terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pedido para iniciar processo de beatificação de D. Luciano será enviado à Santa Sé



No último dia 26, uma missa na Catedral de Mariana, presidida pelo arcebispo emérito de Belo Horizonte (MG), cardeal Serafim Fernandes de Araújo, lembrou os cinco anos da morte de dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana por 18 anos, de 1988 a 2006. Na ocasião, o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, anunciou o que já havia antecipado em maio, durante a assembleia geral da CNBB: vai solicitar à Santa Sé autorização para iniciar o processo de beatificação de dom Luciano.
“Após cinco anos do falecimento de Dom Luciano, comunico oficialmente que, com o apoio dos bispos brasileiros, a arquidiocese de Mariana, iniciará o que é necessário para obter da Sé Apostólica a autorização para dar início ao processo de beatificação do quarto arcebispo de Mariana, dom Luciano Pedro Mendes de Almeida”, disse dom Geraldo.
Dom Luciano morreu no dia 27 de agosto de 2006, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele é reconhecido por sua inteligência brilhante e atuação firme na defesa dos direitos humanos e cuidado com os mais pobres, tendo sido secretário e presidente da CNBB por dois mandatos consecutivos em cada um dos cargos. Sua fama de santidade já corre entre o povo e seu túmulo, na cripta da catedral de Mariana, é permanentemente visitado pelos fiéis.

O pedido à Santa Sé vai respaldado por mais de 300 bispos que, na assembleia da CNBB, assinaram a petição a ser encaminhada por dom Geraldo à Congregação para a Causa dos Santos solicitando o nihil obstat (nada impede) para iniciar o processo de beatificação.
Uma vez autorizado o pedido, a arquidiocese instaurará um Tribunal Específico para conduzir a causa. O Tribunal ouvirá as pessoas que serão chamadas a depor no processo mediante um questionário elaborado pela própria Santa Sé. “Há todo um ritual e muitas formalidades que são determinadas no procedimento de um processo para a beatificação”, explicou dom Geraldo.
Beatificacao_domLucianodgeraldo2Para dom Geraldo, o atual momento representa, para a arquidiocese de Mariana, a importância de dom Luciano. “Sem desmerecer seus antecessores, dom Luciano tem um significado muito especial, e aqui deixou marcas de extraordinária importância. A atual estrutura pastoral que temos na arquidiocese de Mariana, o dinamismo pastoral que foi aqui implantado, esta abertura para a questão social, a defesa dos direitos humanos e, sobretudo, o serviço aos pobres com tantas obras sociais. Tudo isso, nós agradecemos a dom Luciano”.
Comenda
A Faculdade Arquidiocesana de Mariana realizou, na sexta-feira, 26, o ato solene de outorga da “Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida do Mérito Educacional e Responsabilidade Social".
Foram homenageados o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito do São Paulo (SP), ausente por motivo de saúde; o cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo emérito de Belo Horizonte (MG); padre Paulo Vicente Ribeiro Nobre, assessor arquidiocesano da Dimensão Catequética da Arquidiocese de Mariana; irmã Carmem Mendes de Carvalho, coordenadora da residência arquiepiscopal durante o episcopado de dom Luciano; irmã Neusa Quirino Simões (Companhia de Maria), ex-secretária de dom Luciano na CNBB e o Núcleo de Apoio aos Toxicômanos e Alcoólatras de Ouro Preto, Grupo NATA.
São Paulo
No domingo, 28, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, inaugurou, na zona leste da cidade, um novo viaduto, que recebeu o nome Viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida. O arcebispo, que era carioca, foi bispo auxiliar de São Paulo, na Região Belém, durante 12 anos, de 1976 a 1988. Em São Paulo, ele fundou a Pastoral do Menor, que hoje atua em todo o país, e inaugurou outras obras de atendimento aos pobres.

Fonte: http://www.cnbb.com.br/site/regionais/leste-2/7487-pedido-para-iniciar-processo-de-beatificacao-de-d-luciano-sera-enviado-a-santa-se


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Festival Nacional de Curtíssimas Metragens

EU APÓIO O RENAN!

Aos amigos do Blog e demais visitantes, peço o apoio ao Renan, talentoso e jovem animador gráfico. Mora no Gama, em Brasília-DF. Além disso é participante de um Concurso idealizado pela CLARO que incentiva a criação de novos 'Curtas'.

Acesse o Link http://www.clarocurtas.com.br/resultados e procure pelo nome de Renan Modesto : "O tempo do agora" (5º vídeo de cima para baixo), faça o seu cadastro (fácil e rápido), seja colaborador e oportunize  um FUTURO cheio de novas perspectivas para este jovem!

Meu abraço,
Ir. Thiago Cristino, fmi - Eu já dei meu VOTO!

Assista o Vídeo


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Transfiguração – Cristo, esplendor do Pai

Por: Ir. Thiago Cristino, FMI
Estudante de Teologia
Instituto São Boaventura - ISB - Brasília//DF    


Mt 17, 1-9 // Mc 9, 2-10 // Lc 9, 28-36

1.Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os fez subir a um lugar retirado, numa alta montanha.
2.E foi transfigurado diante deles: seu rosto brilhou como o sol e suas roupas ficaram brancas como a luz.
3.Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.
4.Pedro, então, tomou a palavra e lhe disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”.
5.Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E, da nuvem, uma voz dizia: “Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o!”
6.Ouvindo isto, os discípulos caíram com o rosto em terra e ficaram muito assustados.
7.Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, não tenhais medo”.
8.Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser Jesus.
9.Ao descerem da montanha, Jesus recomendou-lhes: “Não faleis a ninguém desta visão, até que o Filho do Homem tenha sido ressuscitado dos mortos”.


Esta perícope da tríplice tradição quer evidenciar a Beleza (Transcendental), ou seja, a Beleza de Deus manifestada de maneira plena no evento Cristo. É a doxologia (doksología), isto é, a Glorificação de Deus, que não é pontual, mas que se estende no tempo, em toda a história.
Jesus manifestou aos seus discípulos este mistério no Monte. Havia andado com eles, falando-lhes a respeito de seu reino e da segunda vinda na glória. Mas talvez eles não estivessem muito seguros daquilo que lhes anunciara sobre o reino. Para que tivessem a firme convicção no íntimo do coração e, mediante as realidades presentes, cressem nas futuras, deu-lhes ver maravilhosamente a divina manifestação do Monte, imagem prefigurada do reino dos céus.
A iniciativa de mostra-se é sempre de Deus, Ele se revela a nós, em seu Filho, muito amado, Jesus, cujo esplendor do Pai é manifestado na Transfiguração (cf. Mc 1,11). Desta forma o homem, ao contemplar (cf. Mt 17,4) torna-se ‘passivo’, pois diante da Beleza de Deus ele fica na percepção, no ‘deixar-se encher de sua glória e esplendor’. A atitude do homem é de admiração, espanto (surpresa), encanto, como Pedro exclama: “Epístata, é bom estarmos aqui” (cf. Lc 9,33). Vislumbrar a realidade futura (escatológica) deve incitar o discípulo a lutar para que a realidade terrena seja transformada e, não levar a uma atitude estagnada, ou seja, contemplar a luz da Verdade e comunicá-la aos demais que estão nas trevas da ignorância.
O fato de o autor referir-se às tendas (cf. Lc 9, 33b), leva o leitor a crer que o fato em si não aconteceu tal como foi descrito, ao invés disso, foi construído, pois parece confundir-se com as chamadas ‘festas das tendas’, momento no qual os judeus recordavam o tempo em que o Povo peregrino habitava em tendas.
Todavia, tal Beleza é manifestada pelo próprio Cristo, “o mais belo entre os filhos dos homens” (cf. Sl 45,3), que transfigura-se, muda de forma (metamórphosis), diante de três dos seus discípulos. A Beleza expressa no rosto de Cristo é vista como o Todo no fragmento, isto é, o Todo de Deus Pai manifestado em Cristo.
A plenitude dos tempos (cf. Hb 1,1-4) tem seu início com a kenosis de Jesus, na Encarnação, onde ele manifesta visivelmente a Beleza (Glória) do Pai para todos aqueles que tiveram a graça de ver e posteriormente de ouvir suas palavras libertadoras (cf. 1Jo 1,1-4). Ao longo de sua vida, Jesus anuncia o Reino dando testemunho daquele que o enviou, com palavras e ações.
Conversando com Jesus, são vistos Elias (Profetas) e Moisés (Lei), que posteriormente somem e Jesus fica sozinho (cf. Lc 9,30.36). Desse modo Jesus supera a Lei e os Profetas, pois “não veio abolir, mas dar pleno cumprimento” (cf. Mt 5,17), isto é, demonstrando o fim para o qual tende a Lei: o amor, pois dele dependem a Lei e os Profetas (cf. Mt 22,39).
A voz que se escuta é na verdade um apelo para que os discípulos acreditem, de uma vez por todas, que Jesus é o messias, o Filho de Deus: “Este é meu filho amado, o escolhido: ouvi-o!” (cf. Mc 9,7b). Tais palavras foram ouvidas no Batismo oferecido por João, onde o Pai manifesta ao mundo o seu Filho único, cujos gestos e palavras são dignos de ser seguidos. O ‘parar em oração’ de Jesus é o que lhe dá força na missão, por isso seus discípulos também são convidados a fazer o mesmo, a estar atentos e a despertar do sono (cf. Lc 9,32), pois de outro modo não poderão ‘ouvir’ a voz do Filho, em obediência ao mandato do Pai.
O Monte é o lugar teológico, onde Deus se revela. A Transfiguração de Jesus acontece num Monte – embora os discípulos não a tenham visto por completo (cf. Lc 9,32) – que para Mateus tem um sentido a mais, haja vista que ele faz alusão da superioridade de Jesus comparado a Moisés.
Jesus é revelado pelo Pai na sua essência, isto é, Deus com o Ele. Os discípulos têm uma visão beatífica, uma contemplação do próprio Deus, algo impossível para um homem, isto é, contemplar ver a face de Deus, pois do contrário, morreria. Porém o Cristo transfigurado vai ao encontro dos seus, toca e fala a eles (cf. Mt 17,6-7). Em referência ao Primeiro Testamento, depois de falar com Javé, Moisés desce com o rosto resplandecente, pois viu a Deus (cf. Ex 34,29; 40,34), todavia permanece sua essência é humana. Se por um lado Deus se revela a Moisés, por outro, o Pai se revela novamente aos seus, na pessoa de Jesus. Moisés é portador da Lei e Jesus é aquele que deu pleno cumprimento a ela.
A missão do homem, criado “à imagem e semelhança de Deus” é dar Glória a Deus, com a vida. No evento da Transfiguração, o ‘encher-se da Glória e Beleza de Deus’ significa mais um desafio para aqueles que desejam ser cristãos: fazer brilhar a centelha divina – a Luz de Cristo – que está em cada um de nós (cf. Mt 5,14) pelo Batismo.
“Assim, brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai nos céus” (cf. Mt 5, 16). Tal como Cristo, todos os seus seguidores são chamados a resplandecer (ser reflexo) a Glória de Deus (de seus atributos), essencialmente manifestando o amor entre nós: pois é somente manifestando, por atos, o amor entre nós é que seremos reconhecidos como sendo verdadeiros discípulos de Jesus (cf. Jo 13, 34-36).   

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

História pavoniana - Antônio Renoldi, educador surdo.



Ex- aluno do Instituto
Ludovico Pavoni para surdos
na cidade de Bréscia, Itália.
Autores: Paolo Girardi e Gabriella Bergomi 
- Código: 003PS/2002 
Tradução do italiano para português:
Ir. Rino Questa e Ir. Thiago Cristino, FMI

Na "Casa do Surdo que fala", na sede da ENS (Entidade Nacional dos Surdos) de Bréscia, à Rua Castellini, na "Sala de Conferências" dedicada ao Cavalheiro[1] Abrami, há uma grande pintura que representa o beato Ludovico Pavoni, surpreendido em êxtase por um menino, que levanta os olhos para o padre como quem quer pedir-lhe algo e uma mão num gesto que pede atenção. Mas quem era aquele menino? No dia 28 de novembro de 2002, a ENS de Bréscia comemorou o centenário da morte de Antonio Renoldi, o menino retratado com o beato Pavoni. 



Foi Pe. Pavoni quem acolheu o pequeno Renoldi em sua escola, aberta para os pequenos surdos pobres e necessitados de educação. Renoldi, nascido em 31 de janeiro de 1830 era órfão de pai, sua mãe era costureira e o confiou ao Instituto de Bréscia, fundado por Pe. Pinzoni, posteriormente assumido pelos pavonianos e transformado no Instituto Pavoni, a fim de receber uma Educação integral com os princípios do Método Pavoniano.

Antônio era um menino vivaz e dinâmico e o Pavoni o acompanhou pessoalmente. Foi mediante a tanta confiança e intimidade, que um dia Antônio surpreendeu o padre em êxtase diante da imagem da Imaculada[2] cujo acontecimento foi retratado em um quadro. Depois da conclusão do ciclo de estudos, Antônio tornou-se “irmão pavoniano”, realizando as atividades no Instituto como assistente dos novos alunos surdos.
Mas depois de quatro anos, ele percebeu que este não era o seu caminho e não queria viver como um religioso.

Ele deixou a Congregação, mas continuou a participar do Instituto, onde mais tarde se tornou vice-mestre, e depois um professor, e nessa função foi contratado pelo Instituto e acompanhado por um assistente ouvinte para ensinar aos alunos surdos de forma mais adequada. Ele, no seu papel de professor, utilizava tanto os gestos como linguagem falada, leitura labial e língua escrita. A ele foi-lhe confiada a gerência da Sociedade de Surdos de Bréscia, e todos os domingos ele ensinava catecismo para os adultos surdos. Renoldi era uma pessoa de boa cultura, dele encontraram documentos e numerosas cartas. Numa dessas cartas, Renoldi escreve que se viu em apuros quando encontrou-se no tribunal sem um intérprete, e não podia entender as contestações.

O surdo Antônio Renoldi, encontra
o Beato Ludovico Pavoni em êxtase
diante da imagem de Maria Imaculada.
Significativa é uma frase que ele escreveu “... a lei exige um intérprete...”, demonstrando que, desde aquele tempo, os surdos tinham o direito de ser assistidos pelo intérprete no tribunal. Depois de se tornar um professor, se casou com uma surda, Paulina Fenotti, que lhe deu oito filhos, um do sexo masculino e sete do sexo feminino, mas dois, incluindo um menino, morreram com tenra idade, e também sua esposa, em 1871, deixando-o com seis filhas que foram educadas com dificuldade, também pelo fato de que seus métodos e a sua atitude intolerante com rígidas regras de seu tempo – especialmente quando ele defendia os meninos surdos –atraíram-lhe as antipatias de seus superiores, acentuada após Congresso em Milão em 1880, que aboliu o uso de sinais no ensino de surdos, e esse novo método era contrário ao instinto de Renoldi que, por ser surdo, o usava livremente.


Em 1887 foi-lhe tirado o assistente ouvinte que o acompanhava e, em 1894, depois de muita pressão para convencê-lo a deixar o ensino, foi-lhe comunicada a dispensa do trabalho e, “...em consideração de seus serviços prestados com tanto carinho por mais de 47 anos e dada a idade avançada...”, já aos 64 anos, concedeu-lhe uma pensão vitalícia. Diferentemente dos tempos atuais, o valor da pensão era baixo e insuficiente para viver. No ano seguinte, casou-se novamente, desta vez com uma mulher ouvinte, Julia Masini, e continuou a ensinar o catecismo para ensinar surdos e a ensinar gratuitamente, na sua casa, as pessoas surdas com dificuldade e que não eram aceitos no Instituto Pavoni. Na primavera de 1908, quando começou o processo de beatificação de Ludovico Pavoni, Renoldi foi citado como testemunha ocular, pois quando criança tinha visto Pe. Pavoni em êxtase diante da Imaculada, mas quando ele foi chamado ao Vaticano, 28 de novembro daquele ano, estava acamado e moribundo; morreu de hemorragia cerebral naquele mesmo dia. Às Atas da beatificação do Pavoni, foi preservada uma carta que Renoldi escreveu no dia 21 de janeiro de 1908 ao Padre Rolandi “... Agradeço pela bonita carta a respeito do meu querido Pe. Pavoni, que para mim era de fato um pai amoroso, e que está impresso em meu coração e por isso não posso esquecer-me dele”.

As fotos são reproduzidas na seção de revistas da ENS de Bréscia "The Voice of Sordoparlante" em 2002. - PS003 (2002).





[1] Título onorífico.
[2] Obra de Abbondio Sangiorgio e doada ao Pe. Pavoni por Antônio Valotti.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O método educativo de Ludovico Pavoni


Beato Pe. Pavoni, precursor das Escolas Gráficas na Itália.
Sua Esperança na juventude pobre o leva a Educar com o coração
em vista de uma maior humanização e autonomia.


Por Pe. Aurelio Gallina, FMI[1]                                                                                           
Pe. Ludovico Pavoni não escreveu nenhum livro de metodologia pedagógica. A sua vida estava comprometida demais primeiro com a atividade catequética, depois com o trabalho educativo em tempo integral e, no final, no cansativo trabalho de fundar uma nova família religiosa, para ter o tempo e a tranqüilidade para colocar no papel tratados teóricos na área pedagógica, que tivessem um sentido completo e abrangente.
Os poucos escritos que chegaram até nós, colocando de lado os Regulamentos e as Constituições, em gral são cartas, que respondem, na maioria das vezes, a exigências burocrático-administrativas, ou nascida de situações pessoais contingentes.
Apesar disso, a sua ação educativa, ao longo de mais de 35 anos de atividade, a estrutura do seu Instituto de São Barnabé, o testemunho de muitos que o tiveram como educador, as ideias e as orientações pedagógicas que aparecem nos seus escritos, garantem que nele realizou-se a feliz síntese de uma praxe educativa inspirada a uma teoria pedagógica bastante precisa e original.
Ele mesmo tinha uma consciência  bem clara de possuir um projeto educativo e não somente uma genérica boa vontade de ajudar crianças e jovens a amadurecer.
A este propósito, escreverá, na dedicatória aos Benfeitores e, depois, na Introdução ao Regulamento do Instituto de São Barnabé, de querer levar ao público conhecimento o Plano de educação sobre o qual fundamenta-se este Instituto (RU I 43); um plano que foi meditado e experimentado através da experiência de vários anos (RU I 43).
Pela clareza das metas educativas, pelas intervenções concretas realizadas, pela valorização da relação interpessoal, educador-educando, pode-se, com todo direito, falar de um método educativo pavoniano[2], que se apresenta com características próprias e originais, e cujo núcleos essenciais merecem ser estudados e retomados também no nosso tempo.
Em maneira quase esquemática, diria didática, podemos apresentar uma espécie de decálogo pedagógico: dez mandamentos sobre os quais, de fato, Ludovico Pavoni construiu a sua ação educativa.

1. Um método educativo flexível e aberto à mudança. Foram escolhidos todos aqueles meios de educação julgados mais oportunos (IG – CP)

Uma primeira característica educativa do pe. Ludovico. está na flexibilidade e na disponibilidade de adequar-se às situações históricas, ambientais, e subjetivas do fenômeno educativo.
A sua própria história pessoal está marcada desta capacidade inovadora, que modifica, com o passar do tempo, as escolhas iniciais e as estruturas educativas realizadas. Do Oratório ao Instituto, da soluções, no começo somente de internato e a tempo integral, à escolha de propostas educativas parciais como Escolas de Ensino Fundamental e Médio para os mais pobrezinhos m regime de externato (CP 126-128) e escolas profissionais também aos jovens em regime de externato[3].  Quando acontecimentos contingentes tornaram necessárias novas aberturas, a sua sensibilidade educativa o fez atento a novas formas de carência e de pobreza (os atingido pelo morbo da cólera, os surdos, os filhos de famílias empobrecidas).
Em 1831,publicando o Regulamento do Instituto de São Barnabé, Ludovico Pavoni na introdução para os seus colaboradores reafirmará que o texto foi reorganizado na base das experiências de vários anos (RU I 43). Também no começo das Constituições, que foram terminadas no dezembro de 1845, na Idéia Geral que introduzia o texto[4], escreve que para o bem dos jovens devem ser escolhidos todos aqueles meios de educação julgados mais oportunos e que venham a responder às circunstância de tempo e de lugar. Exemplificando, sugerirá aos seus Religiosos que será conveniente preparar os meninos profissionalmente se tais Instituições  se encontram na cidade, ou no cultivo da lavoura, quando estão nas vilas do interior (CP 122).

2.Um método que fala à razão e ao coração. O chicote do homem deve ser a razão (carta a LG 29).

Como relevante novidade em relação ao seu tempo, pe. Ludovico rejeita toda forma de método coercivo e qualquer justificativa para a punição física. Sobre isto o seu pensamento é claro e explícito. Ao jovem colaborador Domingos Guccini, que freqüentava o Curso de especialização para professores de surdos na Escola Estatal Girolamo Cardano de Milão, onde as punições corporais e o uso do chicote eram rotina, pe. Ludovico aos 30 de janeiro de 1846 escreve: Saiba se conter com aquela gravidade  que ganha respeito, mas juntamente com aquela doçura que atrai, arrebata. Deixa a quem queira o chicote, porque o chicote do homem deve ser a razão. Já antes, no capítulo sobre o método de correção no Regulamento do Instituto de São Barnabé, ao nº 58, afirmava: Em lugar de apelar para o sistema da severidade, com o qual, na maioria das vezes, levamos os meninos a agir mais por temor e por hipocrisia do que por sentimento e amor, escolhemos o recurso à emulação e da dignidade e honradez, através do qual tudo é possível no coração sensível da juventude (RU I 54).
A relação com o aluno, portanto, se expressa com um comportamento não repressivo, mas persuasivo, inspirado ao raciocínio e ao diálogo, através o colóquio freqüente e pessoal, paternas advertências a fim de que os meninos reflitam...e se corrigiam, (RU I 55).
Conceitos semelhantes se encontram no Regulamento do Oratório, onde lembra-se aos educadores de aproximar-se e de guiar os meninos com sábios conselhos, com modos agradáveis e corteses (RU I 21). Mais adiante afirma que deverão corrigir os defeitos deles com afabilidade (RU I 23). Assim também fala que o responsável do Oratório, devendo sensatamente repreender com indulgência algum dos jovens por algum defeito, procurará fazê-lo com jeito afável e suave (RU I 19).
O método educativo pavoniano de verdade enfoca o homem nos seus aspectos mais qualificantes da pessoa, isto é, a razão e o coração.

3. Um método que se fundamenta na colaboração. Completamente de acordo sobre o método de educação (RU I 43).

O termo colaboração nunca aparece nos escritos de Ludovico Pavoni. Mas é toda a sua praxe educativa que afirma com clareza a convicção de que a educação é trabalho de equipe, fundamentado sobre uma coerência na postura, sobre homogeneidade de intenções, sobre a coordenação das intervenções. Na medida que a criança evolui, cada vez mais aparecem novas figuras que adquirem relevância educativa e, portanto, torna-se necessária uma estratégia de conjunto, uma instância unificadora, mesmo no pluralismo dos modelos e dos papéis.
Por isso mesmo pe. Ludovico quis, nas suas estruturas de serviço, em relação às crianças e aos adolescentes, tanto no Oratório como no Instituto, os dois Regulamentos, que antecipam de certo modo a exigência atual dos projetos educativos, porque – escrevia na Introdução do Regulamento de São Barnabé - mesmo se tivéssemos todos o mesmo sentimento, não poderíamos alcançar resultados na tarefa sem sermos concordes no método educativo (RU I 43).
Nas suas Instituições educativas trabalham juntos religiosos e leigos, professores e artesãos, instrutores na área profissional e educadores- regentes de turma, em uma rica articulação de papeis diferentes, mas unificados com um único método comum, coordenados em uma estrutura hierarquizada que diz relação à autoridade paterna do Diretor ou do Superior. Este ocupa-se, com paterno cristão cuidado, da direção da juventude; dele dependem todos os funcionários (RU I 44).
O Regulamento do Oratório descreve também um organismo de Consulta, com a presença dos principais operadores, que se reúnem periodicamente com o Diretor para enfrentar tanto os problemas espirituais como os econômicos... a observância das Regras e o bom andamento, a manutenção devido a algum estrago, etc. Neste organismo as decisões são tomadas democraticamente com escrutínio segredo, dando um peso maior – 3 votos - ao parecer do Diretor (RU I 18).

  1. Puerocentrismo ou atenção à pessoa. Um tesouro precioso e santo (CP 257)
No método educativo pavoniano a primeira preocupação do educador é aquela de estudar a personalidade de cada criança, para chegar a um conhecimento e a uma relação interpessoal profunda.  Descobrir os traços do caráter, as qualidades intelectuais, os dinamismos emotivos, as experiências e a vivência pregressa, a ação misteriosa da Providência e da Graça de Deus, para depois potenciar o que é positivo e corrigir o que está errado. Mesmo na estrutura muito organizada das suas instituições educativas, pe. Ludovico coloca sempre no centro a pessoa da criança, na sua irrepetível unicidade e na sua inconfundível originalidade. O método educativo deve, portanto, individualizar-se, até tornar-se projeto focado sobre as exigências da criança. Os professores e os instrutores dos cursos profissionalizantes estudem com atenção o temperamento e as aptidões dos seus discípulos, para conduzi-los conforme suas inclinações, pois nem todos querem ser guiados do mesmo modo. Não pretendam, obter de todos igualmente, ms conforme as capacidades e os dons que receberam de Deus. (CP 259). Por parte dos educadores deverá existir, em relação às crianças, grande atenção à sua condição e às suas capacidades e inclinações (CP 124). O Mestre dos Noviços - mas a indicação vale para qualquer animador religioso - deverá estudar o modo com que a Graça de Deus tende a santificar a cada um e saber favorecê-la (CP 272).
Ludovico Pavoni recomenda ao Diretor do Instituto de prestar uma particular atenção nas atividades de recreio e lazer, observando as crianças e os adolescentes durante os jogos para facilmente descobrir o caráter e as inclinações de cada um e poderá encontrar o método mais adequado para orientá-lo com êxito (CP 242). E, alguma linha mais adiante, convida ainda o Diretor a ter, em particular, frequêntes e oportunas conversas[5] com os meninos para escutá-los, corrigi-los, aconselhá-los. Para todos vale a exortação de  entrar na alma dos alunos novatos,..descobrir o caráter, apreciar as boas disposições, remover os humanos defeitos (RU I 21). Deste conhecimento personalizado é que brota o respeito, a estima, a admiração para cada pessoa, mesmo se ainda não desenvolvida e problemática.
O educador pavoniano deve saber olhar os próprios alunos com o olhar de Deus, cheio de confiança e de esperança. Reconheça-se que sobre eles há um projeto especial da Divina Providência e, alimentado a seu respeito as melhores esperanças[6], use-se para com eles de toda a tenção para facilitar-lhes o cumprimento dos desígnios divinos. (CP 125). Na ótica educativa pavoniana cada criança, qualquer uma delas é sempre um tesouro preciosos e santo (CP 257)

  1. O espírito de família nota dominante do método pavoniano. Amando-os como a pupila dos próprios olhos (CP 257).
O valor e a eficácia de um método educativo são revelado em primeiro lugar pelas relações que se estabelecem entre educador e criança, pelo clima humano que se determina no ambiente onde interagem educadores e meninos, numa palavra pela espontaneidade e pela cordialidade que permeiam toda a complexa trama que se criam em uma convivência. A característica dominante do método educativo do pe. Ludovico é sem dúvida alguma, a irradiação e a profunda atitude de amor, inspirado ao modelo familiar. Atitude que qualifica a instituição pavoniana e que por tradição é chamado espírito de família.
Para pe. Pavoni, família deve ser tanto a comunidade dos meninos, como aquela dos colaboradores na obra educativa, compreendendo nela os leigos, que permanecem leigos e os futuros religiosos. Na alocução que faz de prefácio às Regras Fundamentais (ano de 1830)[7], o Instituto são Barnabé no seu todo, crianças, adolescentes, jovens e educadores é chamado de numerosa família (RU I 62) e a esperança do pe. Ludovico é que alguns daqueles que com ele têm trabalhado para criar aquela família possa, em seguida, fazer parte da sagrada família (RU I 62). Ainda sagrada família é chamado o núcleo dos colaboradores que em 1831 com eles estão comprometidos no Instituto e que desejam permanecer nele para sempre (RU I 42).
Nas Constituições (1845) a expressão Religiosa família torna-se sinônimo corriqueiro de Congregação e de Instituto (IG, CP 1.43.56, etc,). E aos nn. 75-76 é esboçado em maneira incisiva este clima familiar e fraterno, feito de santo afeto, de paz, caridade e amabilidade,...em espírito de fraternal caridade que leve a constituir de verdade uma Religiosa família. Desde muito tempo antes, no Regulamento do Oratório, escrito e re-escrito entre o 1815 e o 1818, o desconhecido autor do Prefácio havia respirado, no grande grupo dos oratorianos, este clima familiar, por isso concluía o seu escrito descrevendo o Diretor pe. Ludovico Pavoni como Padre a ser venerado e amado (RU I 11).
E família devia ser o Instituto São Barnabé para as crianças e os jovens que eram aí hospedados. É significativo que um dos alunos do Pavoni, tornado em 1850 seu segundo sucessor como Superior da recém nascida Congregação, pe.  Giuseppe Baldini, escrevendo as memórias, nos deixasse este esplendido testemunho: A verdadeira idéia , a idéia característica do Instituto Pavoni é esta: que os filhos pobres, abandonados por seus pais e parentes mais próximos, aí encontrassem tudo o que perderam. É necessário ponderar bem isto: não se trata de encontrar no Instituto o alimento, a roupa, a escolaridade e a aprendizagem dos ofícios, mas o pai e a mãe, a família de quem a desventura os privou; e com o pai e a mãe, a família, tudo que um pobre poderia ali receber e desfrutar (LPV 632 r).
Os escritos pavonianos transbordam de acenos discretos mas significativos, acerca da qualidade familiar das relações educativas dentro do Instituto. O Superior deve dirigir a juventude com paterno cuidado cristão (RU I 44). O animador religioso deve ser um verdadeiro Pai (RU I 45). Em relação aos jovens a eles confiados, os instrutores das Oficinas e Laboratórios deve acompanhá-los com amor e carinho (RU I 45). Os educadores devem corrigir com benevolência as faltas deles (RU I 46). Nas Constituições está escrito que o animador religioso procurará tornar-se santamente benquisto (CP 251). Os instrutores dos laboratórios e das oficinas velarão sobre os alunos que lhes forem confiados,... amando-os como a pupila dos próprios olhos. (CO 257). Para o Diretor, os alunos devem ser filhos[8] e nunca há de deixá-los sem a sua assistência (CP 242).
Também a vigilância dos alunos recomendada ao Diretor (CP 242) e aos instrutores (CP 260) nunca os deixarão sozinhos, deve ser vista como sinal de cuidado e de afetuoso interesse próprio de quem, como em uma família, coloca tudo em comum e tudo partilha. Presentes sempre entre os alunos para rezar, trabalhar, comer[9], brincar com eles e assim precedê-los com o próprio exemplo. A primeira lição e a mais eficaz para...educar dentro de uma visão cristã a juventude... é aquela do bom exemplo (RU I 46). Esta assídua presença educativa dará aos educadores o doce agrado de ver crescer ao lado deles esta família numerosa de filhos bem educados que agradecidos pelas paternas atenções não deixarão nunca de agradecer a vossa caridade (RU I 43)
O epistolário todo do pe. Ludovico Pavoni está cheio de expressões ricas de sentimentos carinhosos, de atenções e de dedicação afetuosa[10]. Assim também os Processos para a Beatificação trazem muitíssimos testemunhos de ex-alunos que, a dezenas de anos de distancia,lembravam muitos dos seus gestos de atenção e o seu afetuoso carinho para com eles[11].
E, como em toda família feliz, o afeto é sempre acompanhado pelo respeito à dignidade pessoal de cada um, mesmo se de menor idade e inexperiente. Aqui vão alguns acenos presentes nas Constituições. Os instrutores das oficinas tratarão os seus alunos com brandura e cortesia (CP 260); respeitem os alunos se quiserem ser respeitados (CP 236). Usarão sempre de trato cortês e respeitoso; ninguém desprezem com palavras e gestos (CP 257).
A mesma delicada tarefa da orientação vocacional, que é o momento fundamental de toda a educação moral e religiosa, deve ser efetuada com grande discrição, no respeito à iniciativa divina e à liberdade do homem. É só ler o CP nº 253, no qual pe. Ludovico recomenda aos animadores religiosos a prudência e o garbo necessários para iluminar e para aconselhar adolescentes e jovens nas próprias escolhas vocacionais[12].

6.   A fé cristã alma de toda a ação educativa.Tudo que não é Deus nada vale (CP 252).

A ação educativa toda do pe. Ludovico é pouco compreensível, se  a separamos da uma visão profundamente cristã do homem, do seu destino, do sentido religioso da vida. Ele enxerga, de fato, na religiosidade o objetivo fundamental de toda boa educação (CP 244). Da sua rica experiência de fé  derivam seus princípios educativos.
Em primeiro lugar a formação moral e cristã inicia com a instrução religiosa. Nas estruturas educativas pavonianas ter-se-á um cuidado especial na formação do coração dos jovens, na instrução religiosa e nas práticas religiosas (CP 123). Nasce daqui  a exigência de uma oportuna catequese e de uma gradual  aproximação à Bíblia[13].
Ao lado da instrução religiosa, contemporaneamente,  deve proceder a formação de uma consciência cristã e de uma mentalidade de fé. O animador religioso cuidará que as crianças e os jovens cheguem a descobrir que tudo que não é Deus nada vale...a considerar as coisas com os olhos da fé, julgando-as  como as julga  a fé (CP 252).
A instrução e a formação ético-religiosa devem depois ser traduzidos na atuação concreta de gestos de fé e de comportamentos morais,  levando a fazê-los saborear os princípios da fé que professam (CP 244), até fazê-los descobrir a utilidade de um conselheiro espiritual que os acompanhe na própria vida cristã.
Pe. Ludovico, como todo bom cristão, alimenta na sua espiritualidade uma intensa devoção à humanidade de Cristo e à figura materna  de Maria Imaculada (CP 101.103), e apresenta  aos seus religiosos e meninos  esta religiosidade cristocêntrica e mariana, mas sem nenhum sentimentalismo. No seu Instituto vai ser cultivada  uma piedade sólida, robusta, desinibida e esclarecida, que vise à perfeita observância dos próprios deveres (CP 123)[14].
Com certeza no contexto atual de difusa ignorância religiosa e de progressiva descristianização pode maravilhar e até  enfastiar, a leitura do programa das atividades religiosas propostas pelo Padre no domingo aos que frequentam o Oratório[15] e em cada dia aos alunos do Instituto São Barnabé[16]. Esta multiplicidade de ações litúrgicas e esta abundância de oração e de catequese torna-se contudo mais compreensível se considera-se  a centralidade da proposta e da formação do Projeto educativo do pe. Ludovico Pavoni[17].

  1. A atividade escolástico-profissional como elemento educativo. Esforçar-se-ão por acostumar os alunos a amar o trabalho (CP 258).
Ludovico Pavoni, precedendo a moderna ergoterapia, é consciente que uma atividade de acordo com os anseios e as aptidões do sujeito pode tornar-se  um estímulo eficaz de amadurecimento e de crescimento da pessoa, que ao encontrar no trabalho gratificações saudáveis e profundas, além de um meio de subsistência, será reforçado,no seu processo educativo. A profissão  torna-se assim um meio de formação do homem e do cristão[18]. Escreve, neste sentido, o pe. Ludovico nas suas Constituições : O objetivo primordial que os mestres de artes e de ofícios devem propor-se não deve ser habilitar os alunos no ofício escolhido, mas de formá-los para que amem a religião e a prática das virtudes morais.
No Instituto de São Barnabé, pelo menos no domingo de manhã, existe um tempo dedicado à atividade escolar Não conhecemos a sua programação, sabemos, contudo, que deviam estar presentes aulas  de noções elementares de tecnologia, de merceologia, de desenho, de língua, de cálculo matemático. Os professores eram escolhidos com cuidado e eram até muito estimados entre os  docentes da cidade (RU I 50-51).
Os dias de trabalho transcorrem nos laboratórios e nas oficinas, de acordo com o  tirocínio prático de tipo artesanal.  Os jovens tornavam-se assim não somente operários genéricos, mas mestres artesãos.
Pe. Ludovico Pavoni cuidava também dos problemas da Orientação Profissional: respeitava as aspirações e as aptidões de cada  menino, sem obrigá-los em maneira condicionante à estrutura de produção do Instituto. Escreve, a este propósito nas Constituições: Quanto ao esforço para tornar esses jovens capazes e habilidosos para prover, a si mesmos com o seu próprio trabalho, e preparar-se a viver honestamente pelo mundo afora, grande atenção se deverá prestar à sua condição e às suas capacidades e inclinações, para que eles possam escolher aquela profissão para a qual se sentem mais inclinados e desenvolver mais plenamente suas aptidões, facilitando, assim, a consecução de resultados positivos (CP 124).
Daqui nasce a preocupação de ampliar o número de laboratórios[19], aos quais será, em seguida, acrescentado, preocupado em particular para com os surdos, a fazenda de Saiano.
Também na atividade escolástico-profissional a relação instrutor-aluno fundamenta-se num acompanhamento permanente – nunca os deixarão sozinhos (CP 260) -  amoroso – amando-os com a pupila dos próprios olhos (CP 257)respeitoso – trato  cortês e respeitoso (CP 257), mas também firme e com autoridade – não exijam demais, porém não se mostrem fracos (CP 258).
Apesar de se desenvolver, nas oficinas de São Barnabé, também uma intensa atividade  de produção, dominava, primário neles, a atitude de respeito à dignidade do aluno e a preocupação para sua formação e para a sua aprendizagem, bem mais que a atenção a um interesse econômico. Esclarecedor, neste ponto, a relação do pe. Pavoni com pe. Alemanno Barchi[20].
Na estrutura educativa pavoniana percebemos, também, a valorização da cultura, entendida não somente  como elemento integrativo do trabalho, mas como meio de promoção da pessoa.
Os alunos melhores são convidados a se especializar na própria profissão até em outras cidades. O nº 18 do regulamento do Pio Instituto prevê a oferta gratuita aos melhores alunos de continuar os estudos em nível superior (RU I 58).
Pe. Pavoni é também atento às exigências do mercado de trabalho. Por isso mesmo recomenda atenção na escolha dos laboratórios e preocupa-se para ajudar os alunos a entrar no mercado de trabalho (CP 122)[21]

  1. Ordem, disciplina, sacrifício. Com eles é necessário alternar brandura e energia (CP 274).
Mesmo em um contexto de clima familiar amigável, o método educativo pavoniano, dá muita atenção ao sacrifício e à disciplina, não como finalidades em si mesmas, mas como elementos importantes de educação ao equilíbrio, ao autocontrole, ao domínio de si mesmo e das próprias pulsões. Hoje, falaríamos da necessidade de coordenar e de integrar todas as energias vitais da pessoa sob o controle daquela instancia agregadora que é o EU.
Neste sentido o educador alternará com os alunos brandura e energias (CP 242). Veja tudo, dissimule e corrija com prudência e castigue pouco,...mas que os castigos, quando necessários,  sejam salutares e eficazes (CP 242). Muita cautela e paciência seja parco em castigar os defeitos provenientes da vivacidade natural dos rapazes e da sua leviandade e superficialidade...mas seja, pelo contrário, inexorável em reprimir as faltas que derivam da má vontade e estimuladas pela teimosia (CP 242).
Os instrutores dos laboratórios - mas a indicação é válida para todo educador -  não cederão nunca às suas pretensões quando  forem injustas, nem deixarão que satisfaçam sua teimosia. Não exijam demais, porém não se mostrem fracos (CP 258).
Mesmo as muitas normas escritas no regulamento do Pio Instituto (RU I 51-57), visam, afinal de contas,  à realização deste tipo de personalidade bem integrada e harmonicamente desenvolvida. O Pavoni desejaria fazer dos seus jovens homens, operários, sim, mas cavalheiros.

  1. Clima de alegria e jovial atividade como notas características do Instituto.
Honestos e sinceros, joviais e alegres, animados e ativos (CP 270).
O clima de serenidade e de alegria que o pe. Ludovico queria no seu Instituto deriva  antes de tudo de um estilo nas relações interpessoais, marcado pela cordialidade, alegria, dinamismo. Neste sentido devem ser formados tanto os Pavonianos como os educadores. Nas Constituições ele solicita o Superior local a trabalhar para que os Religiosos sejam  de ânimo alegre, jovial, não permitindo tristezas ou melancolias, por demais contrárias ao espírito do Instituto (CP 215). Na entrada dos jovens na vida pavoniana, o responsável deverá avaliar não somente  as qualidades morais e as motivações religiosas, mas também o caráter deles, de temperamento dócil, sincero, alegre,... de constituição física sadia,..de boa aparência (CP 23). O formador deverá educar os noviços a serem honestos e sinceros, joviais e alegres, animados e ativo, porque essa nossa Congregação precisa de pessoas  desenvoltas e operosas e não de devotos acanhados e misantropos (CP 270).
Na carta do 11 de setembro de 1845 que escreve ao Domingos Guccini, pe. Ludovico expressa apreço  pela sua natureza sociável e simpática e assim devem ser os irmãos da nossa Congregação, pois os deveres de nosso ministério o exigem no trabalho educativo. Assim, também,  em uma outra carta de 19 de 03 de janeiro de 1847 ao seu jovem aluno e futuro  professor dos surdos, o surdo Antônio Renoldi, o Pavoni escreve: Se você se manterá sempre bom e alegre será agradável ao Senhor e também aos teus Superiores e gozaras de muita paz (RU III 165). Ao responsável da atividade educativa, pe. Pavoni recomenda de valorizar os momentos  de lazer e de recreio vivenciados  com uma certa liberdade, mas da serem utilizados também como momentos formativos. Na brincadeira, no esporte revela-se melhor a natureza e o temperamento do menino e através  o compromisso  da diversão podem ser educadas suas tendências (CP 242). Eram muitas as iniciativas  de lazer e de divertimento atuadas  no Instituto São Barnabé, entre elas:   excursões com almoço nos campos, caçar aves com arapuca e armadilhas,  noite de cantos e fogos  de artifícios, atividades dramáticas, o coral tanto litúrgico como recreativo, o carnaval, as semanas de passeio-prémio com o Diretor  para os melhores alunos[22].

  1. A lei da gradualidade. Dos principiantes não pretenda demais (CP 271)
Como bom conhecedor  de crianças e jovens, pe. Ludovico sabe muito bem quanto são grandes  as diferenças caracterologicas que existem entre menino e menino e relevantes as transformações  que acontecem  ao longo da idade evolutiva, entre a  pré-adolescência, a adolescência e a juventude.
Natural, portanto, a lei da gradualidade na formação. As propostas e as exigências  educativas devem ser efetivamente  medidas em função do nível de amadurecimento e das reais possibilidades de cada um, de maneira que a intervenção educativa seja personalizada ao máximo.
Instrutores e educadores estudem com atenção o temperamento e as aptidões dos seus discípulos, para conduzi-los conforme suas inclinações, pois nem todos querem ser guiados do mesmo modo. Não pretendam obter de todos igualmente, mas conforme as capacidades e os dons que receberam de Deus (CP 259). Falando do Mestre de Noviços escrevia: de todos exigirá a boa vontade e dos principiantes, em modo particular, não pretenda demais. Destes não se deve esperar a prudência e a maturidade dos mais adiantados, que já adquiriram o hábito das virtudes (CP 271).

Pe. Pavoni nos deixa um testamento educativo que vale a pena ter presente, permitindo às suas intuições permanecer vivas. Por nosso meio, elas continuarão a fluir como sabedoria educativa para os meninos que vão viver neste terceiro milênio.




[1] Veja Aurelio Gallina: Il metodo educativo di Lodovico Pavoni, em Aa Vv, Loovico Pavoni um fondatore e la sua cittá , Congregazione FMI Pavoniani – 2000 – pagg145-157
[2] Veja: Giuliano Bertoldi, A experiência apostólica de Ludovico Pavoni Congregação dos FMI , 2003, Cap. XIII, págg.144-179
[3] Regolamento del Pio Istituto,nº 65, em RU I 56
[4] É uma importante introdução histórico-carismática, na qual o Pavoni manifesta o seu projeto e a sua experiência de Fundador.. Veja: Giuseppe Rossi,fmi,l’Idea generale nelle CP, em BI,199, págg.194-222
[5] A grande arma do educador é o encontro pessoal, face a face.  O educador não pode somente usar os métodos estruturais, as técnicas de grupo  a gestão da atividade, mas deve chegar a este encontro com a criança, o adolescente, o jovem..
[6] É esta esperança que sustenta o otimismo do educador. Justamente com aquelas crianças com um passado de experiências muito doloridas, age uma particular Providência de Deus. Cada um deles é portador de um futuro;. Depende do educador descobri-lo, juntamente com ele, e cultivá-lo até que chegue à realização do divino desígnio
[7] Corresponde , praticamente,  a um primeiro esboço, essencial e incompleto das Constituições.
[8] Muito bonito o testemunho que encontramos no Necrológio publicado no Calendário Diocesano de Bréscia de 1850: Pueros quos a Deo quase filhos acceperat = Tinha recebido de Deus os seus meninos como se fossem filhos (LPV 898r)
[9] O I.R.D. Carlo Breinl ficara maravilhado quando viu pe. Ludovico comer com  os alunos e o 02 de abril de 1843, escrevendo ao Vice-rei, colocará em evidência este particular  que o tinha surpreendido: Para um filantropo é comovedor ver o Cônego Pavoni sentar e partilhar a simples comida com os seus alunos (ASM, Araldica, PM,b.230 – Corona Férrea)
[10] Ver , em particular as cartas a Domingos Guccini
[11] Veja LPV, Índice Analítico, às palavras: Paternitá,Cuore,Tenerezza, etc.
[12] Veja, também, na carta ao Pedro Amus com que discrição o Pavoni o aconselhe na escolha do seu estado de vida (Lettere del Servo di Dio, pág.10)
[13]  Veja em LPV no Índice Analítico as palavras: Sacra Scrittura, Storia Sacra.
[14] Lembre-se o fato do coroinha devoto demais, contado na biografia do Pavoni do Traverso, pág.65
[15] Regolamento dell’Oratorio, Capp. III e IV, RU I 13-14
[16] Regolamento Del Pio Istituto, nnº 24-33, RU I 50-51
[17] Hoje,também, esta proposta deve permanecer um ponto qualificante na programação das Instituições educativas pavonianas. É altamente desafiador conciliar a  exigência de professar a  nossa fé e a  acolhida de usuários cujas famílias professam outros credos, ou simplesmente  são arreligiosos. Interessante lembrar o papa João Paulo II quando em Assis convidava  pessoas de todos os credos não a  rezar juntos, mas a juntos rezarem.
[18] Este assunto está desenvolvido com uma ampla documentação em R.Cantú, fmi, Le Scuole delle arti di Lodovico Pavoni e l’Istruzione professionale a Brescia,  em Aa.Vv. Lodovico Pavoni um fondatore e la sua cittá. Do mesmo autor pode ser visto: Lodovico Pavoni e l’istruzione professionale a Brescia negli anni della Restaurazione, em R.Sani (curador), Chiesa educazione e socitá nella Lombardia del primo Ottocento – Milano – Centro Ambrosiano – 1996, págg. 283-328. Este estudo encontra-se também no Anexi de Aa.Vv. Lodovico Pavoni un fondatore e la sua citta.
[19] Veja a relação dos existentes em 1831  em RU I 57-58
[20] Veja carta em RU II 127. Esta relação do Pavoni com o Barchi é  amplamente documentado no estudo, já  citado, do R. Cantú.
[21] Veja Regolamento del Pio Istituto, nº 16, em RU I 48
[22] Veja a carta ao Guccini nº 06, e a carta nº 10 que descrevem momentos de férias, como também o nº 62 do Regolamento del Pio Istituto em RU I 55

Oração Vocacional Pavoniana

Oração Vocacional Pavoniana
Divino Mestre Jesus, ao anunciar o Reino do Pai escolheste discípulos e missionários dispostos a seguir-te em tudo; quiseste que ficassem contigo numa prolongada vivência do “espírito de família” a fim de prepará-los para serem tuas testemunhas e enviá-los a proclamar o Evangelho. Continua a falar ao coração de muitos e concede a quantos aceitaram teu chamado que, animados pelo teu Espírito, respondam com alegria e ofereçam sem reservas a própria vida em favor das crianças, dos surdos e dos jovens mais necessitados, a exemplo do beato Pe. Pavoni. Isto te pedimos confiantes pela intercessão de Maria Imaculada, Mãe e Rainha da nossa Congregação. Amém!

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL - FMI - "Vem e Segue-Me" é Jesus que chama!

  • Aspirantado "Nossa Senhora do Bom Conselho": Rua Pe. Pavoni, 294 - Bairro Rosário . CEP 38701-002 Patos de Minas / MG . Tel.: (34) 3822.3890. Orientador dos Aspirantes – Pe. Célio Alex, FMI - Colaborador: Ir. Quelion Rosa, FMI.
  • Aspirantado "Pe. Antônio Federici": Q 21, Casas 71/73 . Setor Leste. CEP 72460-210 - Gama / DF . Telefax: (61) 3385.6786. Orientador dos Aspirantes - Ir. José Roberto, FMI.
  • Comunidade Religiosa "Nossa Senhora do Bom Conselho": SGAN Av. W5 909, Módulo "B" - Asa Norte. CEP 70790-090 - Brasília/DF. Tel.: (61) 3349.9944. Pastoral Vocacional: Ir. Thiago Cristino, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Basílica de Santo Antônio: Av. Santo Antônio, 2.030 - Bairro Santo Antônio. CEP 29025-000 - Vitória/ES. Tel.: (27) 3223.3083 (Comunidade Religiosa Pavoniana) / (27) 3223.2160 / 3322.0703 (Basílica de Santo Antônio) . Reitor da Basílica: Pe. Roberto Camillato, FMI.
  • Comunidade Religiosa da Paróquia São Sebastião: Área Especial 02, praça 02 - Setor Leste. CEP 72460-000 - Gama/DF. Tel.: (61) 34841500 . Fax: (61) 3037.6678. Pároco: Pe. Natal Battezzi, FMI. Pastoral Vocacional: Pe. José Santos Xavier, FMI.
  • Juniorado "Ir. Miguel Pagani": Rua Dias Toledo, 99 - Bairro Vila Paris. CEP 30380-670 - Belo Horizonte / MG. Tel.: (31) 3296.2648. Orientador dos Junioristas - Pe. Claudinei Ramos Pereira, FMI. ***EPAV - Equipe Provincial de Animação Vocacional - Contatos: Ir. Antônio Carlos, Pe. Célio Alex e Pe. Claudinei Pereira, p/ e-mail: vocacional@pavonianos.org.br
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Associação das Obras Pavonianas de Assistência: servindo as crianças, os surdos e os jovens!

  • Centro Comunitário "Ludovico Pavoni": Rua Barão de Castro Lima, 478 - Bairro: Real Parque - Morumbi. CEP 05685-040. Tel.: (11) 3758.4112 / 3758.9060.
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  • Centro Medianeira: Rua Florêncio Câmara, 409 - Centro. CEP 93010-220 - São Leopoldo/RS. Caixa Postal: 172. Tel.: (51) 3037.2797 / 3589.6874. Diretor: Pe. Renzo Flório, FMI
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Quem sou eu?

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Sou fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como RELIGIOSOS PAVONIANOS. Nasci na Itália no dia 11 de setembro de 1784 numa cidade chamada Bréscia. Senti o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens que, por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer... e o pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Então decidi ajudá-los. Chamei-os para o meu Oratório (um lugar onde nos reuníamos para rezar e brincar) e depois ensinei-os a arte da marcenaria, serralheria, tipografia (fabricar livros), escultura, pintura... e muitas outras coisas. Graças a Deus tudo se encaminhou bem, pois Ele caminhava comigo, conforme prometera. Depois chamei colaboradores para dar continuidade àquilo que havia iniciado. Bem, como você pode perceber a minha história é bem longa... Se você também quer me ajudar entre em contato. Os meus amigos PAVONIANOS estarão de portas abertas para recebê-lo em nossa FAMÍLIA.