segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Superior geral


Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,
os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Rom 11, 29) nos assegura o apóstolo Paulo na primeira leitura da liturgia de hoje. Esta certeza acompanha o nosso caminho de fé e a nossa resposta cotidiana ao seu chamado e à sua vontade.  
Existe um projeto de amor de Deus sobre cada um de nós, sobre nossas comunidades e sobre toda a Congregação, nascida por inspiração divina no coração do nosso Padre Fundador.
Em padre Pavoni nós descobrimos uma estreita relação entre uma profunda fé na escuta de Deus e uma sensibilidade e uma capacidade de leitura da realidade, na qual se envolve com toda dedicação. Fé sólida em Deus e dedicação apaixonada aos jovens caracterizaram a sua experiência. Podemos perceber nele o quanto são Paulo manifestava ao discípulo Timóteo: “Pois se nós trabalhamos e lutamos, é porque depositamos a nossa esperança no Deus vivo” (1 Tm 4, 10). 
Isto vale também para nós. Justamente porque colocamos nossa esperança em Deus, nós acolhemos a vocação à Família pavoniana e nos esforçamos com todas as nossas forças para viver seu carisma.
Com o projeto pessoal de vida e com o projeto comunitário procuramos corresponder aos dons de Deus, colocando-nos à disposição dos irmãos, nos trabalhos que nos são confiados.

Certificação de qualidade: em relação à vida fraterna.

À luz da palavra de Deus e da nossa Regra de Vida, além de outros documentos que nascem delas, nós mesmos devemos estar aptos, sem delegar a tarefa a sujeitos externos, de formular uma certificação de qualidade da vida e dos serviços realizados pela nossa comunidade. Isto é, devemos estar aptos para avaliar como estamos encarnando, concretamente, o nosso carisma, em relação aos diversos aspectos da sua identidade e em relação à realidade na qual estamos inseridos.
Este processo não é fim em si mesmo, mas se torna muito útil para perceber as luzes e as sombras que caracterizam a nossa vida, para melhorar a realização do quanto nos é pedido em força do projeto que nos une e ao qual livre e responsavelmente aderimos.
Para esta certificação da nossa vida fraterna, podem ser pontos de referência os seguintes:
1 – A consciência da nossa identidade como comunidade religiosa e como núcleo de Família pavoniana. Quem somos? Que imagem apresentamos do nosso “grupo”?
2 – O lugar que Deus ocupa no nosso dia. Damos a Deus o tempo que a Regra de Vida pede à comunidade, como centro e fundamento da nossa vocação e missão?
3 – A qualidade da nossa oração comunitária. Como cuidamos e animamos os nossos encontros de oração? Como participamos deles? Como os articulamos no arco da semana, do mês, do ano e em relação aos tempos litúrgicos?
4 – A fidelidade a nossa vida consagrada. Como se manifesta no nosso modo de viver os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência?
5 – A consistência da vida fraterna. Quais momentos significativos de vida comum caracterizam o nosso dia e a nossa semana, bem como os meses e o ano? Manifestamos uma realidade de comunhão de vida?
6 – A visibilidade da comunidade. Como fazemos para tornar visível e reconhecível a comunidade religiosa enquanto tal aos olhos dos leigos colaboradores, dos adolescentes e dos jovens das nossas estruturas educativas e de todos que se aproximam de nós? Como somos conhecidos e como participamos no âmbito da Igreja local e do lugar onde nos encontramos?
7 – A abertura da comunidade. Que estratégias usamos para favorecer a participação dos leigos (jovens e adultos) na nossa vida de oração, nos momentos de vida fraterna e na colaboração na missão?
8 – A Família pavoniana. A que ponto está a experiência da partilha do nosso carisma entre religiosos e leigos? Quais passos demos? Como está se caracterizando esta experiência?
9 – A pavonianidade. Como se manifesta a nossa identidade de comunidade pavoniana? Quais sinais nos fazem reconhecer como religiosos e como leigos pavonianos?
10 – O cuidado da casa. Sabemos conjugar espírito de pobreza e válida manutenção e boa ordem dos ambientes em que vivemos? Estamos todos disponíveis em prover às necessidades da casa e à realização dos serviços que a comunidade exige?

Certificação de qualidade: em relação à missão.

Em referência à missão, podemos ter como referência estes critérios:
1 – Os âmbitos da nossa missão. Quais são, com precisão, os aspectos da missão pavoniana presentes na nossa comunidade? São expressões de toda a comunidade ou somente de alguns irmãos?
2 – O projeto de atividades. Elaboramos e mantemos atualizado um projeto específico das atividades (educativas, culturais, profissionais, assistenciais, pastorais, etc.) presentes na nossa comunidade?
3 – Os agentes. Como foram escolhidos os atuais agentes (educadores, funcionários, voluntários)? Qual formação garantimos para eles? Como são organizadas e como se apresentam as relações entre os agentes religiosos e leigos?
4 – A incidência educativa. Qual clima educativo se respira no nosso ambiente? Como avaliamos os resultados do trabalho educativo sobre os destinatários da nossa missão? Em nível humano, em nível cultural/profissional, em nível cristão?
5 – O cuidado da orientação vocacional. Estamos cientes de que o vértice da obra educativa é ajudar cada jovem a realizar na própria vida a vocação à qual Deus o chamou? Entre adolescentes e jovens (alunos e ex-alunos) em contato conosco há, sem dúvida, algum que potencialmente tem uma vocação consagrada, inclusive pavoniana. O que fazemos para que esta vocação possa ser descoberta, cultivada e levada à realização?
6 – A avaliação. Em que prazos e com quais critérios de referência sabemos examinar o encaminhamento das atividades, sua validade e sustentabilidade no tempo, as eventuais carências a sanar?
7 – Os voluntários. Em nossas atividades, sabemos catalisar voluntários, que tragam sua contribuição para a integração dos agentes fixos? Como nos interessamos pela formação deles, de modo que, com os outros agentes leigos, partilhem o nosso carisma, na lógica da Família pavoniana?
8 – O questionário para os usuários. Com que frequência apresentamos formulários de avaliação aos jovens e suas famílias, para testarmos se nossos serviços são bem aceitos?
9 – A análise e a reprojetação. Algumas vezes, religiosos e leigos nos encontramos para analisar a situação do mundo juvenil do lugar em que atuamos? Esta análise nos levou a assumir novas iniciativas, em relação ao nosso carisma e segundo as nossas possibilidades? Percebemos que se trata de um processo que não podemos omitir?
10 – A inserção na realidade local e a ligação com a Província. Como se realiza a nossa inserção na realidade local? Sabemos agir em rede? Como cuidamos da relação com as outras atividades da Congregação?

Novembro, mês da esperança cristã

Se nós trabalhamos e lutamos, é porque colocamos a nossa esperança no Deus vivo”. Ter esperança em Deus não se torna motivo de passividade, mas estímulo para nos fazer “tudo para todos”, como nos pede o Padre Fundador, retomando a expressão de são Paulo (1 Cor 9, 22).
Um particular apelo à esperança nos vem da liturgia do mês de novembro: da solenidade de Todos os Santos e da comemoração de todos os Fiéis Defuntos à solenidade de Cristo Rei, com a conclusão do ano litúrgico e início do Advento. São ocasiões para reavivar, junto com a virtude da esperança, o empenho e a alegria de servir a Deus com todo o coração e de nos dedicarmos sem reservas aos irmãos.
A agenda do mês prevê em particular as assembleias provinciais para a revisão e aprovação da Programação trienal: em Belo Horizonte, de 11 a 13, com uma continuação, nos dias 14 e 15, para o encontro da Família pavoniana. Em Lonigo, sábado, dia 12. Em Valladolid, de 25 a 27, juntamente com as “Jornadas de Outono” da Família pavoniana e após a convivência de todos os “Grupos Saiano”, de 4 a 6.
No dia 29, daremos início à novena em preparação à solenidade da Imaculada. Maria, que sábado, dia 19, honraremos como “Mãe da Divina Providência”, nos ajude a viver este “Ano da missão educativa pavoniana” com o coração do padre Pavoni.
Saúdo a todos em nome do Senhor.
pe. Lorenzo Agosti
Belo Horizonte, 31 de outubro de 2011.                  

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Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
  • Noviciado "Maria Imaculada": Rua Bento Gonçalves, 1375 - Bairro Centro. CEP 93001-970 - São Leopoldo / RS . Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.1087. Mestre de Noviços - Pe. Renzo Flório, FMI. Pastoral Vocacional: Ir. Johnson Farias e Ir. Bruno, FMI.
  • Seminário "Bom Pastor" (Aspirantado e Postulantado): Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Orientador do Seminário - Ir. César Thiago do Carmo Alves, FMI.

Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
  • Centro de Apoio e Integração dos Surdos (CAIS) - Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Coordenador: Luís Vicente Caixeta
  • Centro de Formação Profissional: Av. Santo Antônio, 1746. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3233.9170. Telefax: (27) 3322.5174. Coordenadora: Sra. Rosilene, Leiga Associada da Família Pavoniana
  • Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP) SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944 . Diretor: Pe. José Rinaldi, FMI
  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
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Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.