domingo, 9 de setembro de 2012

O Superior geral


Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,

na maior parte das comunidades da Congregação, o mês de setembro marca o início de um novo ano de vida e de atividades. É o momento de retomada e de reprogramação. Retoma-se, cheios de esperanças e com renovadas energias, valorizando as experiências do ano percorrido. Não subestimamos a dificuldade e alguma preocupação, mas as integramos em um projeto de vida significativo e entusiasmante, motivado por uma profunda fé em Deus e sustentado por sua graça e por sua providência. No nosso caminhar, acompanha-nos Maria de Nazaré; como Família pavoniana, queremos olhar para ela de modo particular, neste Ano mariano que iniciamos, inserido no próximo Ano da fé de toda a Igreja.

Maria, mãe do Senhor e mãe da Igreja: ”Eis-me” e “Junto”

Em Maria de Nazaré, criatura humana como cada um de nós, tudo é referido ao Filho Jesus. A sua grandeza está ligada à missão de mãe do Filho de Deus: “Eis que conceberás um filho… e será chamado Filho de Deus” (Lc 1,31.35). Em vista desta missão, o Pai celeste a plenificou de graça deste sua concepção e a favoreceu com dons particulares, ligados à missão para a qual foi escolhida.  Mas a grandeza de Maria está ainda mais na sua plena adesão ao projeto de Deus. Eis-me (Lc 1,35) é a atitude constante de Maria diante de Deus e junto a Jesus, de quem partilhou intimamente a missão em ordem à redenção do mundo. E recebeu de Jesus a missão de continuar a sua maternidade para com os membros da comunidade cristã, representados por João aos pés da cruz, quando acolheu aquelas palavras: “Mulher, eis o teu filho!” (Jo 19,26). Junto (At 1,14) é a posição de Maria no decorrer da história da Igreja, presente e junto à comunidade e a cada discípulo de Cristo, como e desde os dias de espera de Pentecostes.
A devoção do povo cristão a Maria, em 20 séculos de história, nas suas manifestações mais genuínas, foi marcada por duas expressões de Maria em Caná: “Não têm mais vinho” (Jo 2,3) e “fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Maria está  atenta às necesidades da pessoa, é solícita aos seus pedidos e os apresenta continuamente a Jesus. E, ao mesmo tempo, convida-a a escutar Jesus, a converter-se a ele, a segui-lo e a colocá-lo no centro da própria vida. Aqui está a verdadeira devoção a Maria, em uma mistura de confiança e de escuta, de invocação e de ação: confiança nela e invocação de sua ajuda; escuta e realização das suas palavras, que remetem a Jesus.

Maria, a nossa cara mãe, na experiência do Padre Fundador

A presença de Maria na vida, na espiritualiadde e na missão do Padre Fundador foi explícita e consistente. Ela permeou os seus dias, desde a infância, ligada à veneração da Senhora da Previdência, que era grande em são Lorenço, igreja paroquial da sua família. A devoção a Maria caracterizou a sua vocação e o seu apostolado sacerdotal, tanto na experiência do oratório quanto na do Instituto; foi uma devoção que vivia e manifestava, em nível pessoal e na relação com os seus colaboradores, e que estendia e aplicava em nível educativo. Recordemos as belas expressões que aparecem na correspondência com Domingos Guccini (por ex.: que a sua [de Jesus] e a nossa cara mãe Maria nos proteja com seu manto); expressões que encontram fundamento no que padre Pavoni afirma nas Constituições (CP). Nelas, coloca no centro a recíproca relação entre maternidade e filiação: a maternidade de Maria nos faz experimentar a nossa realidade de filhos seus. Ele fala de Maria como mãe amorosa (100), como cara mãe (101), como nossa caríssima mãe (211). À maternidade de Maria corresponde o compromisso de nos mantermos verdadeiros filhos de Maria (104) e a suscitar verdadeiros filhos de Maria (266).
O que significa e o que implica ser verdadeiros filhos de Maria? Significa, segundo o Padre Fundador, obter dela (depois de Jesus) o espírito, os sentimentos e as virtudes (101). Implica em  recorrer à generosa abnegação da própria vontade (104), que consiste em despojar-se de toda vontade oposta ou não conforme à de Deus. Comporta praticar as sólidas virtudes, isto é, a abnegação da própria vontade, a pobreza, a caridade, a obediência, a humildade, a simplicidade (211). Nisto consiste o ser verdadeiros filhos de Maria, nisto consiste o viver e o promover a verdadeira devoção a Maria (101).
Em tal perspectiva, o Padre Fundador escolheu chamar os membros da sua Congregação com o nome de Filhos de Maria.

Pavonianos, ou seja, verdadeiros Filhos de Maria

A história de Congregação nos confia uma constante e sólida devoção a Maria. Podemos resumi-la, hoje, com um tríplice aspecto. O primeiro põe-nos na condição de sentir o amor materno de Maria derramado no nosso coração de filhos: amados por Deus e amados por Maria. Esta experiência é o fundamento da nossa vocação e da nossa dedicação em tempo integral a Deus e aos irmãos.
O segundo aspecto nos encoraja a invocar com confiança a intercessão de Maria para todas as nossas necessidades, sobretudo, para as da nossa vida espiritual. O terceiro aspecto pede-nos para imitar as virtudes de Maria e escutar o seu convite, que nos orienta continuamente a acolher e a cumprir a vontade de Deus. O mesmo processo diz respeito à promoção da devoção a Maria, sobretudo, na nossa missão educativa: fazer perceber o amor materno de Maria, convidar a invocá-la com confiança e a imitar a sua fé e a sua plena disponibilidade ao projeto de Deus.
Maria, então, é verdadeiramente modelo e guia para nós, seja em nível pessoal e comunitário, seja para a nossa missão, no novo Ano mariano que iniciamos e que logo nos inserirá no Ano da fé, partilhado com toda a Igreja. 

Maria guie os nossos passos e nos tenha sob o seu manto

Coloquemos, portanto, a programação do novo ano sob o manto de Maria. Peçamos-lhe poder retomar com renovado entusiasmo e com firme vontade de não nos deixarmos desanimar pelas dificuldades e de não nos deixar vencer pela inércia.
Há uma intimidade com o Senhor, a ser redescoberta e a ser cultivada cotidianamente, a fim de que toda a existência seja vivida nele e por ele, para sempre, em um caminho contínuo de conversão e de orientação para a santidade. Há uma vida fraterna a ser reavivada, centrada sobre momentos comuns de oração, participados de modo intenso e significativo, visíveis e abertos a todos que se aproximam de nós. Há uma missão a ser tornada cada vez mais incisiva, em relação às necessidades dos tempos e em força do nosso carisma, que nos pede para ajudar a todos e, em particular, os jovens nossos destinatários, não somente a encontrar trabalho, família e futuro, mas também e, sobretudo, a conhecer Cristo e a acolher o seu amor.
É o que já acenei, em outros termos, no terceiro parágrafo da carta do mês passado, à qual remeto; bem como  remeto ao primeiro anexo da carta do mês de setembro de 2011 e a um esquema geral de programação, que anexo novamente a esta carta. É preciso tê-los presentes ao estabelecer os pontos salientes da vida comunitária, para ser fiéis à Regra de Vida.
Além disso, não descuidemos também de caracterizar o Ano mariano com a distinção das festas litúrgicas de Maria, com a celebração da memória de santa Maria no sábado e com a valorização da oração do  terço, proposto de modo vivo e envolvente.
A agenda de setembro marca, para terça-feira, dia 4, um encontro de formação, em Milão, para os professores de nossas escolas na Itália e, para domingo, dia 9, o anual Meeting das Famílias do GMA, em Montagnana, caracterizado este ano pela recordaçãodo 40° aniversário de início do grupo.
De 25 a 27, teremos, em Tradate, a convocação do Conselho geral.
Maria nos ajude a valorizar o que s. Antônio de Pádua afirmou num sermão: “Infelizmente somos ricos de palavras e vazios de obras … o modo de falar aos outros de humildade, de pobreza, de paciência e de obediência, é mostrar essas virtudes presentes em nós mesmos".
A todos cheguem meus cumprimentos e meus votos no Senhor, sobretudo, aos que foram chamados, nestas semanas, a mudar de comunidade ou de atividade.
pe. Lorenzo Agosti

Tradate, 2 de setembro de 2012, XXII domingo do tempo comum.

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Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

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Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

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Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.