade de atração dos jovens e leigos para partilharem o nosso carisma. Está aqui o coração, o  núcleo mais profundo da Famìlia pavoniana.

Tríduo e tempo pascal.

Em torno ao dia 14 de abril, em Bréscia, serão realizados dois momentos significativos: na noite de sexta-feira, dia 13 (às 20h30, na Casa Foresti) a apresentação do livro sobre o bicentenário do oratório fundado por pe. Pavoni em 1812, escrito pelo prof. Gianfranco Grasselli, a quem agradeço de coração; e, domingo, dia 15, a presença do bispo, mons. Luciano Monari, que presidirá a concelebração eucarística, às 11h, na  nossa igreja de S. Maria Imaculada.
Continuará a experiência da Páscoa juvenil: em Lonigo e em Valladolid, de 5 a 8 de abril.
De 16 a 27 de abril, estarei em visita às comunidades da Espanha, onde, em Valladolid, sábado 21, durante a XX Assembleia da Família pavoniana, serão recordados os 50 anos da presença da Congregação na Espanha, com a participação do arcebispo, mons. Ricardo Blásquez Pérez.
Sexta-feira, dia 4 de maio, em Bréscia, haverá a terceira edição do “GIO-FEST PAVONI”, para todos os jovens das nossas instituições educativas da Itália.
Domingo, dia 29, IV de Páscoa, é o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Preparemo-nos para celebrá-lo, valorizando a semana precedente como semana eucarística, caracterizada pela oração ao Senhor da messe, para que mande operários para a sua messe! (Mt 9,38).
No limiar da Páscoa do Senhor nos acompanhe o seguinte conselho do papa s. Leão Magno: Façamos de tudo para que as atividades da vida presente não criem em nós excesso de ansiedade ou excesso de presunção, até o ponto de anular o compromisso de nos conformarmos com nosso Redentor, na imitação de seus exemplos.
Desejo a todos uma boa Páscoa no Senhor crucificado e ressuscitado!

pe. Lorenzo Agosti

Tradate, 2 de abril de 2012.

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Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
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Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
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  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
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Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.