domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Superior geral


Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,
o ano da missão educativa pavoniana, no qual estamos imersos, deverá despertar em nós e fazer crescer ainda mais aquela paixão educativa que certamente percebemos em padre Pavoni, quando nos aproximamos de sua figura, e que foi assumida por nós quando aderimos à Congregação e à Família pavoniana. Mas é assim mesmo? Será que a proposta deste ano, à luz do exemplo do Padre Fundador e das urgências dos temas atuais, está realmente nos animando neste sentido? Eu o espero para todos e para cada um de nós. Cada um, no âmbito da sua missão, junto com os irmãos da comunidade e os leigos colaboradores, é chamado a reviver hoje a paixão do Padre Fundador pela salvação da juventude.

A paixão educativa de padre Ludovico Pavoni

Quanto mais conhecemos a figura e a história do Padre Fundador, tanto mais ficamos impressionados com aquela paixão educativa pela salvação da juventude, e em particular pela juventude em situação de maior necessidade, que marcou toda a sua vida. O chamado de Deus para segui-lo como sacerdote ele o acolheu e o viveu, sobretudo, como chamado a dedicar-se a tempo integral à educação dos jovens, espelhando-se naquelas expressões de Jesus: “Quem acolhe uma criança como esta por causa de meu nome, acolhe a mim” (Mt 18,5). E: “Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40).
Manifestando os sentimentos do seu coração, padre Pavoni fala dos “doces atrativos” com os quais Deus o seduziu (para usar o verbo do profeta Jeremias), arrancando-o da tranquilidade da sua casa para imolar-se (ele fala de voluntária oblação de todo o meu ser[1]) em vantagem de tamanho público bem. Aquilo a que padre Pavoni se imola é um serviço que faz a Deus, que faz aos jovens, que faz à Igreja, que faz à sociedade. Esta é a convicção, o testemunho, a experiência que emerge das suas palavras e da sua vida.
Padre Pavoni se compadece com o naufrágio de tantos jovens, isto é, com a condição de grave perigo, com o risco concreto que correm de chegar ao fracasso e à ruína da vida. E quer oferecer-lhes uma proteção. Todas as iniciativas estão orientadas a este fim: dar proteção, oferecer um refúgio a sua condição de naufrágio.
Um refúgio que parte do oratório e que se desenvolve com o instituto, ao qual dará estabilidade no tempo com a fundação da Congregação. Um refúgio que, por meio das instituições, oferece aos jovens o calor de uma família, o encaminhamento a uma profissão, a segurança do futuro, garantido por uma sólida formação humana, cívica e cristã. Um refúgio que, antes de apoiar-se num ambiente e meios educativos, mesmo importantíssimos, apoia-se sobre a entrega da sua pessoa e sobre a relação pessoal que cria com cada um dos seus jovens, motivado por um amor apaixonado que encontra as suas raízes na fé em Cristo e na sua vocação sacerdotal e, depois de 08 de dezembro de 1847, também na sua consagração religiosa. Constatamos no Fundador uma admirável síntese entre a santidade de vida, a paixão educativa e a genialidade das intuições e realizações pedagógicas, nas quais sabe envolver outros, atraídos pelo mesmo objetivo e pelo mesmo projeto.

A nossa paixão educativa

Uma síntese análoga não pode deixar de estar na base também da ação educativa de cada um de nós. Fazer nosso o projeto educativo pavoniano significa e comporta fazer nosso o carisma pavoniano, significa e comporta fazer nosso o exemplo de padre Pavoni. Significa e implica a imitação de padre Pavoni, cada um segundo a própria vocação e a própria função.
A lógica que deve nos acompanhar, na renovação da nossa missão, é a do excesso. Se nos contentamos com a pequena rotina, com a vida tranquila (da qual pe. Pavoni foi arrancado[2]), com a mediocridade de quem não ousa mais progredir no caminho da própria vida espiritual e na qualidade do próprio compromisso cotidiano, não poderemos realizar verdadeiramente nossa missão, segundo as necessidades da atualidade.
Certamente este percurso não é fácil. Mas é o desafio que nos espera e que deveria nos animar. O projeto educativo pavoniano pede-nos renovar a nossa missão, para ser fiéis ao que nos confiou o  Padre Fundador em relação às exigências dos tempos.  
Cada comunidade, cada grupo educativo deve se interrogar periodicamente sobre como está realizando a própria proposta formativa, sobre sua incidência, sobre seu direcionamento integral (isto é, em todos os níveis: humano, cultural, profissional e cristão), como pede o nosso projeto.
A lógica do excedente nos diz que devemos ousar um pouco mais, ir um pouco além em relação a um modelo de baixo perfil. Mas este processo nos envolve a todos pessoalmente, partindo do nível da nossa fé, da nossa coerência de vida e da nossa disponibilidade para nos fazer tudo para todos, como nos pede padre Pavoni, retomando uma expressão de são Paulo.
A renovação é possível se quisermos e propusermos (para nós e para os outros) mais santidade, mais oração, mais amor, mais fraternidade, mais dedicação. Assim se apresenta um ideal atraente para quem está desiludido com a mediocridade, com o contentar a si mesmo, com o dobramento sobre si mesmo.
Neste contexto, pode nos ajudar a seguinte reflexão do papa s. Gregório Magno: Aqueles que nos foram confiados abandonam a Deus e nos calamos Jazem em suas más ações e não lhes estendemos a mão da advertência. Quando,porém, conseguiremos corrigir a vida de outrem, se descuramos a nossa? Preocupados com questões terrenas, tornamo-nos tanto mais insensíveis interiormente quanto mais parecemos aplicados às coisas exteriores. Educar é, antes de tudo, testemunhar.
Quanto mais nos interessamos pelo presente e pelo futuro dos nossos jovens; quanto mais desejamos que cresçam no bem, que saibam dar um fundamento consistente a sua vida, que saibam encontrar Cristo e deixar-se guiar pelo seu amor e pela sua palavra, tanto mais também nós somos estimulados a não ser superficiais, mas a tender para uma vida autêntica e santa. A nossa paixão educativa não pode permanecer em nível sentimental, mas se manifesta na nossa aproximação dos jovens e na criatividade de propostas eficazes, orientadas para dar solidez à formação deles e sustentadas em nós pela realidade e pela exemplaridade de uma vida pessoal e fraterna plenamente coerente com a nossa vocação.
Para nós religiosos significa: estarmos a tempo integral para Deus, para a comunidade e para os jovens.

No cotidiano

Parece-me bonito e significativo que 2012 tenha iniciado com a fundação da nova missão em Burkina Faso (com pe. Flávio Paoli e pe. Pierre Michel Towada Towada). Esta iniciativa é um sinal eficaz do Ano da missão educativa pavoniana.
No dia 2 e no dia 11 de fevereiro, celebraremos na Igreja, respectivamente, o Dia Mundial da Vida Consagrada e o Dia Mundial dos Enfermos. São ocasiões propícias para dar válido testemunho seja da nossa vocação seja da nossa sensibilidade para com as pessoas que sofrem.
O dia 11 de fevereiro, memória de N. Sra. de Lourdes, também nos recorda o compromisso de continuar a rezar em comunidade, todo dia, pela glorificação do nosso Padre Fundador.
Nos dias 11 e 12, em Lonigo, haverá o encontro anual da Família pavoniana de Itália. No dia 17, em Belo Horizonte, estão convocados os superiores locais, para que possam encaminhar bem suas comunidades para o novo ano de atividades. De 17 a 19, em Valladolid, está programado um encontro de formação permanente para religiosos e leigos. No dia 24, partirei para a visita às  comunidades do México.
Com a última semana do mês entraremos no tempo da quaresma. Seja para todos nós ocasião de reforço da conversão a Deus e de ânimo para a missão à qual ele nos chamou. A este duplo objetivo nos exorta a afirmação de s. Inácio, bispo de Antioquia: É bom ensinar, se quem fala pratica o que ensina.
Então, façamos nossa a oração do bispo s. Hilário: Ó Senhor, estou consciente de que tu deves ser o fim principal da minha vida, de modo que cada palavra minha, cada sentimento meu te manifeste. Saúdo a todos em nome do Senhor.
pe. Lorenzo Agosti
Tradate, 1° de fevereiro de 2012.


[1] Introdução Ao Regulamento do Instituto – 1831 – veja o Caderno pavoniano nº 7 -  Regra de Vida... pag.157
[2] ...o Senhor houve por bem clamar-me desde a tranquila moradia de minha casa paterna e animar-me à voluntária oblação de todo o meu ser, a fim de me dedicar completamente a esse empreendimento tão útil para todos.Introdução ao Regulamento do Instituto – 1831-veja Regra de Vida... pág. 157ss.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
  • Noviciado "Maria Imaculada": Rua Bento Gonçalves, 1375 - Bairro Centro. CEP 93001-970 - São Leopoldo / RS . Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.1087. Mestre de Noviços - Pe. Renzo Flório, FMI. Pastoral Vocacional: Ir. Johnson Farias e Ir. Bruno, FMI.
  • Seminário "Bom Pastor" (Aspirantado e Postulantado): Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Orientador do Seminário - Ir. César Thiago do Carmo Alves, FMI.

Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
  • Centro de Apoio e Integração dos Surdos (CAIS) - Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Coordenador: Luís Vicente Caixeta
  • Centro de Formação Profissional: Av. Santo Antônio, 1746. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3233.9170. Telefax: (27) 3322.5174. Coordenadora: Sra. Rosilene, Leiga Associada da Família Pavoniana
  • Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP) SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944 . Diretor: Pe. José Rinaldi, FMI
  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
  • Colégio São José: Praça Dom Otávio, 270 - Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre/MG - Caixa Postal: 149. Tel.: (35) 3423.5588 / 3423.8603 / 34238562. Fax: (35) 3422.1054. Cursinho Positivo: (35) 3423. 5229. Diretor: Prof. Giovani, Leigo Associado da Família Pavoniana
  • Escola Gráfica Profissional "Delfim Moreira" Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Diretor: Pe. Nelson Ned de Paula e Silva, FMI.
  • Obra Social "Ludovico Pavoni" - Quadra 21, Lotes 71/72 - Gama Leste/DF. CEP 72460-210. Tel.: (61) 3385.6786. Coordenador: Sra. Sueli
  • Obra Social "Ludovico Pavoni": Rua Monsenhor Umbelino, 424 - Centro. CEP 37110-000 - Elói Mendes/MG. Telefax: (35) 3264.1256 . Coordenadora: Sra. Andréia Mendes, Leiga Associada da Família Pavoniana.
  • Obra Social “Padre Agnaldo” e Pólo Educativo “Pe. Pavoni”: Rua Dias Toledo, 99 - Vila Paris. CEP 30380-670 – Belo Horizonte/MG. Tels.: (31) 3344.1800 - 3297.4962 - 0800.7270487 - Fax: (31) 3344.2373. Diretor: Pe. André Callegari, FMI.

Total de visualizações de página

Artigos do blog

Quem sou eu?

Minha foto
Bréscia, Italy
Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.