quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A voz do Superior geral: Carta de novembro

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana, acabo de chegar na Itália, depois da visita às comunidades do Brasil, onde estive por mais de um mês e onde, no dia 28 de outubro, participei do enterro do irmão Natale Facchinelli, figura exemplar de religioso pavoniano. O Brasil também iniciou a fase pós-capitular, como fizeram as outras Províncias. É muito importante valorizar este tempo que estamos vivendo, para colher o impulso que nos veio da celebração do Capítulo geral e para começar a encarná-lo na nossa realidade. Um outro estímulo para intensificar este processo nos vem certamente também do Sínodo dos Bispos que, nas últimas semanas, trataram do tema da “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. É a relação orante, pessoal e comunitária com a palavra de Deus que suscita e nutre a nossa fé e dá vigor à nossa vocação e à nossa missão. Comunidade unida em torno do Senhor Quero retomar o tema deste primeiro ano pós-capitular Comunidade unida, para acrescentar algumas considerações às que já apresentei na carta do mês passado. A comunidade encontra a sua unidade em torno do Senhor, em torno da sua Palavra e da Eucaristia. Jamais devemos nos esquecer e, portanto, descuidar deste fundamento e desta referência. É o Senhor quem nos chamou, nos consagrou e nos enviou para continuar a sua missão por meio do carisma do beato Ludovico Pavoni. É uma perspectiva que diz respeito a cada um de nós e que compromete a todos, enquanto pertencentes a uma mesma família. Vivemos a nossa vocação, consagração e missão na unidade de uma mesma família, de uma mesma comunidade. Então, nos sentimos comunidade unida na oração, na fraternidade e na missão. É necessário viver de modo harmônico e equilibrado estas três dimensões. Não podemos descuidar da comunidade por causa da atividade, não podemos sacrificar os momentos essenciais da vida de comunidade para nos dedicarmos à atividade e menos ainda para ceder ao individualismo. Ao mesmo tempo, a vida de comunidade deve ser organizada de tal modo que permita a cada um de nós nos dedicarmos de modo válido à missão que nos é confiada. A nossa espiritualidade é alimentada pela oração, que nos permite viver em fraternidade e nos sustenta na missão. Mas a nossa espiritualidade é beneficiada também por uma vida de verdadeira fraternidade e é reforçada por uma missão vivida com dedicação e autenticidade. Nisto consiste, entre outras coisas, o verdadeiro caminho de formação permanente. A nossa espiritualidade pavoniana Muitos autores, especialistas em vida consagrada, há muito acentuam que terão futuro somente os Institutos de vida religiosa que têm na sua base uma forte espiritualidade, que são caracterizados por uma espiritualidade específica. O empenho em uma atividade apostólica, mesmo significativa, não é suficiente para garantir solidez e, portanto, continuidade a uma instituição religiosa. Se este empenho é prevalente e termina por sacrificar a consistência de uma profunda espiritualidade, a instituição corre fortemente o risco de um caminho trabalhoso e de um futuro incerto. Um direcionamento “genérico” da vida e do apostolado leva uma instituição religiosa, pouco a pouco, a perder o significado. Também por isto o Concílio Vaticano II convidou os religiosos a retornarem ao Fundador, a recuperar a genuinidade do espírito e do carisma do próprio Fundador. É o processo que estamos vivendo também nós e que procuramos realizar nos últimos quarenta anos, junto a uma conveniente adaptação às novas exigências eclesiais, culturais e sociais nas quais estamos imersos. Recuperar como Pavonianos uma identidade precisa, caracterizarmo-nos com uma espiritualidade que nos identifique, nos sustente e nos permita sentir profundamente unidos: esta foi e continua a ser um desafio que marca o tempo atual. Na história da Congregação alguns aspectos sempre caracterizaram a nossa identidade. Tratou-se, e se trata agora, de retomá-los com maior consciência, de percebê-los no seu conjunto e de torná-los expressão da nossa vida e das nossas comunidades. O texto sobre o espírito pavoniano, que foi aprovado pelo Capítulo geral e foi inserido na Regra de Vida, pode ser uma base para dar solidez a este processo. Tomamos consciência de que por espiritualidade, como há muito se afirma, não entendemos somente as dimensões de interioridade e de oração. Mas, entendemos por espiritualidade uma existência inteira que se deixa guiar e plasmar pelo Espírito de Deus. A espiritualidade une “interioridade e testemunho, contemplação e compromisso social” (cf. Doc. cap. 1996, 7b). Como nos pede o Padre Fundador, a nossa espiritualidade consiste em “conformar a própria vida, o quanto possível, à de Jesus Cristo” e “ser sinais e portadores do seu amor para os jovens, especialmente os mais pobres” (RV 11). Se é assim, somos chamados a dar esta marca à nossa vida e às nossas comunidades, unindo estreitamente nossa vida de oração, de fraternidade e de missão. Se não houver um verdadeiro amor a Deus, se não houver uma intensa e real relação com Deus na oração, não pode haver nem mesmo uma verdadeira fraternidade e um autêntico serviço aos irmãos e aos jovens. A atividade corre o risco de ser somente expressão de filantropia, como já denunciava o nosso Padre Fundador. A missão é autêntica se a vivo por amor de Cristo; se levo Cristo aos irmãos; se nos irmãos vejo o rosto de Cristo e se possibilito que os adolescentes e jovens encontrem Cristo. Aquele Cristo que vive em mim, com o qual estou em relação de fé e de oração, aquele Cristo que me ajuda a viver em comunhão com os irmãos da comunidade e que me torna irmão e próximo de cada pessoa que encontro. Tal espiritualidade encarnada torna-se irradiante e contagiosa, expande-se até nossos colaboradores e até os destinatários da nossa missão e constitui, cada vez mais, um incentivo que atrai e motiva os leigos da Família pavoniana: esses se sentem atraídos e, por sua vez, difundem e enriquecem tal espiritualidade… Deveremos ainda falar sobre ela. Irmãos idosos e defuntos… Agenda do mês de novembro Seja na Itália, seja no Brasil tive oportunidade de encontrar recentemente os irmãos idosos impossibilitados de desenvolver uma atividade, mas cuja presença é muito preciosa para a vida da Congregação. Quero recomendar a todos que estejam perto deles, que tenham atenção para com eles, que os visitem frequentemente e que lhes façam companhia. É um modo para viver o espírito de família, para manifestar o nosso sentirmo-nos comunidade unida, para testemunhar a concretização de um amor que, radicado em Deus, manifesta-se em autênticas formas de fraternidade. Celebramos nos dias passados a comemoração de todos os fiéis defuntos. Neste mês, recordemo-nos de realizar uma celebração por todos os irmãos defuntos da nossa Congregação e por quantos colaboraram conosco. Ofereçamos sufrágios por eles, imitemos seus exemplos e invoquemos a intercessão deles. Em muitas comunidades se consolidou o louvável hábito de lembrá-los no dia do aniversário de morte. Convido a continuar a fazê-lo e a introduzir em outras partes este hábito, acentuando em particular a lembrança dos irmãos que morreram na casa, na cidade ou na região à qual pertencemos. Na Espanha, nos dias 7 e 8, os superiores e vice-superiores de comunidade se reunirão e de 14 a 16 os jovens dos grupos Saiano. No fim do mês iniciarei a visita às comunidades da Colômbia, e depois prosseguirei com as do México. A ocasião foi dada pela ordenação sacerdotal dos diáconos José Daniel Becerra e Juan José Arjona, que será em Bogotá, sábado, dia 29 de novembro, pelas mãos do card. Pedro Rubiano Sáenz, Arcebispo da cidade. Serão os dois primeiros sacerdotes pavonianos da Colômbia. Agradecemos a Deus e os acompanhemos com a nossa oração e com o nosso encorajamento. Justamente naquele dia, 29 de novembro, iniciaremos a novena em preparação à nossa grande festa anual da Imaculada. Continuemos a nos confiar à nossa cara mãe Maria, que, sábado, dia 15, invocaremos como Mãe da Divina Providência, e permaneçamos sempre em obediente escuta do seu convite em Caná: “Fazei tudo o que Ele disser” (Jo 2, 5). A todos chegue a minha mais cordial saudação no Senhor.
pe. Lorenzo Agosti Tradate, 5 de novembro de 2008.

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Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

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Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

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Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.