segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mensagem de NATAL!


Celebrar o nascimento de Jesus é deixar brotar no coração a ESPERANÇA na fragilizada estrutura humana que, aparentemente, não tem mais conserto e DAR espaço e tempo para o novo que vem inovar o espírito vivificante.
Boas Festas!

Para mais cartões virtuais natalinos com mensagens religiosas, acesse copiando o link abaixo: 

http://pavonianos.blogspot.com/2011/12/saudacoes-pavonianas-viva-jesus-viva.html


sábado, 13 de dezembro de 2008

A Espíritualidade Pavoniana (Parte II)

6. O espírito de família
“Uma das mais constantes e importantes características”[1] da nossa Congregação é o espírito de família; para nós, ele constitui uma preciosa herança. Ludovico Pavoni quis constituir uma sagrada família[2] cujos membros, unidos entre si com estreitos vínculos de caridade[3], vivam o mesmo ideal em santo amor[4], tornando presente e operante o Senhor. Reiteradamente o nosso Fundador define o seu Instituto como uma “família”. Os rapazes “que tinha recebido de Deus como se fossem seus filhos”[5] eram verdadeiramente a sua família. Eles reencontravam naquele ambiente aquela família que tinham perdido ou que nunca tiveram[6]. Esse clima familiar caracterizava, também, o relacionamento entre os colaboradores presentes na ação educativa. A atitude de cordial proximidade nos faz acolher e inserir como parte integrante de nossa família todos aqueles que, conosco, vivem o carisma pavoniano.
7. O “nosso sistema educativo”
O objetivo do Fundador foi o de oferecer aos seus jovens oportunidades para que se tornassem autênticos cristãos, cidadãos honestos e ótimos profissionais[7]. Para atingir esse objetivo ele “soube elaborar... um método educativo que se fundamenta sobre os elementos básicos da pedagogia preventiva, ou seja: a religião e a razão, o amor e a doçura, a presença constante e o conhecimento dos educandos”[8]. Estes critérios estão constantemente presentes nas orientações educativas de Ludovico Pavoni e representam seu estilo pessoal – que para nós se torna exemplo – de relacionar-se com os adolescentes e jovens. Sendo o objetivo único e primordial[9] do nosso sistema educativo[10] a formação cristã, não podemos descuidar da formação humana integral, proporcionada através do ensino e do testemunho[11] firme e autentico[12], convincente e cativante[13], com todo respeito[14] e firmeza[15], mas, acima de tudo, através do testemunho de uma vida plenamente realizada e doada com alegria.
8. Espiritualidade do trabalho
Ludovico Pavoni viveu a espiritualidade do trabalho e a propõe aos seus Religiosos como manifestação concreta do amor a Deus e ao próximo. Ele quer que a oração se torne um meio indispensável para manter...sempre viva aquela chama da caridade que deve animar todas as atividades[16]. É uma oração alimentada da constante prática da meditação, que é o meio fundamental[17] e indispensável para a conservação do espírito do Instituto[18]. É uma oração que se perpetua na vida cotidiana, como amoroso dom de si mesmo, também no exercício da própria profissão[19]. O trabalho para o Religioso Pavoniano supera o seu significado sociológico e se torna expressão fundamental de penitencia e mortificação[20] e, ao mesmo tempo, manifestação da caridade, como forma concreta de solidariedade e de ajuda aos pobres, entregues aos nossos cuidados pela Divina Providência[21]. Como pobres de Jesus Cristo[22], nos empenhamos para que o trabalho seja bem feito[23], original e criativo[24], qualificado[25], motivado por um objetivo santíssimo[26], na cotidiana oferta de si próprio[27] a Deus. Este é o trabalho que expressa o verdadeiro espírito do Instituto[28].
9. As “ Virtudes características”
Humildade, simplicidade e obediência, vividas como elementos integrantes de nossa espiritualidade, são as que Ludovico Pavoni chama de virtudes características[29]. A Humildade nos permite estabelecer um correto relacionamento com Deus e com o próximo, porque ela se identifica com a verdade, a qual deve ser grandemente[30] amada e deve sempre ser o nosso referencial[31]. A simplicidade nos abre ao próximo através de um estilo de vida autêntico, discreto, respeitoso, que facilita o relacionamento interpessoal e favorece o verdadeiro “espírito de família”. A obediência nos torna alegremente disponíveis à vontade de Deus, porque é Deus que ordena[32] e nós não devemos desejar nada mais...a não ser que se cumpra a vontade do Senhor[33] . Foram estes os doces atrativos com que o Senhor houve por bem chamar-me... e animar-me à voluntária oblação de todo o meu ser... esta foi a consolação com que Ele me estimulou a superar os não fáceis obstáculos.... Queira Deus que sejam esses também os doces vínculos que unem os vossos corações em santa harmonia[34]. [1] Decreto de aprovação da Regra de Vida, 08/12/1983. [2] CP Idéia geral. [3] CP Idéia geral. [4] CP 75 [5] Calendário Diocesano de Bréscia, 1850, em LPV 898r. [6] Cf. LPV 320 (Baldini). [7] Cfr. RU I 43 e 64 e CP 224. [8] João Paulo II: Discurso na audiência de 15 de abril de 2002. [9] CP 224 [10] CG 29; cfr. RU II 131 e 248 [11] Alocução do Superior, RU I 61. [12] Cfr. CP 123. [13] Cfr. CP 244-245. [14] Crf. CP 236. [15] Crf. CP 258. [16] CP Idéia Geral. [17] CP 26. [18] CP 212. [19] CP 118. [20] Cfr. CP 103. [21] CP 117. [22] CP 116. [23] CP 116, 118. [24] CP 116. [25] CP 116. [26] CP 117. [27] CP 118. [28] CP 133, 175, 279. [29] CP 24. [30] CP 81. [31] CP 275. [32] CP 63. [33] CG 23. [34] RU I 42.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Carta do Superior Geral: Mês de dezembro

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,
escrevo-lhes de Bogotá, onde hoje participei na catedral da cidade da ordenação sacerdotal de pe. Juan José e de pe. Daniel. Comunico-lhes a alegria deles e a alegria de todas as pessoas que se reuniram em torno deles nesta bonita circunstância. Iniciamos hoje, em toda a Igreja, o tempo litúrgico do Advento e iniciamos ao mesmo tempo, nas nossas comunidades, a novena da Imaculada, que nos prepara para celebrar a festa anual mais querida para todos nós, religiosos e leigos da Família pavoniana. A figura de Maria, a devoção a Maria foi de grande importância para o nosso Padre Fundador; e também foi importante, e continua sendo, para a nossa Congregação. Somos Filhos de Maria Imaculada. A nossa identidade se caracteriza por esta referência filial a Maria nossa cara Mãe, como nos recorda padre Pavoni. É sempre mais necessário que o espírito mariano caracterize a nossa espiritualidade em todas as suas expressões, segundo uma visão correta e fecunda do ponto de vista evangélico e teológico. Nesta perspectiva e por ocasião da solenidade de Maria Imaculada, quero, portanto, deter-me neste tema, inserindo-o no contexto do tema do primeiro ano pós-capitular que estamos vivendo, centrado sobre a comunidade unida.
Comunidade unida em torno a Maria
A unidade da comunidade é garantida por Deus, consolida-se em torno à sua Palavra e à Eucaristia e se manifesta nas várias circunstâncias da vida e na nossa missão. A presença de Maria é um reforço e um incentivo para a nossa unidade em torno a Cristo. O exemplo e a intercessão de Maria nos estimulam sempre mais a sermos autênticos religiosos e, portanto, a ser comunidade unida. Como Filhos de Maria Imaculada nos sentirmos também comunidade unida em torno a Maria. A nossa Regra de Vida é permeada pela presença de Maria, uma presença discreta, mas significativa, citada em cada capítulo. No primeiro, fala-se da sua intercessão em ordem ao carisma concedido pelo Espírito ao nosso Fundador (8) e se afirma: “Como quis o Fundador, confiamos nós mesmos e as nossas obras à proteção especial da Virgem Imaculada nossa cara Mãe da qual a Congregação toma o próprio nome: Filhos de Maria Imaculada” (19). O exemplo de Maria nos sustenta no árduo caminho da vida consagrada: “pobre, porque nela tudo é dom; obediente, porque cumpriu a palavra do Senhor; virgem, pelo seu amor único ao Pai; consagrada totalmente à pessoa e à obra do seu Filho. Com ela exultamos e damos graças a Deus” (38). Maria nos sustenta no viver a castidade: “A filial devoção a Maria é válida ajuda para nós: com ela a virgindade entrou no mundo; à sua proteção materna confiamos o nosso amor consagrado” (59). É para nós exemplo de pobreza: “Anima-nos o exemplo particularmente significativo de Maria, a humilde serva, que canta a sua pertença ao povo dos famintos que Deus sacia com os bens da salvação” (66). “Maria é modelo esplêndido e encorajador para a nossa obediência, ela que, mais do que outra pessoa, aceitou plenamente a vontade do Pai oferecendo-se com seu Filho para a salvação dos homens” (94). Com a sua vida de família em Nazaré, Maria inspira a nossa comunidade (116). Nós a veneramos com uma devoção especial. “Com o Fundador, reconhecemos na Virgem Imaculada a inspiradora celeste e a protetora especial da Congregação. Sob o seu exemplo consagramos a vida a Deus; nutrimos para com ela uma devoção filial e sincera, invocando-a cada dia para que, sendo nossa mãe na ordem da graça, sustente e torne mais perfeita a nossa oração. Ao celebrar o ciclo anual dos mistérios da redenção, recordamos com amor especial as festas de Maria, mãe de Deus, indissoluvelmente unida à obra do Filho” (172-173). Somos sustentados na nossa missão pela intercessão de Maria: “Sustenta-nos na nossa missão a intercessão e o exemplo de Maria, que na sua vida acolheu e realizou a Palavra e levou aos homens Jesus, o primeiro e maior evangelizador” (205). Maria nos sustenta na fidelidade à vocação: “Está perto de nós, no nosso empenho de fidelidade, Maria de Nazaré, a Virgem fiel, que renovou o seu sim de adesão total ao Pai nos momentos obscuros da vida até o dia luminoso da Páscoa” (245). Nela, mãe da Divina Providência, confiamos também nas nossas necessidades materiais: “A exemplo do Padre fundador, tenhamos uma filial confiança na intercessão de Maria, Mãe da Divina Providência, para que manifeste também a nós a delicada atenção que demonstrou em Caná quando obteve do seu Filho o primeiro milagre” (329). Este último aceno conclui as referências a Maria na Regra de Vida e nos remete à página evangélica de Caná, que inspira o nosso Documento capitular. Maria conhece as nossas necessidades e está sempre disponível para apresentá-las a Deus. De nossa parte devemos confiar nela, invocá-la e colocarmo-nos em atitude de escuta e de realização da palavra de Deus, como Maria nos pede. Na Regra de Vida será inserido também o novo texto sobre o espírito pavoniano, no qual Maria é apresentada junto à divina Providência, retomando a imagem do manto que padre Pavoni usa para ambas: “Um outro manto tem envolvido ternamente Ludovico Pavoni: o da nossa cara Mãe Maria; imitando-a, soube também ele doar aos seus filhos uma ternura de mãe. A confiança na Providência e a filial devoção a Maria Imaculada estão presentes na tradição pavoniana e enriquecem com um especial toque de otimismo evangélico a vida e a obra de quem pertence a esta família” (4).
Uma autêntica devoção a Maria, como Pavonianos
A presença de Maria na Regra de Vida e no Documento capitular é a referência atual do ensinamento do Padre Fundador e da sua devoção para com ela, que deve continuar a caracterizar a nossa identidade pavoniana. Ele assim se dirige a nós: “Todos devem ter máximo empenho em promover a devoção à cara Mãe Maria… da qual se obtém o espírito, os sentimentos e as virtudes” (Constituições primitivas, 101). Uma autêntica devoção a Maria deve informar o nosso estilo de vida pessoal e comunitário, a nossa oração, o nosso apostolado e a nossa missão educativa. Como comunidade pavoniana, devemos viver e fazer perceber esta marca mariana. Dela aprendemos a ser humildes, como foi padre Pavoni: “O meu espírito exulta em Deus... porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1, 47-48). Dela aprendemos a ser plenamente disponíveis ao projeto de Deus e a fazer-nos tudo para todos, como o Padre Fundador: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Dela aprendemos a ser comunidade unida, a viver em espírito de família: “Todos eram perseverantes e unânimes na oração, juntos... a Maria, a mãe de Jesus” (At 1, 14). Cada um de nós e cada comunidade deve se interrogar se e como estamos concretizando (encarnando???) o espírito mariano exigido pelo Padre Fundador e pela nossa identidade: que incidência tem o exemplo de Maria na nossa vida, que presença têm a sua figura e a sua lembrança nos nossos momentos de oração, com qual intensidade vivemos e propomos uma autêntica devoção a Maria no nosso apostolado, na atividade pastoral e na nossa missão educativa. A solenidade da Imaculada que estamos para celebrar, junto à renovação da nossa consagração a Deus e às nossas promessas, seja uma ocasião e um estímulo para incentivar os aspectos da nossa relação com Maria, que nos permitem ser e nos chamarmos realmente Filhos de Maria Imaculada.
A solenidade da Imaculada e o caminho rumo ao Natal do Senhor
No dia 8 de dezembro nos sentiremos de modo especial unidos entre nós, em todas as comunidades da Congregação, no louvor alegre a Deus pelo dom de Maria, mãe de Deus e nossa mãe. Lembraremos de modo especial na nossa oração os jovens religiosos que, no Brasil, na Eritreia, na Itália e na Colômbia renovarão sua profissão. Pediremos a Maria que nos faça crescer, como Família pavoniana, no espírito que nos identifica como verdadeiros discípulos de padre Pavoni e capazes de viver hoje o seu carisma. Em São Leopoldo, no Brasil, domingo, dia 14 de dezembro, emitirá a primeira profissão o noviço Quelion Alves Rosa, enquanto que, no dia anterior, entrarão no noviciado cinco jovens: Adailton Antônio Alves, Antônio Carlos Pontes de Aguiar, José Mario Contadini dos Santos, Rodrigo Silveira de Oliveira e Wellington da Silva Nascimento. Acompanhemos este momento de graça para a Congregação com a nossa oração de agradecimento a Deus e de intercessão pela caminhada deles. Estamos nos aproximando do Natal do Senhor. “O Verbo se fez carne e veio habitar entre nós”, afirma no prólogo do seu evangelho (1, 14) o apóstolo João, que festejaremos no dia 27 de dezembro com toda a Igreja e como protetor particular da Congregação (cf. RV 20). O Verbo se fez carne em Maria. “Para nós homens e para a nossa salvação, desceu do céu e por obra do Espírito Santo se encarnou no seio da Virgem Maria e se fez homem”, recitamos no Credo. Que Maria, Mãe do Redentor, conceda-nos viver a alegria do Natal, acolhendo em nós o Senhor e deixando que transforme o nosso coração, a fim de que nos tornemos capazes de amar como Ele nos amou. São os meus votos a todos.
pe. Lorenzo Agosti Bogotá, 29 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Espíritualidade Pavoniana (Parte 1)

“Sejam meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1Cor 11,1) “Eu disse essas coisas para que vocês tenham a minha paz” (Jo 16, 33) “Façam o que ele mandar” (Jo 2,5) “Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade” (jo 16,13) “Portanto, estamos rodeados dessa grande nuvem de testemunhas. ..Corramos com perseverança na corrida, mantendo os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2) “Quem receber em meu nome uma destas crianças, estará recebendo a mim” (Mc 9, 37).
1. Ludovico Pavoni, pai e mestre.
Como Família Pavoniana manifestamos ao Pai a nossa alegre gratidão por ter dado à Igreja o grande dom do beato Ludovico Pavoni, que nós amamos e veneramos como pai e mestre de vida. Ele, imitador zeloso do divino modelo Jesus[1], é para nós testemunha do amor paterno de Deus e proposta evangélica concreta. O seu modo original de viver o Evangelho, acolhido como desígnio ditado do Céu[2], constitui a espiritualidade pavoniana, na sua expressão mais genuína e original. Este espírito nos foi doado e nós o acolhemos como o bem comum e mais precioso de nossa família. A ele todos têm direito e todos hão de zelar com atenção para conservá-lo[3]. Também hoje, Ludovico Pavoni, modelo de vida reconhecido pela Igreja, nos indica o caminho a seguir, com o seu mesmo coração, para que possamos conformar a nossa própria vida, quanto possível, à do divino Mestre Jesus Cristo[4].
2. “A Fé que opera através do amor”
A vida de Ludovico Pavoni foi marcada por uma constante e profunda união com Deus. Através da assídua meditação do Evangelho[5] Pe. Pavoni aprendeu “o sublime conhecimento de Jesus Cristo”[6], para podê-lo imitar principalmente nas virtudes do seu Divino Coração[7] e no seu apaixonado amor pelos pequenos e pobres[8]. A Ele aderiu com aquela fé operante que lhe fez enxergar a realidade através dos cristais do Evangelho[9]. “A fé que age através do amor”[10] inflamou[11] seu coração, tornando-o capaz de se doar no exercício generoso da caridade criativa que sabe encontrar o modo de ajudar a todos[12] e faz experimentar vivamente os interesses de Deus e do próximo.[13] O testemunho evangélico do Pe. Fundador e o reconhecimento de sua santidade[14] constituem a espiritualidade pavoniana que anima a nossa vida espiritual e a nossa ação apostólica.
3. “Inflamados do amor de Deus”[15]
A primazia de Deus na vida de Ludovico Pavoni foi uma experiência profundamente vivida. Dessa profunda experiência com Ele, “amado acima de todas as coisas”[16], nasceram aquelas profundas convicções que ele nos propõe como normas de vida. O amor de Deus que nos é doado como chama ardente[17] de caridade, nos torna aptos a viver a nossa consagração como um holocausto por meio do qual cada um se oferece totalmente e tudo o que possui a Deus[18]. Nos sentimos, assim, em sintonia com o nosso Fundador que viveu sua resposta ao chamado divino como um generoso sacrifício, que fiz de bom grado, de todo meu ser, renunciando a todas as esperanças do mundo[19]. A dimensão teologal de sua vida e as virtudes que a manifestam (fé, esperança e caridade), constituem os fundamentos[20] sobre os quais devemos construir a nossa consagração.
4. O “manto” da Providência e de Maria
A esperança abre o coração para uma ilimitada confiança na Providencia de Deus. Pe. Ludovico Pavoni, ao superar os inúmeros obstáculos que se interpuseram[21] à realização do desígnio... da Divina Providência[22], pude tocar com a mão a eficaz proteção de Deus e afirmar com certeza que, sob o manto da Divina Providência, ninguém fica desamparado[23]. A total e confiante entrega nas mãos da Providência, que sempre está atenta às necessidades da pobre humanidade[24], lhe deu condições para ele mesmo tornar-se providência para muitos. Um outro “manto” envolveu com ternura Ludovico Pavoni: aquele de nossa querida Mãe Maria[25]; ao imitá-la, ele soube tratar seus filhos “com ternura de mãe”[26]. A confiança na Providência e a filial devoção a Maria Imaculada estão presentes na tradição pavoniana e enriquecem com uma particular conotação de otimismo evangélico a vida e a obra dos que pertencem a esta Família.
5. “Fiz-me tudo para todos”
A entrega total de si mesmo a Deus exige o dom total de si aos irmãos: as duas atitudes são expressão do mesmo amor, aquele amor que Jesus nos pede no “novo mandamento”[27]. É por isso que o beato Ludovico Pavoni propõe a seus Religiosos um fim único para todos, ou seja, servir a Deus e ao bem do próximo[28]. O amor se torna serviço, um serviço total, sem nada poupar[29]. Pe. Pavoni, por primeiro, nos deu o exemplo: fez de sua vida um dom sem limites, pois “de rico que era, se fez pobre”[30]. Foi atento e sensível às necessidades da pobre e abandonada juventude[31], para as quais sempre deu a melhor resposta possível, procurando os meios mais adequados para uma eficaz obra de caridade[32]. Seu coração extremamente sensível[33] partilhou “as alegrias e esperanças, as tristezas e as angustias”[34] dos seus jovens e tornou-se para eles irmão a pai. Ele quis que o seu amor concreto se perpetuasse além de sua morte. Nós, hoje, somos a sua família. Ludovico Pavoni nos deixou o legado de “nos fazermos tudo para todos”[35] por amor, realizando um efetivo serviço para a Igreja e para a sociedade, de acordo com as necessidades dos tempos e lugares. Como Pavonianos, temos a obrigação “de seguir seu exemplo, animados pelo mesmo espírito”[36].
[1] Cf CP 266 [2] CP Idéia Geral [3] CP 303 [4] CP 36 [5] CP 275 [6] Fl 3, 8 [7] CP 82 [8] Cf Mt 18, 5; RU I 42 [9] Regulamento do Oratório. Prefácio (RU I 8) [10] Gal 5,6 [11] CP Idéia Geral [12] CP 131 [13] CP 69 [14] Beatificação, 14 de abril de 2002. [15] CP Idéia Geral c. [16] Lumen Gentium, 44. [17] O Diretor aos seus alunos Colaboradores, RU I 42. [18] CP 37 [19] Alocução do Superior, RU I 62. [20] CP 69 [21] O Diretor aos seus alunos Colaboradores, RU I 42. [22] RU III 51. [23] CG 15 [24] CP Idéia Geral [25] CG 3 [26] LPV 632r, 143v. [27] Jo 13, 34 [28] CP 4 [29] CP 69 [30] 2 Cor 8, 9. [31] CP pág. 111 (formula da Profissão) e RU I 63; cf. CP, Idéia Geral. [32] CG 28 [33] RU II 311. [34] GS 1 [35] I Cor 9, 22; cfr. CP 136, 213 e 272. [36] Oração da Missa própria do Beato Ludovico Pavoni.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A voz do Superior geral: Carta de novembro

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana, acabo de chegar na Itália, depois da visita às comunidades do Brasil, onde estive por mais de um mês e onde, no dia 28 de outubro, participei do enterro do irmão Natale Facchinelli, figura exemplar de religioso pavoniano. O Brasil também iniciou a fase pós-capitular, como fizeram as outras Províncias. É muito importante valorizar este tempo que estamos vivendo, para colher o impulso que nos veio da celebração do Capítulo geral e para começar a encarná-lo na nossa realidade. Um outro estímulo para intensificar este processo nos vem certamente também do Sínodo dos Bispos que, nas últimas semanas, trataram do tema da “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. É a relação orante, pessoal e comunitária com a palavra de Deus que suscita e nutre a nossa fé e dá vigor à nossa vocação e à nossa missão. Comunidade unida em torno do Senhor Quero retomar o tema deste primeiro ano pós-capitular Comunidade unida, para acrescentar algumas considerações às que já apresentei na carta do mês passado. A comunidade encontra a sua unidade em torno do Senhor, em torno da sua Palavra e da Eucaristia. Jamais devemos nos esquecer e, portanto, descuidar deste fundamento e desta referência. É o Senhor quem nos chamou, nos consagrou e nos enviou para continuar a sua missão por meio do carisma do beato Ludovico Pavoni. É uma perspectiva que diz respeito a cada um de nós e que compromete a todos, enquanto pertencentes a uma mesma família. Vivemos a nossa vocação, consagração e missão na unidade de uma mesma família, de uma mesma comunidade. Então, nos sentimos comunidade unida na oração, na fraternidade e na missão. É necessário viver de modo harmônico e equilibrado estas três dimensões. Não podemos descuidar da comunidade por causa da atividade, não podemos sacrificar os momentos essenciais da vida de comunidade para nos dedicarmos à atividade e menos ainda para ceder ao individualismo. Ao mesmo tempo, a vida de comunidade deve ser organizada de tal modo que permita a cada um de nós nos dedicarmos de modo válido à missão que nos é confiada. A nossa espiritualidade é alimentada pela oração, que nos permite viver em fraternidade e nos sustenta na missão. Mas a nossa espiritualidade é beneficiada também por uma vida de verdadeira fraternidade e é reforçada por uma missão vivida com dedicação e autenticidade. Nisto consiste, entre outras coisas, o verdadeiro caminho de formação permanente. A nossa espiritualidade pavoniana Muitos autores, especialistas em vida consagrada, há muito acentuam que terão futuro somente os Institutos de vida religiosa que têm na sua base uma forte espiritualidade, que são caracterizados por uma espiritualidade específica. O empenho em uma atividade apostólica, mesmo significativa, não é suficiente para garantir solidez e, portanto, continuidade a uma instituição religiosa. Se este empenho é prevalente e termina por sacrificar a consistência de uma profunda espiritualidade, a instituição corre fortemente o risco de um caminho trabalhoso e de um futuro incerto. Um direcionamento “genérico” da vida e do apostolado leva uma instituição religiosa, pouco a pouco, a perder o significado. Também por isto o Concílio Vaticano II convidou os religiosos a retornarem ao Fundador, a recuperar a genuinidade do espírito e do carisma do próprio Fundador. É o processo que estamos vivendo também nós e que procuramos realizar nos últimos quarenta anos, junto a uma conveniente adaptação às novas exigências eclesiais, culturais e sociais nas quais estamos imersos. Recuperar como Pavonianos uma identidade precisa, caracterizarmo-nos com uma espiritualidade que nos identifique, nos sustente e nos permita sentir profundamente unidos: esta foi e continua a ser um desafio que marca o tempo atual. Na história da Congregação alguns aspectos sempre caracterizaram a nossa identidade. Tratou-se, e se trata agora, de retomá-los com maior consciência, de percebê-los no seu conjunto e de torná-los expressão da nossa vida e das nossas comunidades. O texto sobre o espírito pavoniano, que foi aprovado pelo Capítulo geral e foi inserido na Regra de Vida, pode ser uma base para dar solidez a este processo. Tomamos consciência de que por espiritualidade, como há muito se afirma, não entendemos somente as dimensões de interioridade e de oração. Mas, entendemos por espiritualidade uma existência inteira que se deixa guiar e plasmar pelo Espírito de Deus. A espiritualidade une “interioridade e testemunho, contemplação e compromisso social” (cf. Doc. cap. 1996, 7b). Como nos pede o Padre Fundador, a nossa espiritualidade consiste em “conformar a própria vida, o quanto possível, à de Jesus Cristo” e “ser sinais e portadores do seu amor para os jovens, especialmente os mais pobres” (RV 11). Se é assim, somos chamados a dar esta marca à nossa vida e às nossas comunidades, unindo estreitamente nossa vida de oração, de fraternidade e de missão. Se não houver um verdadeiro amor a Deus, se não houver uma intensa e real relação com Deus na oração, não pode haver nem mesmo uma verdadeira fraternidade e um autêntico serviço aos irmãos e aos jovens. A atividade corre o risco de ser somente expressão de filantropia, como já denunciava o nosso Padre Fundador. A missão é autêntica se a vivo por amor de Cristo; se levo Cristo aos irmãos; se nos irmãos vejo o rosto de Cristo e se possibilito que os adolescentes e jovens encontrem Cristo. Aquele Cristo que vive em mim, com o qual estou em relação de fé e de oração, aquele Cristo que me ajuda a viver em comunhão com os irmãos da comunidade e que me torna irmão e próximo de cada pessoa que encontro. Tal espiritualidade encarnada torna-se irradiante e contagiosa, expande-se até nossos colaboradores e até os destinatários da nossa missão e constitui, cada vez mais, um incentivo que atrai e motiva os leigos da Família pavoniana: esses se sentem atraídos e, por sua vez, difundem e enriquecem tal espiritualidade… Deveremos ainda falar sobre ela. Irmãos idosos e defuntos… Agenda do mês de novembro Seja na Itália, seja no Brasil tive oportunidade de encontrar recentemente os irmãos idosos impossibilitados de desenvolver uma atividade, mas cuja presença é muito preciosa para a vida da Congregação. Quero recomendar a todos que estejam perto deles, que tenham atenção para com eles, que os visitem frequentemente e que lhes façam companhia. É um modo para viver o espírito de família, para manifestar o nosso sentirmo-nos comunidade unida, para testemunhar a concretização de um amor que, radicado em Deus, manifesta-se em autênticas formas de fraternidade. Celebramos nos dias passados a comemoração de todos os fiéis defuntos. Neste mês, recordemo-nos de realizar uma celebração por todos os irmãos defuntos da nossa Congregação e por quantos colaboraram conosco. Ofereçamos sufrágios por eles, imitemos seus exemplos e invoquemos a intercessão deles. Em muitas comunidades se consolidou o louvável hábito de lembrá-los no dia do aniversário de morte. Convido a continuar a fazê-lo e a introduzir em outras partes este hábito, acentuando em particular a lembrança dos irmãos que morreram na casa, na cidade ou na região à qual pertencemos. Na Espanha, nos dias 7 e 8, os superiores e vice-superiores de comunidade se reunirão e de 14 a 16 os jovens dos grupos Saiano. No fim do mês iniciarei a visita às comunidades da Colômbia, e depois prosseguirei com as do México. A ocasião foi dada pela ordenação sacerdotal dos diáconos José Daniel Becerra e Juan José Arjona, que será em Bogotá, sábado, dia 29 de novembro, pelas mãos do card. Pedro Rubiano Sáenz, Arcebispo da cidade. Serão os dois primeiros sacerdotes pavonianos da Colômbia. Agradecemos a Deus e os acompanhemos com a nossa oração e com o nosso encorajamento. Justamente naquele dia, 29 de novembro, iniciaremos a novena em preparação à nossa grande festa anual da Imaculada. Continuemos a nos confiar à nossa cara mãe Maria, que, sábado, dia 15, invocaremos como Mãe da Divina Providência, e permaneçamos sempre em obediente escuta do seu convite em Caná: “Fazei tudo o que Ele disser” (Jo 2, 5). A todos chegue a minha mais cordial saudação no Senhor.
pe. Lorenzo Agosti Tradate, 5 de novembro de 2008.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Santuário de Santo Antônio se torna a primeira basílica do Estado do Espírito Santo no dia 26/10

13/10/2008 - 00h00 (A Gazeta) Vitor Graizevgbatista@redegazeta.com.br
No próximo dia 26, os tapetes que hoje estão dispostos nas portas do Santuário de Santo Antônio, os postais que são vendidos na lojinha da paróquia e até mesmo a padaria e a loja de gás próximos ao templo, que trazem no nome a palavra santuário, estarão desatualizados.Isso porque o templo será elevado à categoria de basílica, a primeira do Estado. A distinção foi concedida pelo Vaticano à Arquidiocese de Vitória, após um processo que durou cerca de três anos. A celebração solene, que marca a mudança, será no dia 26, às 9h.A sugestão foi dada por dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a dom Luiz Mancilha Vilela, arcebispo de Vitória."É uma surpresa e ao mesmo tempo, uma distinção.
Uma feliz resposta ao trabalho pastoral e eclesial que a paróquia realiza e que a Arquidiocese concretiza", afirma o Padre Roberto Camillato, reitor da basílica e pároco da paróquia de Santo Antônio.O processo foi longo e teve várias etapas. Após o pedido formal da Arquidiocese ao Vaticano, a paróquia elaborou um dossiê composto pelo histórico do santuário e fotografias. Também teve que responder a um questionário de 150 perguntas, em latim. "Questionavam se as dependências comportariam o povo fiel que em grande quantidade virá para peregrinações e toda movimentação própria de uma basílica", diz Camillato.Outro fator que contribuiu para que a igreja recebesse o novo título foi a visita do núncio apostólico dom Lorenzo Baldisseri, representante do Papa no Brasil, ao santuário, em março desse ano.
A partir do dia 26, o Santuário-Basílica de Santo Antônio terá ainda mais atribuições, como as indulgências finais (perdão dos pecados mediante penitências), dadas aos pecadores apenas nas basílicas. "O desdobramento do trabalho pastoral retornará mais amplo e exigente", analisa o pároco. "Nada se altera na rotina, mas com certeza acrescenta responsabilidade".
Para participar Solene celebração de elevação a Basílica:
Quando: No próximo dia 26, às 9h
Onde: no Santuário de Santo Antônio, que fica na Rua Ludovico Pavoni, s/n, Santo Antônio, Vitória. No dia, o estacionamento da Escola Ludovico Pavoni estará aberto à comunidade.
Participem desta Grande Festa e recordemos os outros relgiosos pavonianos que passaram por este Santuário e deram a sua contribuição.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Igreja de Comunhão: Um outro olhar sobre o Pe. Pavoni

Ludovico Pavoni
Bem-aventurado
1784 - 1849
Educar, abrigar e instruir os jovens pobres e abandonados na Itália do século XVIII, era um enorme desafio que o padre bresciano Ludovico Pavoni aceitou, ele que nasceu no dia 11 de setembro de 1784.
Naqueles anos de fome e de guerras, onde a miséria, as doenças e as armas se tornaram aliadas importantes para exterminar os pobres, Ludovico Pavoni teve uma intuição genial e profética, "educar, abrigar e instruir" os jovens pobres, abandonados ou desertores que eram, de fato, numerosos na Itália de 1800, tanto nas cidades como no campo.
Não só para evitar que se tornassem delinqüentes, o que mais temia a elite pensante daquele tempo, e com certeza não só daquela época, mas para que eles tivessem a oportunidade de viver uma vida digna, do ponto de vista cristão e humano.
Ordenado padre em 1807, Ludovico Pavoni se dedicou desde o início à educação dos jovens e criou o "seu" orfanato para abrigar os adolescentes e jovens necessitados. Já como secretário do bispo de Brescia, quando conseguiu para aqueles jovens fundar o primeiro "Colégio de Artífices" e depois, em 1821, a primeira escola gráfica da Itália, o Pio Instituto de São Barnabé.
Tipografia e Evangelho eram seus instrumentos preciosos: a receita natural era a mais simples possível, como dizia ele: 'basta colocar dentro da impressora jovens motivados, que os volumes de "boa doutrina cristã" estarão garantidos'. Analogia de fato simples e correta mesmo para os nossos dias. Em 1838, nasceu a escola para surdos-mudos, inútil acrescentar o quanto essa também estava na vanguarda daqueles tempos. E, em 1847 a Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, abrigando religiosos e leigos juntos, hoje conhecidos como "os Pavonianos".
Pela discrição pode ainda parecer fácil, mas para colocar em prática todo esse projeto, o vulcânico padre bresciano empregou tudo de si, do bom e do melhor, chocando-se com as autoridades civis e com as eclesiásticas. Sair recolhendo os jovens pobres e abandonados pelas ruas era algo que batia de frente com rígidos costumes sociais e morais da época. Por mais de uma década, Pavoni se debateu entre cartas, pedidos, súplicas e solicitações, tanto assim que foi definido "mártir da burocracia", mas, do dilúvio, saiu vencedor.
Padre Ludovico Pavoni faleceu no dia primeiro de abril de 1849, durante a última das Dez Jornadas brescianas, de uma pneumonia contraída durante uma fuga desesperada, organizada na tentativa de proteger os "seus" jovens das bombas austríacas, quando ganhou, finalmente, o merecido abraço do Pai Eterno. De resto, ele sempre dizia: "o repouso será no Paraíso".
Apesar da distância dos anos, hoje os Pavonianos continuam a "educar, abrigar e instruir" os jovens desses grupos, mas também, todos que simplesmente procuram um trabalho e um lugar na vida, providenciando a instrução escolar básica e colaborando com as Igrejas locais nas pastorais dos jovens. São incansáveis, em suas atividades, porque os traços cunhados pelo padre Ludovico estão ainda frescos, cujo exemplo do fundador está inteiramente vivo, latente e atual.
Hoje, outros levam avante sua obra, nos quatro cantos do mundo, os Pavonianos administram tudo o que possa estar relacionado à formação desses jovens: comunidades religiosas, escolas, institutos de formação profissional, centros de recuperação de dependentes químicos, asilos de idosos, pensionatos, orfanatos, creches, paróquias, cooperativas, centros de juventude, livrarias e a editora Âncora, na Itália. Além disso, alfabetizam os deficientes surdos e formam pequenos artífices nas artes gráficas, esses que eram os diletos de Ludovico Pavoni.
Extraído do link: http://www.paroquiasantoafonso.org.br/santo_do_dia.phpidp=12&idps=1&dia=01&mes=04&ordem=C da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório - Jovita Feitosa, 2733 - Parquelândia - 60445-410 - Fortaleza - Ceará - Fone: (85) 3223-8785

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Imaculada do Pavoni: obra do escultor milanês Abbondio Sangiorgio


Sobre o novo sarcófago do Bem-aventurado Ludovico Pavoni, vela da prateleira projetada pelo arquiteto Cláudio Buttafava, a pequena imagem branca da Imaculada. Como diz a escrita no pedestal, é obra do escultor neoclássico Abbondio Sangiorgio. Ele nasceu em Milão no dia 16 julho de 1798 e morreu na mesma cidade no dia 2 de novembro de 1879. Ainda que suas obras propaguem-se pela Europa e também pela América é na capital da região da Lombardia que decorre também sua vida artística.
Entre suas numerosas obras, aquela mais famosa que o consagrou como grande escultor, o tornou conhecido por toda Europa, o introduziu na alta sociedade milanês (Manzoni, Hayez, Giudici,...) e arranjou-lhe numerosas comissões (sobretudo retratos) é a Sestiga de bronze de 1825, posta em cima do Arco da Paz em Milão.
Colaborando com o arquiteto bresciano, Rodolfo Vantini, que ganha o concurso pela Porta Oriental de Milão, entra em contato com a alta burguesia de Bréscia. Assim, em 1834 o conde bresciano, Antônio Valotti, encomenda ao Sangiorgio, para seu túmulo de família no Cemitério Vantiniano, o Redentor e o Anjo do Túmulo.
Provavelmente é nesta circunstância que encomenda ao escultor também a pequena imagem de Maria Imaculada. Quer doá-la ao cônego Ludovico Pavoni, de quem é grande admirador e benfeitor. O conde é um assíduo frequentador do Instituto e também da Igreja de S. Barnabé (atual Auditório). Aqui com certeza escuta os sermões populares, porém profundos do Reitor, muito devoto de Maria; conhece o projeto dele de fundar uma nova Congregação Religiosa que tenha como modelo Maria Imaculada; decide, portanto, lhe fazer este presente.
Quando a pequena estátua de mármore de carrara chega em Bréscia, torna-se objeto de admiração universal, sobretudo por parte do poeta César Arici que fala dela "de bom grado". Trazida à S. Barnabé, é entregue ao Pavoni que a acolhe no seu modesto estúdio, único objeto de esplendor dentre os pobres móveis. É em frente a esta imagem que é encontrado por seu aluno Antônio Renoldi , como conta o mesmo: "Corri… para o quarto do cônego Pavoni, mas me disseram que tinha descido, que estava fora. Deixei passar um pouco de tempo e voltei. Bati à porta e ninguém respondeu. Então me arrisquei abri-la, e oh, que admiração! Vi o cônego ereto, imóvel, sorridente, estático; com braços cruzados sobre o peito e dois olhos de paraíso fixos na imagem da Imaculada que estava à sua frente. Eu fiquei embaraçado: chamei-o e tornei a chamá-lo muitas vezes sem que ele se desse conta. Em suma, aquele delicioso espetáculo durou uns quinze minutos, até que, na impaciência de minha juventude e querendo com força ter o quanto [o dinheiro] desejava, pus-me a tossir e a bater os pés, fazendo fortes barulhos.
Então foi que ele se moveu e, virado-se, me viu e disse quase desconcertado: "Que faz aqui? Que quer de mim?" Lhe contei brevemente o meu incômodo, e ele pôs logo cinco liras nas minhas mãos, pedindo-me: "Reze por mim; reze uma Ave Maria por mim." E eu, exclamando: Você não precisa de oração e saltando de alegria, o deixei.
Desta imagem fizeram em S. Barnabé ao menos uma cópia de madeira e colocada na Igreja pública , dado que já havia o altar da bem-aventurada "Virgem do Cinto" e o de "N. S. do Bom Conselho", perto da saída para a Sacristia e o claustro. Em Bréscia, onde, como diz a estudiosa Simona Moretti, "a escassa atividade plástica dos laboratórios costrange a chamada de setores e instrutores estranhos à tradição local", havia de qualquer modo alguns artesãos entalhadores capazes de reproduzir imagens de madeira e de pedra; fizeram, portanto, diversas cópias das quais algumas podem ser vistas ainda hoje.
Após a morte do Pavoni, no ano de 1849, o Conde Valotti pediu a pequena imagem, a qual já não é mais somente uma preciosa obra de arte, mas tornou-se o objeto sagrado da devoção do Pavoni. Ficou na casa Valotti até que foi para a casa dos Condes Lechi, por causa do casamento da sobrina do conde Antônio Valotti, Maria Valotti, com o conde Teodoro II Lechi. O casal teve os filhos Faustino IV, Júlia e Barbarina. Foi justamente na casa Lechi que nos anos 50 Dom Nazari, confessor de Beatrice Valotti ("tia Bice", irmã de Maria), veio a conhecer a imagem e fala dela para o padre pavoniano Pedro Misani. Este vai até as pequenas condessas Julia e Barbarina Lechi, acompanhado pelo Pe. Dario Brugnara que lembra: "[Pe. Misani], com a franqueza que lhe é própria, pediu para levá-la para o novo templo votivo da Nsra Imaculada. Após uma consulta familiar, a pequena condessa Júlia telefona para o Pe. Misani: "Decidimos doar aos Pavonianos a imagem pedida: venham buscá-la."
Assim, aos 26 de Abril do ano mariano 1954, festa da Nossa Senhora do Bom Conselho, a estátua tão desejada, vai para a Obra Pavoniana: se emprovisa um pequeno altar no quarto do Pe. Misani.Todos da casa querem admirar a artística imagem.
Aos 3 de maio a estátua de Sangiorgio Abbondio, com uma sugestiva procissão participada por uma grande mutidão, é levada por dois surdos e por dois alunos da Obra Pavoniana ao Templo da Imaculada.
Texto Original: Pe. Roberto Cantù,
Arquivista Geral da Congregação ( Comunidade de Tradate, Itália).
Tradução: Ir. Thiago Cristino (Comunidade de Brasília, Brasil)
e Pe. Odair Gonçalvez Novais (Comunidade de Manila, Filipinas)

Outubro: Carta do Superior Geral

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana,
entramos de modo sempre mais operativo na fase pós-capitular que está caracterizando este período da vida da Congregação.
Realizamos a nomeação das Direções provinciais. Desejo a elas bom trabalho e convido a todos, irmãos e leigos da Família pavoniana, à máxima aceitação, coesão e colaboração para favorecer o bem comum. Reafirmo o que já repeti outras vezes e que é minha profunda convicção.
Cada irmão é precioso para a Congregação, independentemente do lugar que ocupa e do ofício que desempenha. Conta mais para a Congregação quem busca seriamente a santidade, quem vive e promove a fraternidade em modo autêntico e convicto, quem se dedica com paixão e a tempo pleno à missão que lhe é confiada e contribui para sua expansão e renovação. Quem ocupa um cargo “mais elevado” tem uma responsabilidade maior, mas não é mais importante do que os outros. Cada um é “grande” se se faz “pequeno”, se vive segundo o evangelho, se se coloca a serviço dos irmãos, se, com a graça de Deus e com humildade e disponibilidade, realiza todo o bem que lhe é possível onde se encontra, para com quem encontra, para com quem lhe está próximo e para quem dedica a própria vida. É o espírito do evangelho, vivido pelo nosso Padre Fundador, que somos chamados a encarnar e a testemunhar também hoje na Igreja e na sociedade.
O tempo favorável da fase pós-capitular (RV 518)
Seja em nível pessoal, seja como comunidade ou Província, é este o tempo favorável para aprofundar o conhecimento do Documento capitular, para colher dele as exigências e para encaminhar a sua prática. Já evidenciei nas cartas dos mês de agosto e de setembro (que convido a reler com atenção) as suas linhas de fundo. O texto evangélico das bodas de Caná (Jo 2, 1-12) dá-lhe o direcionamneto e representa para todos nós uma referência constante. Somente se formos fortes “da graça de Deus” (CP 69), se invocarmos, acolhermos e nos deixarmos guiar pelo Espírito de Cristo, representado no vinho bom de Caná, podemos dar futuro à missão pavoniana.
A comunidade religiosa, em colaboração com os leigos, é o sujeito da missão. O Documento capitular estimula a reforçar a consistência da comunidade religiosa, para dar solidez e desenvolvimento à Família pavoniana e para promover a renovação da missão.
Nesta ótica, foi elaborada a Programação geral pós-capitular, referência para a programação das Províncias e das comunidades. Foram estabelecidos também os temas do ano. Para este primeiro ano 2008/09 o tema é: Comunidade unida.
Comunidade unida
Em uma passagem do Documento capitular lemos: “Estamos convencidos de que é uma prioridade hoje sermos percebidos como irmãos unidos na missão” (3). O destaque deste primeiro ano quer ser a unidade da comunidade. A unidade da comunidade nasce do estarmos reunidos em nome do Senhor e em torno do Senhor, na partilha da mesma vocação; e se expressa e manifesta no espírito de família, ou seja, na comunhão de vida. Na resposta à primeira pergunta contida no Documento capitular se acentua a nossa vontade de ser “homens de Deus ” e “especialistas de comunhão” (1a.b). Esta realidade dá fundamento à nossa comunidade.
*** A comunidade está unida, antes de tudo, em torno de Cristo, em torno da sua Palavra e da Eucaristia. É Cristo, é a Eucaristia que nos faz comunidade, que nos torna comunidade, que nos faz “uma só coisa” (Jo 17,11.21-22).
“Queremos ser homens de Deus… na escuta atenta e na partilha da Palavra” (1a). Daqui brota o empenho da “lectio divina”: cada dia, em nível pessoal e, semanalmente, como comunidade, que escuta, medita, anuncia e partilha a Palavra.
“Queremos ser homens de Deus… na oração assídua” (1a). Empenhemo-nos em valorizar a oração pessoal e a comunitária, baseada cada dia na Eucaristia e na liturgia das horas. Reservemos para elas um tempo adequado (“cerca de duas horas”: RV 392), cuidemos da sua qualidade e as abramos frequentemente aos leigos e aos jovens.
Demos importância ao calendário pavoniano e à figura de Maria e do Padre Fundador. Procuremos ser fiéis à meditação semanal da Regra de Vida. Além disso, nos teremos que acostumar a ler cada dia, de modo contínuo, um parágrafo da Regra de Vida depois da leitura breve das Laudes, ou Hora Média ou das Vésperas. “Queremos ser homens de Deus… numa renovada fidelidade à consagração religiosa” (1a).
A comunidade religiosa testemunha a sua unidade e a sua identidade na fidelidade e na alegria com que cada irmão vive a própria consagração a Deus por meio dos conselhos evangélicos. É pedido a todos “um esforço maior para uma formação séria e inovadora” (1.3) e o empenho de “intensificar o cuidado pelas vocações consagradas” como “garantia de continuidade carismática” (3.3).
*** A comunidade manifesta a sua unidade no espíirito de família, nosso modo de expressar a comunhão de vida. “Queremos ser especialistas de comunhão” (1b).
“Consideramos que a primeira missão da comunidade é justamente a comunhão” (1.1). Uma autêntica vida de comunhão nos ajuda a enfrentar melhor a missão. Demos de novo centralidade à comunidade religiosa. “Cuidemos das relações pessoais” (1.1). Consolidemos a prática dos encontros comunitários, uma vez por semana. No horário semanal ou períódico reservemos momentos de vida comunitária, para os quais, algumas vezes, convidemos também os leigos colaboradores e os jovens.
“Consideramos que a presença na Congregação de jovens, adultos e anciãos é uma riqueza” (3.4). Somos chamados a ser comunidades que promovem o senso de pertença à Congregação e que irradiam o carisma pavoniano.
- Sobre este argumento da vida de comunhão, bem como sobre o da experiência de Deus, que são os âmbitos do tema deste ano Comunidade unida, encontraremos, depois, outras referências nas partes relativas da Programação geral, que retoma e organiza os objetivos e as indicações operativas presentes no Documento capitular.
Povo de Deus que caminha
- No recente encontro do Conselho geral tomamos algumas decisões. Pe. Giuseppe Regazzoni foi confirmado como Administrador geral. Colaborarão com ele também Ir. Delio Remondini e Ir. Ezio Zanlucchi, com a missão de promover a vivência do Documento Pobreza, gestão evangélica dos bens, missão. Pe. Giuliano Piva foi confirmado como Procurador junto à Santa Sé e pe. Pietro Riva como Postulador geral.
- Na Espanha, no dia 12 de outubro, serão retomados os encontros dos Grupos Saiano; enquanto que, de 17 a 19, em Salamanca, serão realizadas as Jornadas de outono da Família pavoniana, com a apresentação do Documento capitular e a partilha da experiência do 38° Capítulo geral.
- No Brasil, para aonde irei amanhã e permanecerei até os primeiros dias de novembro, de 10 a 12, animarei o retiro dos jovens religiosos e no final do mês participarei dos tradicionais encontros dos administradores, dos superiores e vice-superiores e dos formadores; seguidamente, nos dias 1 e 2 de novembro haverá a Assembleia da Família pavoniana.
- Em Monza, para o dia 18 de outubro, sábado, está convocado o Conselho de Federação dos nossos Ex-alunos.
- De modo especial, neste mês, nos sentimos unidos a toda a Igreja, com a celebração do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus, enquanto estamos vivendo um ano dedicado à figura do apóstolo Paulo.
- A luz da Palavra de Deus ilumine nossos passos e nos ajude a crescer na fraternidade, a olhar a realidade com os olhos da fé e a realizar o projeto de Deus para a nossa vida e para a nossa Congregação. Invoco para todos a intercessão de Maria Imaculada e do beato Padre Fundador e saúdo a todos no Senhor.
Pe. Lorenzo Agosti, FMI Tradate - Itália, 1.º de outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Beato Pe. Ludovico Pavoni: O Dom de educar com Deus

No dia 11 de setembro de 1784, nascia na cidade de Bréscia, Itália, aquele que iria transformar a educação com sua maneira de ser.Ninguém podia imaginar que, daquele pequeno ser humano, brotaria uma Congregação Religiosa comprometida com a vida e que mudaria o rumo daqueles que o sistema maltratava.
Ludovico Pavoni, esse é o nome que difundiu a Pedagogia Cristã, dando início a uma nova maneira de ensinar, educar com amor ao invés de chicotes e palmatórias.Sinal de esperança para as crianças e jovens, Pe. Ludovico entregou, de maneira oblativa, todo o seu ser.Confiante na Providência Divina, nunca deixou faltar nada para os menores: educação, instrução, oportunidade, espiritualidade, e acima de tudo, a caridade.Neste mês, em que celebramos o seu nascimento, elevemos a Deus nossas preces de agradecimento por esse vocacionado que, com sua vida, deu um “SIM” verdadeiro ao Pai.
E que é exemplo para todos aqueles e aquelas que abraçaram esse carisma e se comprometeram com a causa: os Pavonianos.Que o Bem-Aventurado Ludovico Pavoni nos inspire e nos anime na luta árdua de devolver aos nossos irmãos e irmãs empobrecidos o que eles possuem de mais valioso: a sua Dignidade.
Por Wellington da Silva Nascimento, Postulante.
(Comunidade de Pouso Alegre)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Carta do Superior Geral - Mês de Setembro

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana, continuando o meu contato mensal com vocês, antes de tudo, agradeço a Deus o dom da fraternidade que nos une no seu nome e no nome do beato Padre Fundador. Ludovico Pavoni, sob a inspiração de Deus, deu vida na Igreja a uma nova instituição educativa e a uma nova família religiosa dedicada ao louvor de Deus e ao serviço dos jovens empobrecidos; uma realidade ainda viva hoje e presente em diversas partes do mundo, da qual todos nós fazemos parte, segundo a nossa vocação; uma realidade que nos une em espírito de família e em um amor apaixonado pela causa dos jovens. Do agradecimento por esta experiência brota para todos nós o privilégio e o compromisso de manter vivo o espírito que animou o Padre Fundador e de saber encarná-lo hoje. No caminho da Congregação, o Capítulo geral representa um momento importante e decisivo neste processo de fidelidade criativa. Estamos vivendo os primeiros passos da fase pós-capitular, que nos verá absorvidos nos próximos meses na assimilação e na realização inicial do Documento capitular. Para uma sua melhor compreensão, considero necessário o conhecimento do Relatório que apresentei no início do Capítulo geral. Esse é a chave interpretativa do Documento capitular, que deve ser lido, portanto, à sua luz. A comunidade religiosa no centro O Documento capitular já foi distribuído, ou está para sê-lo, em todas as comunidades, aos irmãos e leigos da Família pavoniana, da qual fazem parte também todos os nossos colaboradores. Em vista da sua difusão, está sendo impresso (no momento em italiano) também o Relatório que expus no Capítulo geral, que será também enviado à Santa Sé como Relatório periódico sobre o estado da Congregação. A elaboração do Documento capitular teve presente o Relatório inicial. Nele tratei, na primeira parte, da recepção e da realização do Documento capitular de 2002 e, na segunda parte, apresentei a realidade atual da nossa Congregação. Na terceira parte, ofereci algumas perspectivas de projetação. É esta a parte mais importante do Relatório, que inspirou a elaboração do Documento capitular. O tema de fundo do Documento é o da missão, como se deduz do título: “Fortes da fortaleza de Deus (CP 69), demos futuro à missão pavoniana”. O título nos faz tomar consciência, antes de tudo, de que dar futuro à missão pavoniana não é somente ou primeiramente um ato “humano”. Se não nos deixamos imbuir da força de Deus, caminhamos pouco nesta direção. Além disso, o título estimula a nos perguntar quem é o sujeito da missão: não se trata de um “cada um”, mas de um “nós”, de um nome coletivo. É a Congregação, é a comunidade o sujeito da missão. O sujeito da missão é a comunidade religiosa, em partilha e em estreita colaboração com os leigos da Família pavoniana. Daqui a necessidade do que chamei, com uma imagem evocativa, uma “revolução copernicana”: isto é, volver a dar centralidade à comunidade religiosa, colocar no centro a comunidade religiosa. Em torno da recuperação desta centralidade, também todas as outras dimensões da nossa vida podem encontrar seu sentido, sua consistência e seu impulso, inclusive a renovação da missão e o papel dos leigos na perspectiva da Família pavoniana. Não podemos prosseguir como antes Se isto é verdade, se isto é um dos pontos qualificadores do Documento capitular, algo novo deverá caracterizar a nossa vida e a vida de nossas comunidades. No aprofundamento do Documento capitular teremos oportunidade de analisar as implicações desta perspectiva. Por enquanto, limito-me a algumas indicações de fundo, começando a estimular cada comunidade para que mude alguma coisa no direcionamento da própria vida, na convicção de que não podemos prosseguir como antes. Não podemos prosseguir como antes: 1 – na organização da vida comunitária: somos chamados a crescer nas relações entre nós e a qualificar melhor os encontros de oração, os momentos comuns, a condução das atividades…; 2 – na relação com os colaboradores leigos: toda a comunidade se põe em relação com eles…; 3 – na atividade apostólica e educativa: trata-se de intensificar a incidência formativa e de se orientar por um sólido e eficaz projeto educativo; 4 – quanto à Igreja local e ao lugar onde atuamos: como nos inserir, o que assumir na expressão do nosso carisma; 5 – em relação à nossa vocação: reforçar o compromisso em salvaguardá-la e em promover novas vocações para a Congregação. As indicações apresentadas dizem respeito a todas as comunidades, que desde já são convidadas a caminharem sem hesitação e com confiança nesta direção. Cada comunidade, nenhuma excluída, está convidada a assumir estas instâncias e tem a possibilidade de dar passos concretos, começando a colocar em prática o Documento capitular. Não importa o lugar, importa o serviço No âmbito desta fase pós-capitular, no mês de setembro, haverá a renovação dos encargos provinciais. Todos os irmãos contribuíram ou estão contribuindo para manifestar a sua proposta, estou seguro, de modo responsável. Vivamos também esta passagem na lógica evangélica do espírito de serviço, recordando o que diz Jesus: “Vós sabeis que os que são considerados chefe das nações as dominam… Entre vós, porém, não é assim; mas… quem quiser ser o primeiro entre vós se fará servo de todos” (Mc 10, 42-44). Reafirmo o convite do Padre Fundador (cf. CP 65-66) para considerar que o que conta não é o papel que se desempenha ou a função que se assume, mas servir a Deus e ao bem do próximo. Disto somos chamados a dar testemunho, nisto contribuímos para o bem da Congregação, em qualquer posição em que nos encontrarmos. O lugar, ao contrário do que acontece no mundo, tem valor relativo. Deixemo-nos, cada vez mais, penetrar pela mentalidade do Senhor; esta tem dado e dá sentido à nossa vocação e ao estilo de vida da nossa vocação. Somente sobre esta base a fraternidade é reforçada e a dedicação à missão que nos é confiada torna-se fecunda. Agenda de setembro Nos dias 2 e 3, em Lonigo, estarão reunidos os religiosos e leigos que lecionam nas atividades escolares e profissionais da Itália, para um encontro de formação que já acontece há vários anos. Domingo, dia 7, farão a primeira profissão religiosa na Congregação os quatro noviços que estão em Tradate (Andrea Antonelli, Arthur Kaba, Régis Kimwanga e Pierre Michel Towada) e dois noviços de Asmara (Andom Abrehe e Yemane Sultan). Com eles agradeçamos a Deus e peçamos que os guarde na fidelidade e no autêntico espírito pavoniano. Domingo, dia 14, em Montagnana, será realizado Convênio anual internacional do GMA. De 19 a 21, em Tratade, haverá a reunião do Conselho geral. No dia 27, em Majadahonda (Madrid), reunir-se-ão os animadores religiosos e leigos dos grupos Saiano. Às comunidades que, neste mês, iniciam um novo ano de vida e de atividade, faço votos de que possam retomar o caminho com ânimo renovado. E sobre todos vocês, invoco a bênção de Deus e a intercessão de Maria Imaculada e do beato Padre Fundador. Cumprimento a todos no Senhor.
Pe. Lorenzo Agosti, FMI Tradate, 1.º de setembro de 2008.

domingo, 17 de agosto de 2008

Santuário de Santo Antônio (Vitória-ES) vai virar Basílica!

É com grande alegria que comunico uma agradável notícia a todos os Religiosos e Leigos/as da Família Pavoniana, bem como aos funcionários e funcionárias, colaboradores e demais pessoas que de algum modo se relacionam com as comunidades e atividades da nossa Província.
Ontem o Pe. Roberto Camillato, atual pároco da nossa Paróquia de Santo Antônio, em Vitória-ES, recebeu a notícia oficial de que a “Congregação para o Culto divino e a disciplina dos Sacramentos” concedeu ao nosso Santuário de Santo Antônio o título de “Basílica”. Trata-se de um título honorífico que o Vaticano concede a alguns templos católicos, localizados em qualquer parte do mundo, que se distinguem pela beleza artística, pela transmissão da fé e pela vivência cristã. A concessão desse título é a conclusão de um processo que partiu pela sugestão de Dom Geraldo Lyrio Rocha, atual Arcebispo de Mariana-MG e Presidente da CNBB, contou com o apoio de Dom Luiz Mancilha Vilela, Arcebispo de Vitória-ES, e culminou com o entusiasmo do nosso Pe. Roberto. Sentimos e manifestamos a mais sincera gratidão a todo o povo da Paróquia de Santo Antônio que, lá pelas décadas de 1950 e 1960, sob o comando e responsabilidade de Pe. Mateus Panizza e de Pe. Virgínio Steffenini, não mediram esforços para construir esse admirável monumento inspirado na mais pura arte renascentista italiana.
Nossa gratidão estende-se, ao mesmo tempo, ao caríssimo amigo Alberto Bogani, que nos anos de 1995-97-99 e 2002, contando com a colaboração dos colegas artistas Lino Borghi e Renzo Buonvicini, embelezaram as paredes internas da agora “Basílica de Santo Antônio” com aquele estupendo conjunto de pinturas que alegram a vista, elevam o coração e envolvem a mente na meditação dos principais mistérios da Redenção de Jesus Cristo.
Pe. Roberto está fazendo os oportunos contatos com as autoridades a serem convidadas, a fim de marcar a data da celebração do evento, que será destacado com apropriada solenidade. Nada mais definida, a data será comunicada a todos. Agradecendo a Sagrada Congregação para o Culto divino, bendizemos a Deus e nos colocamos sob o manto de N. Sra. Imaculada e a proteção de Santo Antônio e do Beato Pe. Pavoni. Cordiais saudações a todos.
Belo Horizonte, 17 de setembro de 2008
Pe. Renzo Flório, FMI

Provincial do Brasil

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Palavras do Superior Geral: Carta mensal de Agosto

Caríssimos irmãos e leigos da Família pavoniana, acabamos de concluir a celebração do 38° Capítulo geral. Foi um acontecimento preparado por todos nós no decorrer de um ano. Os que participaram dele, em nome dos irmãos da Congregação e dos leigos da Família pavoniana, trouxeram as instâncias das comunidades de origem, partilharam uma experiência de comunhão e contribuíram na elaboração do texto do Documento capitular, em resposta às perguntas recolhidas no Instrumento de trabalho. Este texto logo será oferecido a todos vocês, a fim de que se torne ponto de referência para o caminho do sexênio que está diante de nós. À primeira vista, pode parecer que o Documento capitular não apresente novidades especiais. Pelo contrário, é necessário descobrir seu “fio vermelho”, colher dele os fragmentos de inovação, na lógica de um processo de renovação que estamos vivendo, em um período da história complexo, difícil e fascinante. A realidade atual da nossa Congregação não nos permite manobras de estrátegia muito amplas. Podemos nos mover segundo os critérios da tática, isto é, de ações pontuais e proporcionais às nossas possibilidades. No Documento capitular fala-se de tática “obediente ao Espírito”. Jamais devemos nos esquecer de que, se em tantos aspectos a nossa realidade é institucional e segue os princípios dos organimsos sociais, na sua identidade mais profunda, é uma realidade carismática, que encontra a sua força no Espírito de Deus. É neste nível, no nível do Espírito, portanto, que devemos mirar, para encarnar aquela novidade que, depois, poderá se concretizar também nas outras dimensões da nossa vida. O ícone de Caná O Espírito é simbolizado no dom do “vinho bom”, que Jesus oferece em Caná, como sinal dos tempos novos, inaugurados por sua presença. O ícone das bodas de Caná ilumina e inspira o Documento capitular. Em Caná, junto a Jesus, que é o protagonista do episódio, aparece Maria, que intercede; aparecem os servidores, que obedecem e aparecem os discípulos, que crêem em Jesus. Queremos enfrentar o sexênio que está à nossa frente, vivendo dia-a-dia o espírito de Caná. Antes de tudo, crer em Jesus, crer verdadeiramente nele, crer na sua presença e no seu poder; colocá-lo no centro da nossa vida. Depois, ter confiança em Maria, “nossa querida Mãe”, invocar a sua intercessão. E tomar consciência das nossas insuficiências e dos nossos limites, mas também das nossas potencialidades, e da necessidade que temos de contar continuamente com a força do Espírito, que mantém vivo o nosso carisma. A história da Congregação e a nossa história são histórias de graça e de fidelidade, de santidade e de iniciativa, mas também de fragilidade e de pecado. Cada dia, temos necessidade de entregar-nos a Deus, para que nos dê o “vinho bom”, que nos permite viver de modo autêntico a nossa vocação e a nossa missão. Temos necessidade de pedir todo dia ao Senhor o “vinho bom” da esperança e da generosidade para todos aqueles que nos são confiados, em particular, para nossos adolescentes e jovens, muitas vezes, desorientados e apáticos no caminho da vida. Maria conhece as nossas necessidades, está sempre disponível para apresentá-las a Deus, mas devemos invocá-la e colocarmo-nos em atitude de escuta e de cumprimento da Palavra do Senhor, como Ela nos pede. O carisma pavoniano Isso mesmo pede Maria a nós, religiosos e leigos da Família pavoniana, servidores e discípulos de Jesus, chamados a segui-lo segundo o carisma de padre Ludovico Pavoni. A novidade à qual o Documento capitular nos estimula é a de reavivar no coração a chama do amor de Deus, para que nos ajude a recentralizar a vida comunitária, com um envolvimento mais relevante dos leigos no nosso espírito e na nossa missão, uma missão que capacite para recuperar a proximidade e a paixão pelos adolescentes e jovens que a Providência nos confia. Ser hoje um coração para os jovens como foi o nosso Padre Fundador não é pouca coisa, é a verdadeira novidade que torna atuais e significativos o nosso testemunho e a nossa missão. Durante o Capítulo geral aprovamos a proposta de inserir na Regra de Vida um capítulo sobre o espírito pavoniano. Este texto é um ponto de referência para nós religiosos e também para os leigos da Família pavoniana. Indica-nos o ideal no qual nos devemos inspirar e o espírito onde nos devemos fortalecer, para viver também hoje, de modo autêntico, o carisma pavoniano. O nosso Capítulo geral desenvolveu-se paralelamente à Jornada Mundial da Juventude, realizada na Austrália. Sentimo-nos em sintonia com este grande evento eclesial. O mundo dos jovens é o nosso mundo, o mundo ao qual somos enviados, seguindo as pegadas de padre Pavoni que, por amor a Deus, deu a sua vida aos que se encontravam em maior dificuldade: consumiu-se para dar-lhes “família e futuro”. Nossa Congregação continuou a realizar o mesmo. É o que se espera ainda de nós daqui para frente. A concretização do Capítulo geral começa agora. A “fase pós-capitular” (RV 518) tem muita importância. Serão indicados e realizados itinerários de sensibilização e de aplicação do Documento capitular. O texto nos estimula a tornar mais real, significativo e visível o nosso ser comunidade: reunidos em torno de Cristo, em espírito de família e em estreita colaboração com os leigos, nos dedicamos, juntos, às atividades apostólicas confiadas à comunidade. Assim, “fortes da força de Deus” (CP 69) demos futuro à missão pavoniana. Não é somente o título ou slogan do Documento capitular. É o dom, o desafio e o empenho que nos esperam, contando com a ajuda de Deus, com a proteção de Maria Imaculada e do beato Padre Fundador e com a plena disponibilidade de todos nós em cumprir a parte que nos toca, animados pela esperança e por incondicional dedicação. No mês de agosto Durante o mês de agosto, mês vocacional no Brasil, duas iniciativas para os jovens serão realizadas na Espanha e na Itália, organizadas pela nossa pastoral juvenil e vocacional: de 4 a 14 de agosto, o “Caminho de Santiago”- Rota do Norte e de 7 a 17 de agosto, o “Caminho de S. Francisco”, de Assisi a Poggio Bustone. No domingo 10 de agosto terá lugar, em nossa Igreja paroquial de São Sebastião do Gama (D.F.), a ordenação diaconal do Ir. José Santos Xavier, pela imposição das mãos de Dom Osvino José Both, Arcebispo castrense do Brasil. De 24 a 29 de agosto, serão realizados os retiros espirituais anuais, tanto em Valladolid como em Lonigo. Quem animará o retiro em Lonigo será pe. Francesco Radaelli, dos Padres Beterramitas. Nas próximas semanas, serão realizados os procedimentos para as indicações do irmãos que serão nomeados para as Direções provinciais. Assumamos esta passagem com espírito de fé e com senso de responsabilidade, pensando no bem maior da Congregação. Hoje, e também quarta-feira próxima, a liturgia nos propõe a leitura da parábola do tesouro escondido, narrada por Jesus e contida no evangelho de Mateus: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o encontra e o esconde; depois vai, cheio de alegria, vende todos os seus bens e compra aquele campo” (Mt 13, 44). A nossa fé em Deus, a nossa vocação, o carisma pavoniano são esse tesouro que descobrimos e que para possui-lo vendemos todo o resto. Continuem, pois, a ser o nosso tesouro, conservado com ciúmes. E façamos frutificar esse tesouro, enchendo o nosos coração de alegria, aquela alegria verdadeira que vem de Deus e que ninguém nos poderá tirar (cf. Jo 15, 11; 16, 23; 17, 13).
Nesta perspectiva, saúdo a todos de coração no Senhor, com a certeza de que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8, 28). pe. Lorenzo Agosti Tradate, 27 de julho de 2008, domingo XVII A.

Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
  • Noviciado "Maria Imaculada": Rua Bento Gonçalves, 1375 - Bairro Centro. CEP 93001-970 - São Leopoldo / RS . Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.1087. Mestre de Noviços - Pe. Renzo Flório, FMI. Pastoral Vocacional: Ir. Johnson Farias e Ir. Bruno, FMI.
  • Seminário "Bom Pastor" (Aspirantado e Postulantado): Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Orientador do Seminário - Ir. César Thiago do Carmo Alves, FMI.

Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
  • Centro de Apoio e Integração dos Surdos (CAIS) - Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Coordenador: Luís Vicente Caixeta
  • Centro de Formação Profissional: Av. Santo Antônio, 1746. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3233.9170. Telefax: (27) 3322.5174. Coordenadora: Sra. Rosilene, Leiga Associada da Família Pavoniana
  • Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP) SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944 . Diretor: Pe. José Rinaldi, FMI
  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
  • Colégio São José: Praça Dom Otávio, 270 - Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre/MG - Caixa Postal: 149. Tel.: (35) 3423.5588 / 3423.8603 / 34238562. Fax: (35) 3422.1054. Cursinho Positivo: (35) 3423. 5229. Diretor: Prof. Giovani, Leigo Associado da Família Pavoniana
  • Escola Gráfica Profissional "Delfim Moreira" Rua Monsenhor José Paulino, 371 - Bairro Centro. CEP 37550-000 - Pouso Alegre / MG . Caixa Postal: 217. Tel: (35) 3425.1196 . Diretor: Pe. Nelson Ned de Paula e Silva, FMI.
  • Obra Social "Ludovico Pavoni" - Quadra 21, Lotes 71/72 - Gama Leste/DF. CEP 72460-210. Tel.: (61) 3385.6786. Coordenador: Sra. Sueli
  • Obra Social "Ludovico Pavoni": Rua Monsenhor Umbelino, 424 - Centro. CEP 37110-000 - Elói Mendes/MG. Telefax: (35) 3264.1256 . Coordenadora: Sra. Andréia Mendes, Leiga Associada da Família Pavoniana.
  • Obra Social “Padre Agnaldo” e Pólo Educativo “Pe. Pavoni”: Rua Dias Toledo, 99 - Vila Paris. CEP 30380-670 – Belo Horizonte/MG. Tels.: (31) 3344.1800 - 3297.4962 - 0800.7270487 - Fax: (31) 3344.2373. Diretor: Pe. André Callegari, FMI.

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Quem sou eu?

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Bréscia, Italy
Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.